terça-feira, janeiro 09, 2018

Morreu o flautista barítono dos Moody Blues

Morreu o músico Ray Thomas, um dos fundadores dos Moody Blues, grupo inglês cuja música no final dos anos sessenta, há 50 nos, era muito apreciada por cá, por quem gostava de música de "qualidade".

No Em Órbita da altura, programa de rádio especialmente dedicado a essa música, quase toda de proveniência anglo-saxónica, fazia-se no fim do ano uma votação para escolha dos discos mais importantes e em 1968 esse disco foi o segundo LP dos Moody Blues, In Search of the last chord.

A revista Cine Disco nº 5, de Fevereiro de 1969 mostrava como foi:



Por essa altura ainda não conhecia o grupo e só mais tarde já em plena década de setenta ouvi, com ouvidos adequados, as músicas do grupo que não se resumiam a Nights in White Satin ( de Justin Hayward) , de 1967.

A sequência iniciada por aquele disco de 1968 é impressionante porque essa meia dúzia de discos são todos de grande qualidade e ouvem-se de fio a pavio sem esforço nenhum, antes com um prazer musical bem sustentado.
Em 3 de Setembro de 1971 a Flama publicava estas duas páginas e lembro-me disso não me suscitar grande interesse. Nessa altura gostava mais de ouvir Mungo Jerry ou Rolling Stones ( Sticky Fingers) do que Moody Blues.



Porém, em 1972 saiu o disco que culminou essa sequência, Seventh Sojourn, e que continha várias músicas que davam para ouvir na "discoteca" ( loja de discos) local, em condições de alta fidelidade. A melodiosa e romântica For My Lady,( pode ouvir-se aqui) cantada por Ray Thomas ( e também da sua autoria) a par de Isn´t life strange ( de John Lodge) apanharam-me na curva romântica da adolescência e fiquei fã dos Moody, para sempre.
Depois disso gostei outra vez do disco Octave, de 1978 que tem Driftwood, uma pérola de Justin Hayward, talvez o melhor músico da banda. E fui conhecer os discos antigos que ainda não tinha ouvido.

Ray Thomas é o autor de Dr. Livingstone, i presume e Legend of a mind, daquele In Search, de 1968; de Dear Diary, Lazy Day, do album de 1969, On the threshold of a dream,; de Floating, e Eternity Road, do album também de 1969, To our childrens Children, ; de And the tide rushes in do álbum de 1970 A question of Balance; de Our Guessing game e Nice to be here, do álbum de 1971 Every Good boy deserves Favour  e de outras em co-autoria com os restantes músicos da banda.
Em 1975 e 76 Ray Thomas publicou dois discos a solo, sem grande relevo comparados com aqueles. 

Aquelas músicas, por si só, valem o reconhecimento de Ray Thomas, para a vida.




Questuber! Mais um escândalo!