domingo, novembro 22, 2015

A África francesa: outra descolonização.

A revista francesa Geo Histoire na edição de Dezembro 2015-Janeiro 2016 dedica o número à África no tempo das colónias e em subtítulo " da conquista francesa às independências 1850-1960".

No que ao caso importa, em 1958 De Gaulle, o herói francês da IIGMundial regressou ao poder e alterou a política africana da França.
Fez um referendo em todas as colónias e pediu um sim ou um não, inequívocos à manutenção das "possessões " enquanto comunidades ligadas à França. A Guiné francesa disse logo que não e foi logo o primeiro país africano e francês a tornar-se independente, sem mais.
Os restantes disseram "sim", mas ao longo dos anos seguintes foram-se arrependendo. No fim de 1960 a tal Comunidade franco-africana desapareceu no mapa.

Esse mapa que a revista publica é muito interessante pelo que revela e em Portugal, nos últimos 40 anos não me lembro de este assunto ser tratado assim nos media tradicionais. Além de uma detalhada configuração das "colónias" ( as da França estão e cor marron) aparecem os seus principais recursos naturais.


E a explicação da revista para a política francesa em África naqueles anos:






Na sua biografia de Salazar, Franco Nogueira relata a fls. 57  do Vol. V que na altura em que De Gaulle foi eleito, o novo embaixador de Portugal ( António de Faria) na capital francesa ao apresentar as suas credenciais recebeu de De Gaulle a declaração de que " A França e eu próprio admiramos a obra exemplar que Salazar realizou e realiza para bem do seu país e de todo o mundo". Tal e qual.

Porém, em Portugal, Salazar tinha uma visão completamente diversa do problema africano e a política africana de De Gaulle,  bem como a política que conduzia em França, contra as "direitas", suscitava muitas reservas por cá, conforme escreve Franco Nogueira. Em 1961 essa visão particular deu os seus frutos: a guerra no Ultramar.

Salazar sobre África, nesses anos antes do eclodir da guerra, pensava assim, segundo Franco Nogueira, na obra citada ( págs 136-137):



 Quem tinha razão? De Gaulle ou Salazar? O tempo o veio a dizer...

52 comentários:

Floribundus disse...

Coty da 3º rep saiu paraq entrar De Gaule

mas este nunca poderia ter o mesmo poderio político de Salazar

a França era um país

o rectângulo, cada dia mais social-fascista,
está 'à beira do abismo a dar um passo em frente'

bruxelas das burcas
está desnorteada

vem aí nova dose de lixo

e como sempre dividida entre valões e flamengos

amanhã a ue talvez consiga abrir, mas com o credo na boca laica

Floribundus disse...

hussein, hollande, merkel, Putin

os 4 cavalheiros do
Apocalipse

estamos entregues a cavalos sem freio nos dentes

a França afundou-se no Vietnam e na Argélia

a norte de Angola a Bélgica entregou a 5ª do rei

por cá tivemos um espectáculo de beija-mão com 500 'de pé e à ordem'

achei o anão com ar abatido

Unknown disse...

O José não acha que foi Salazar que veio a ter razão?
A independência das "colónias" africanas só trouxe miséria aos seus habitantes e estados falhados. Salazar considerava que Estados tipo os europeus demoraram séculos a serem construídos e tal não poderia ser feito em meia dúzia de anos em África.

Por outro lado a França também perdeu grande parte da sua influência e a que mantém só se deve ao seu poderio militar que não poderia ser igualado por um país como Portugal.

No final de contas é Salazar o Certo e todos os que defenderam o contrário os Errados. A História deu-lhe razão e talvez um pouco mais de insistência em manter as colónias não teria sido mal pensado, quer para o bem dos Africanos quer dos Europeus.

Mas como isto está no campo dos SES, nada disso agora importa muito a não ser para não repetir estes erros no futuro ou aproveitar as boas experiências do passado.

PS: Não compreendi se foi esse o tom que queria dar ao artigo(a razão do lado do De Gaulle) mas de qualquer maneira parabéns por mais este artigo.

Já que o José não quer fazer um livro, não se assuste se qualquer dia vir por aí o blogue editado em livro :p

Vivendi disse...

Salazar.

josé disse...

Porque teve Salazar razão?

Gostaria de ler melhores razões do que a simples convicção...

muja disse...

E porque a teve de Gaulle, já agora?

Mas é um bom artigo, sem dúvida, porque mostra desde logo a treta por detrás do argumento dos referendos: apenas a Guiné votou pela independência, mas acabaram todos "independentes" dois anos depois. Ou seja, os referendos só valiam se fossem pela independência, caso contrário, era para ignorar, tal como Salazar dizia.

De resto, que ganhou a França com isso? Que ganharam os países "independentes"? Hoje a França tem tropas a combater no Mali.

De qualquer forma, a França, juntamente com a Alemanha, era quem mais colaborava connosco na questão ultramarina. Haveria mais a dizer sobre a relação entre os dois países, mas é preciso consultar.

"Nós somos dentre os Estados europeus o mais afastado do centro de gravidade política e económica da Europa."

Aí tem a razão pela qual ele a tinha. E é fraco resumo porque há melhores nessa mesma obra, mas chega.

Éramos, continuamos a ser e continuaremos a ser. Nenhuma união europeia alguma vez mudará isso, nem sequer nenhuma união ibérica. É assim porque assim o determinou a geografia em primeiro lugar.

Portugal não é a França e de Gaulle não era Salazar.

Os argumentos, como de costume, podem resumir-se rigorosamente em: não podíamos ter porque os outros também não tinham.

zazie disse...

Desse argumento geográfico e pela lógica, só consigo retirar uma conclusão: Portugal acabou.

josé disse...

E foi isso exactamente o que disse Franco Nogueira: Portugal acabou quando perdeu as "províncias ultramarinas" que foram colónias, deixaram de ser e voltaram a ser para se modificarem em províncias.


isso representa uma mundividência que hoje em dia é simplesmente utópica.

Não entendo essa mundividência. Basta olhar para o mapa para perceber que nunca teríamos hipóteses de manter os territórios ultramarinos. Nunca, nem que a vaca viesse a tossir.

josé disse...

Portugal deveria reinventar-se depois de perder os territórios africanos e iria fazê-lo. Aliás até o fez mas de um modo canhestro e pouco consentâneo com o que poderia ter sido feito, no caso de Marcello Caetano continuar no poder e modificar as coisas conforme pretendia.

Assim, para mim, estes assuntos continuam na ordem do dia porque me dão ainda mais razões para acreditar que esse era o caminho que iríamos percorrer e com sucesso.

josé disse...

E foi a Esquerda marxista que acabou com isso e não tenho agora a mínima dúvida que assim foi.

josé disse...

Ou seja, quem tinha razão era De Gaulle.

muja disse...

Bom, tudo quanto escreveram é o mais natural.

A zazie nem precisa do argumento porque já disse que nem vê portugueses em lado nenhum. Ora, quando deixa de haver portugueses, Portugal acaba.

O José, admitindo que Portugal se reinventou, admite logo que também acabou. Mas para além disso ainda está implícita a ideia de que devia acabar. É forçoso porque as coisas não se "reinventam" propriamente. Tal coisa não existe. Inventam-se, sim, coisas novas, mais ou menos aproximadas em função ou natureza a outras coisas que possam já ter sido inventadas.

Portanto, uma coisa reinventada não é a mesma coisa, de todo, que aquilo que se procura "reinventar". É somente semelhante nalgum aspecto.

Como tal, reinventar Portugal é inventar um Portugal novo, superficialmente semelhante ao antigo, e não mais pois nesse caso não haveria necessidade de "reinventar".

E isso levanta desde logo uma questão: qual é o critério para reinventar? O que deve presidir à decisão de inventar um país novo? Efectivamente, o que Vs. dizem é que deve ser, que tem de ser, quando os outros quiserem.

Essencialmente, esta é a questão fundamental que está subjacente à discussão e vale de pouco andar a bater à volta do arbusto, como alguns outros dizem.

Em qualquer caso, duas coisas: nunca li de F.Nogueira que Portugal tivesse acabado. Até estou bastante certo que nunca disse tal coisa. Se disse, então depois desdisse efectivamente, porque no último livro que escreveu, nos finais da década de noventa, não está nada disso. Antes pelo contrário.

Quanto ao não termos hipóteses, não sei de onde se extrai do mapa que não tivéssemos hipóteses e não é preciso senão examinar a campanha militar. Éramos mais que capazes. A diplomacia confirma-o. Os territórios não se perderam por falta de capacidade. Afirmar tal coisa é uma distorção grosseira do que se passou.

Porque se a traição é sinónimo de falta de capacidade, então ninguém é capaz de nada e tudo depende apenas da sorte.











zazie disse...

Eu até me cruzo com muitos portugueses em andando de avião. Mas, por agora, as fronteiras de um país ainda não viajam.

muja disse...

Foi V. que me perguntou onde é que eu via portugueses...

muja disse...

A questão é que o vosso Portugal acabou porque nem sequer chegou a começar. Esse Portugal não existe. Esse é que é mesmo o Portugal utópico, de cidadãos a votar à inglesa e partidos com sentido de Estado ou de bem comum. E por isso o que temos é imitação de fancaria, pechisbeque. É a aproximação possível que a realidade permite.

Portanto, Portugal não acabou. Mas está por um fio.

E por isso é preciso voltar à questão fundamental. Vs. rejeitam uma data de coisas simplesmente porque acham que os outros as não aceitariam, ou se oporiam a elas. E têm razão. É essa a realidade. Sempre foi e sempre há-de ser.

A questão é: quando os outros se opõem e não aceitam o que nós achamos que é o nosso interesse, que havemos de fazer?

zazie disse...

V. droga-se?

muja disse...

Por acaso drogo, mas em moderação.

zazie disse...

V. tem a noção temporal ou lê tanta ficção científica que tanto viaja para o passado como para o futuro?

V. diz que Portugal sempre esteve determinado pelas fronteiras. Só poderia existir com Ultramar.

O Ultramar acabou.

Qual é a conclusão que se pode retirar daqui?

Há alguma outra sem dar pulos quânticos?

zazie disse...

Bem me queria parecer que isso devia andar por aí demasiado charro na mioleira

":O))))))))))

josé disse...

"nunca li de F.Nogueira que Portugal tivesse acabado. Até estou bastante certo que nunca disse tal coisa. Se disse, então depois desdisse efectivamente, porque no último livro que escreveu, nos finais da década de noventa, não está nada disso. Antes pelo contrário."

Pois eu li e ouvi no rádio. E vou procurar a fonte.

muja disse...

De qualquer forma, quem nunca disse isso fui eu.

Quanto a Portugal poder existir sem ultramar, bom, um barco pode existir sem porto? Poder pode; mas durante quanto tempo?

zazie disse...

mais uma viagem no tempo mas nem é preciso tomar Ceuta

muja disse...

Onde é que diz aí que Portugal acabou?

zazie disse...

No gerúndio ou à brasileira, está acabando por fronteira.

zazie disse...

Google: «Ao telefone, Franco Nogueira, a convalescer de uma cirurgia, respondeu-me em tom ... aderentes a chegarem a Lisboa, lembro-me de ter dito:«Portugal acabou.»

Jaime Nogueira Pinto, Portugal Os Anos do Fim

Floribundus disse...

os espasmos musculares da dança de são vito da esquerda

mostram que vivemos numa sociedade decadente

mostrada por Spengler e pelo blade runner

para mim o passado morreu e o presente está moribundo

quase impossível mostrar que não sou um robô

adelinoferreira disse...

Mais do que lembrar os feitos dos mortos e ver aí a salvação da Pátria, porque esperam para criar uma organização que defendendo a Pátria vá criando os alicerces de uma organização que daqui por uns anos possa começar por discutir uns lugares numa assembleia municipal e daí ir ganhando corpo para outros voos. O caminho faz-me caminhando. O PAN sem apoios conseguiu um deputado na AR!
O Jose dedica uma parte do seu tempo a mostrar os podres do sistema; saibamos construir o edifício que a Pátria merece.
Mas, atenção, não dou cobertura a todos que venderam o País a chineses, angolanos, franceses, brasileiros etc.

muja disse...

Zazie,

não sei que raio de interpretação fez do texto donde tirou isso, que é do prefácio do livro, mas é óbvio que quem disse isso foi o JNP porque o prefácio está escrito na primeira pessoa.

https://books.google.co.uk/books?id=D83oAwAAQBAJ&pg=PT6&dq=lembro-me+de+ter+dito+Portugal+acabou.&hl=en&sa=X&ved=0ahUKEwi6sqDk76jJAhUK1hQKHbjADT4Q6AEIMTAB#v=onepage&q=lembro-me%20de%20ter%20dito%20Portugal%20acabou.&f=false





zazie disse...

Pelo que li, noutra entrevista, disseram aos dois.

Se o José ouviu na rádio, é porque disse.

muja disse...

O que aí está é o JNP a dizer e não o F. Nogueira.

Se fosse eu a pôr isso já tinha insulto e acusação de manipulação, distorção e sabe-se lá que mais mimos...


zazie disse...

Pois é. Nem tinha reparado. E depois?

josé disse...

Nogueira Pinto afirmou que Franco Nogueira o disse. Eu ouvi.

muja disse...

Pode ter afirmado, mas o que está nesse livro não é isso e é claro: JNP é que diz que Portugal acabou.

zazie disse...

Sim. O contexto é outro. O JNP disse isso logo no dia 25 de Abril.

Não invalida que o FN tenha dito o mesmo a propósito do fim do Ultramar.

Zephyrus disse...

França e Reino Unido saíram para explorar aquilo sem ter dores de cabeça. Foram velhacos, como se diz na minha terra. A Direita portuguesa nesta questão foi sonhadora. Por vezes para fazer o bem temos de usar o mal. Face ao que já se sabia e antevia, era inteligente manter a missão «civilizadora»? Parece-me que não. Inteligente sim era a saída mantendo governos fantoche, destruindo no palco mediático os aliados da URSS e assegurando os interesses económicos. Cabo Verde, São Tomé e talvez Timor seriam fáceis de manter como regiões autónomas e com o fluxo de dinheiros da CEE calar-se-iam os independentistas. Mário Soares disse há anos ter-se arrependido da independência de Cabo Verde. Quanto à Guiné-Bissau... não conheço bem portanto abstenho-me.

muja disse...

Não se iluda Zephyrus... Governos fantoche é para quem pode, não para quem quer.

Já considerou que quem ia ao ponto de pagar, armar e treinar bandos de celerados para aterrorizarem aqueles aquilo nos ia deixar colocar lá governos fantoches? Depois como é que punham lá os deles? No máximo, permitiriam lá uns machambeiros de aluguer para apanhar os restos e dar esmola às pretas da Muxica.

V. acha que o padre ia deixar que lhe ensinassem a missa?

Talvez se pudesse segurar as ilhas e Timor, mas com que justificação, uma vez que se largavam os outros? Se depois começasse a haver subversão nesses sítios, quem é que para lá ia dar o couro e com que justificação se lho pediria?

Não havia hipótese: era segurar tudo ou ficar sem nada.

zazie disse...

Que tudo?
O Brasil já tinha ido. A Índia idem. Que tudo é que se ia segurar em África onde mais ninguém conseguiu segurar nada?

muja disse...

Ninguém quis segurar nada, diga antes assim.




muja disse...

De resto, para si e para o José, mantenho a pergunta:

O que fazemos quando os outros se opuserem ao que for o nosso interesse?

josé disse...

medimos as forças e calculamos a estratégia.
Só isso. E se a resposta for em nosso desfavor devemos juntar-nos a eles. Real politik ou se se quiser, a aplicação do velho ditado: se não podes com eles, junta-te aos mesmos.

A mitificação leva à mistificação e o sonho é o pior aliado de quem tem por missão governar.

O idealismo exagerado conduz ao sectarismo e à desgraça.

josé disse...

De Gaulle e os franceses da época admiravam Salazar mas não fizeram o que ele fez.

josé disse...

O Império colonial francês era muito maior que o nosso, sem comparação, em meados do século XX. Em meia dúzia de anos resolveram desmantelar o mostrengo porque viram que já não era possível mantê-lo. Foi na Indochina, foi no Médio Oriente e foi em toda a África.

E não ficaram a chorar pelo império perdido nem a dizer que a França tinha acabado...

muja disse...

Só isso e não é pouco. Pois foi tal e qual o que se fez. Acaso falhou a estratégia? Acaso se revelava impossível prossegui-la? Até ao dia 25 de Abril de 1974, a resposta é não e não. Nesse dia houve uma traição dos altos comandos militares que tomaram o poder e aboliram a ordem constitucional e o estado de direito e mentiram, consciente ou inconscientemente, sobre os seus propósitos.

O país estava cansado da guerra? Quem não se cansa? Tinha perdido a vontade de lutar? Como seria se o MFA no seu programa anunciasse a entrega imediata de todos os territórios ultramarinos ao inimigo, como veio a acontecer na prática? Teria o povo vindo para rua festejar?


muja disse...

Mas é curioso: juntamo-nos aos mesmos? Ou seja, àqueles que se opõem ao nosso interesse? Isto é, prejudicamo-nos a nós próprios?

Portanto, se amanhã, o mundo decidir que Portugal é para acabar e tudo o que lá está para ser distribuído por todos os outros a gente não só não resiste como corre a oferecer-lhes o que há?

Só por curiosidade: é rigorosamente assim que o José procede na sua vida pessoal?

muja disse...

Mas quem diz que foi porque não conseguiam mantê-lo?

Então se nós segurámos uma guerra de treze anos em territórios espalhados por milhares de quilómetros, sem grandes problemas, os franceses não o conseguiam fazer? A sério? E os ingleses também não?

Claro que isso não é assim. Esses países não lutaram porque não quiseram lutar.

Porque o não quiseram? Presumivelmente porque vislumbraram maneira de lograr o mesmo sem lutar. Mas tê-lo-ão conseguido mesmo? Ou terão sido enganados? É que não vejo quais foram os ganhos. No caso da França, foi um Maio 68 com pedófilos na linha da frente nas marchas das ruas.

A verdade é esta e é simples: esses países cederam ao comunismo e deixaram que aquele os expulsasse de África. Como cá o comunismo não mandava coisa nenhuma, não deixámos que nos expulsassem. No dia em que o comunismo passou a mandar, qual foi a primeira coisa que aconteceu? Expulsou-nos de África.

muja disse...

Esses países, ou quem neles mandava, aceitaram ser reduzidos à insignificância. Voluntariamente, em nome da "liberdade".

Foi isto e só isto. Se quisessem, ninguém os de lá tirava. Como nos não tiravam a nós.

Curiosamente, alguns já lá estão outra vez. A emendar tropegamente aquilo que poderiam perfeitamente ter evitado. Não quiseram lutar antes, vão ter de lutar agora.

What goes around comes around...

josé disse...

"juntamo-nos aos mesmos? Ou seja, àqueles que se opõem ao nosso interesse? Isto é, prejudicamo-nos a nós próprios?"

Não. Apenas nos prejudicamos menos do que afinal acabamos por nos prejudicar.

Portugal estaria muito melhor economicamente se tivesse feito a descolonização como os franceses. Não tenho dúvidas disso.

Não teríamos este susto desta Esquerda marxista há 40 anos a mandar em sectores importantes e chave e que nos liquidaram as hipóteses de progresso económico como outros tiveram.

josé disse...

A França de De Gaulle era muito mais poderosa que Portugal e poderia impor uma guerra mais eficaz se o pretendesse, em nome dos tais interesses.

Não quis.

muja disse...

Sim porque os franceses estão muito bem...

Mas isso não se poderia passar assim em Portugal. Como é que descolonizávamos? Como? Salazar não tinha condições políticas para o fazer mesmo que quisesse. Corriam com ele, e com razão, e até os comunistas eram capazes de defender o ultramar nessa altura, e depois vinha sabe-se lá o quê. Marcello testou as águas e foi engolido por elas.

A perda do ultramar só poderia desenrolar-se em catástrofe porque uma catástrofe não pode ser de outra maneira.

Mas admitindo que essa descolonização utópica era possível.

Umas poucas de gerações talvez estivessem melhor. Talvez. Aliás, essas gerações parece que acham que o mundo gira à volta delas, começou quando elas começaram e que acaba quando elas acabarem. Mas e depois?

Eu é que não compreendo essa mundividência. Para que meia dúzia tenha uma rica vida, ou nem isso, aliena-se património de séculos, e sacrifica-se tudo o que os outros exigirem.



Luís Bonifácio disse...

De Gaulle ganhou por capote.

Com excepção da Argélia, o resto do antigo império colonial Francês é só independente no papel. Em todo o resto manda o conceito de "Francefrique", onde o que interessa é decidido em Paris!

Vivendi disse...

A França ainda existe?

Só os modernistas e positivistas ainda não entenderam o que está a acontecer na Europa.

João Nobre disse...

Divulguei:

http://historiamaximus.blogspot.pt/2015/12/a-africa-francesa-outra-descolonizacao.html

A obscenidade do jornalismo televisivo