quinta-feira, novembro 12, 2015

Querem com ou sem Trotski?

Está por aí a dar brado nas "redes sociais" ( parece que já tem mais referências do que o i tem de leitores...) esta foto de um cartaz da JSD:


O motivo? Apenas o mau gosto em se mostrar uma imagem da bandeira soviética aquando da tomada do Reichstag, em 1945. A glória desse dia jamais pode ser manchada e deve ser ampliada ou mesmo colorida a preceito, para lhe tirar o preto e branco...

Assim, talvez o novo cartaz devesse colocar em vez dessa, uma destas imagens:

Fica melhor assim, com o palanqueiro Lenine, mais Trotski e Khamenev na imagem original e sem truques...


Ou fica assim melhor, com aqueles dois traidores apagados da posteridade histórica lambida em banho de prata?




É escolher, senhoras e senhores, meninas esganiçadas ou compostas. Com Trotski ou sem Trotski?

De onde vieram estas, há outras...

ADITAMENTO:

A habitual falsificação histórica em que os comunistas são useiros e vezeiros, está aqui explicada no que àquela foto respeita.
A partir deste fait-divers seria possível e desejável abrir a discussão sobre a natureza do comunismo e do PCP em particular, que é um exemplo cabal e concludente do mesmo. Mas não vai acontecer porque quem manda nos media não está interessado nisso...

A história da fotografia que marcou a II Guerra Mundial

A fotografia que retrata a queda dos nazis aos pés da União Soviética tem uma história longa. A 30 de Abril de 1945, o exército vermelho avançava sobre Berlim, por entre ruas transformadas em ruínas. No primeiro dia da ofensiva, um jovem soldado soviético conseguiu subir ao edifício mais alto da fantasmagórica cidade e ergueu a bandeira vermelha com a foice e o martelo. No entanto, a bandeira foi removida horas depois pelas poucas forças nazis que ainda estavam na cidade – não chegou, sequer, a ser fotografada.
Já com a cidade tomada, em maio, o fotógrafo russo Yevgeni Jaldéi reconstituiu a cena e captou várias imagens de Berlim rendida ao exército vermelho. Foi esse momento que seria imortalizado e não sem que a imagem levassem, à posteriori, vários retoques: algumas colunas de fumo, para aumentar o drama, uns relógios a menos no braço do jovem soldado que aparece na imagem, relógios que eram frutos da pilhagem à cidade, e uma dose a mais de heroísmo. 
A imagem final foi divulgada a 13 de maio pelo jornal Ogonyok e foi amplamente divulgada pelos órgãos de comunicação social. Yevgeni Jaldéi, o responsável pela fotografia, chegou a explicar, anos mais tarde, que a modificação da imagem tinha sido uma forma de responder à propaganda nazi. Montagem ou não, a fotografia tornou-se um dos maiores símbolos comunistas.


Questuber! Mais um escândalo!