terça-feira, dezembro 26, 2017

A caminho de 1968, o almanaque do Século

Há 50 anos foi publicado este almanaque da editora do Século que comprei por 50$00...em Outubro de 1969.
Estaria numa das estantes da livraria Casa do Globo, em Braga, na rua do Souto, e que percorria com olhos sempre em movimento rápido para abarcar toda a extensão dos livros que me interessavam. 
O almanaque do Século tinha um atractivo irresistível: era um pequeno calhamaço de 700 páginas que prometia carradas de informação sobre tudo um pouco. Uma mini-enciclopédia de bolso.
Antes só conhecia os almanaques de S.to António que os missionários combonianos vendiam no início de Dezembro, juntamente com os habituais calendários e ainda os da Bertrand, mais sofisticados e laicos que me  fascinavam pelo cuidado artístico das capas.

Um breve folhear deu-me logo o recheio que me interessava: resenha dos acontecimentos do ano, quase nenhumas fotos, a não ser na secção muito desenvolvida de "Cinema". E tinha também Teatro, Música ( erudita), História, Geografia, Literatura, Desporto e mais, muito mais, incluindo os nomes de todos os papas que tinham exercido e de todos os governadores civis da altura e dos bispos portugueses. Até uma secção inteira, no meio, sobre "alguns países e a sua história", com várias páginas de mapas a cores, o que era raro nessa altura. Irresistível, portanto. Comprei e guardei.  Durante o ano seguinte, 1970, esse e o das Seleções ( do Reader´s Digest) em brasileiro e com uma secção dedicada a assuntos de Portugal, um almanaque ainda mais sofisticado ( papel quase bíblia, como os brasileiros usam nas revistas, com  muitas ilustrações a preto e branco) , extenso ( 1024 páginas, ainda mais enciclopédico que aqueloutro) e portanto mais informativo e didáctico, serviram-me como auxiliar de "estudo" para amenizar as duras horas de estudo aplicado e sem intervalos :


 Este almanaque tinha a resenha dos acontecimentos do ano anterior e nos últimos meses era assim. De notar que no mês de Novembro na nota à catástrofe ocorrida na noite de 25 para 26, aparece a menção ao facto de ter sido a maior depois do terramoto de 1755 e ainda à contabilidade dos mortos: em número superior a 500, escreve-se, sem censura.


E os meios de comunicação social mais importantes que então havia:














Questuber! Mais um escândalo!