domingo, dezembro 24, 2017

A tropa dos capitões e o jornalismo das suas causas

Hoje no Público aparece mais uma ignomínia bolsada, desta vez por um dos "capitães de Abril" , contra o regime anterior.



"Carlos Matos Gomes lembra, por exemplo, que, se morriam vários homens numa operação, os jornais tinham instruções para diluírem as mortes por vários dias, em pequenas notícias a uma coluna, de um a dois mortos de cada vez, publicadas em páginas interiores".

Esta aleivosia, mais uma, parte do princípio que na guerra do Ultramar os jornais e televisões deveriam fazer o que hoje se faz de algum modo, mas nem sequer em plena liberdade. Nenhum país tem "capitões" tão estúpidos que julguem que tudo se deve contar e mostrar  numa guerra. Na guerra, a censura é uma evidência aceite por todos e por razões que são óbvias: não desmoralizar as tropas.
Pois este herói de Abril repenica a censura ao antigo regime por não deixar noticiar as mortes em combate, por atacado e com a pompa e circunstância de uma notícia à la Correio da Manhã ou TVI que agora lhe segue na peugada do sensacionalismo por mor do dinheirinho de que precisa para sobreviver no espaço mediático.

Mesmo assim tal estultícia poderia relevar-se na medida em que se revela a estupidez de quem a profere, se fosse completamente verdadeira, que não é.

O assunto da trasladação dos mortos na guerra do Ultramar é o cerne do artigo. Diz que tal trasladação não era paga pelo Estado mas sim pelas famílias dos mortos em combate. Não sei se tal corresponde inteiramente à verdade e se o for que explicação contextual existirá, mas existe pela certa. Não fui procurar informação mas tenho esta a apresentar a estes capitões de meia tijela que nem a verdade respeitam sobre as notícias a conta-gotas dos mortos no Ultramar, escondidas em páginas interiores...como se fossem roupa suja.

Esta é uma página do Diário Popular de 6.11.1970 em que se desmente tal aleivosia:


Esta é a página de o Diário de Lisboa em que na última página se desmente igualmente a aleivosia dupla ou tripla ( vários mortos, em duas colunas e na última página):


Para além disso também se dava conta de ataques terroristas dos que lutavam contra o "colonialismo português" e que agora são os heróis destes capitões que não sabem honrar os colegas que morreram em combate numa guerra que foi de Portugal e dos portugueses.

Diário Popular de 2 11 1971:


Ao contrário da atitude destas pessoas, havia na época quem homenageasse os mortos em combate no Ultramar, como mostra a página seguinte desse mesmo jornal:


Por outro lado, no Correio da Manhã de hoje aparece mais um relato em primeira mão de um combatente na guerra do Ultramar. Um herói que nem disso se gaba e que chega para mostrar quem eram os verdadeiros combatentes que tínhamos na guerra. Não eram capitões daquele calibre, pela certa.
Publico o relato da edição deste Domingo como poderia publicar os outros que todos os domingos de há meses a esta parte são publicados e dão o exacto perfil do que foram os verdadeiros heróis da guerra no Ultramar português e que não falam a língua de trapo do antifassismo. e anticolonialismo..


Para terminar, uma página do Diário Popular de 7 de Dezembro de 1971 sobre o jornalismo e o modo como deveria ser exercido: com independência e neutralidade.

Tudo o que o jornaleirismo do Público não é...porque aprenderam noutra escola: a dos capitões de Abril.


Por isso mesmo não compreenderiam estas notícias, como a publicada no mesmo jornal em 18.1.1972, em acrescento a um postal anterior sobre os "Plenários"...


42 comentários:

José Domingos disse...

Mais um frete, encomendado.
Estes "jornalixos" não têm vergonha.

joserui disse...

A mediocridade anda inquieta… mas no fundo é pena que aos portugueses não seja dada a oportunidade de saber a verdade sobre o que andamos para aqui chegar. Porque estes ratos não deixam e arranjaram essa missão nas suas miseráveis vidas.
José! Nem na véspera de Natal descansa! Não há nada igual ao seu blogue. Somos uns sortudos, obrigado!

Floribundus disse...

saiu o da cubata
entra a ralé

lusitânea disse...

Este é o autor de que os ossos dos combatentes estavam muito bem no "campo da honra" espalhados pelos sertões africanos "independentes"!Coisa que não acontecia antes onde tudo era Portugal.E poderia haver justificação de uns serem enterrados lá e outros virem logo de seguida.Uma logística incipiente e pobre poderia justificar isso, temporariamente.Agora o abandono pura e simples nas entregas é que nunca terão justificação.Aliás se abandonaram os vivos e não abandonariam mais facilmente os mortos,Que não são só tropa.Há PSP´s e se calhar outros servidores como na altura se dizia...
A canalha do salve-se quem puder é a nível mundial e seja qual for o regime político um exemplo de canalhice ao mais elevado nível.E repare-se "único"...

lusitânea disse...

A história de Gungunhana e o livro que fica aquém
O Império de Gungunhana e a campanha de Mouzinho de Albuquerque são o tema da trilogia que Mia Couto finda agora. A história da insólita captura do “Leão de Gaza” num livro que não faz jus ao tema.

Até os pretinhos deles têm mais vergonha e sentido de Estado.Quiseram levar os ossos do Gungunhana o que nem isso os motivou a reciprocidades...

Maria disse...

A propósito do tema, aquando da Guerra das Malvinas, os britânicos perguntaram a Margaret Thatcher por que motivo não havia mais filmagens dos combates e das baixas que se íam verificando, ela respondeu simplesmente "as guerras filmadas não se ganham". E é um facto comprovado.

E que sa saiba Thatcher era uma política/governante, democrática..., ao contrário dos que bolsam fel contra o Regime Anterior única e exclusivamente pela inveja exacerbada que desde sempre lhe professaram. E isto acontece por eles não quererem aceitar o seu enorme valor e ainda que no seu íntimo o reconheçam, dada a sua ideologia de puro ódio, jamais o cofessarão.

Isto é só par dar uma estalada com punhos de renda aos comunas da nossa imprensa falada e escrita actual. E é verdade, sim senhor, que durante o Estado Novo os jornais da altura reportavam os mortos ocorridos no Ultramar, conforme os jornais que o José postou. Se não todos, grande parte deles. E a razão disso, o José já explicou bem explicadinho e quem não é faccioso compreende e aceita.

E mais, nos países comunistas os mortos em combate nas guerras que eles íam travando pelo mundo, ao contrário do que acontecia na nossa imprensa, as baixas não eram publicadas nos seus jornais, nem uma sequer! O mesmo acontece nos poucos países comunistas que ainda subsistem.

Portanto chega de mentiras, hipocrisia e cinismo da parte dos vingativos comunistas, socialistas e bloquistas. Basta o que basta. Já fede.

Renovo os Votos de Feliz Natal e Bom Ano para todos.

Bic Laranja disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Bic Laranja disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Bic Laranja disse...

A logística da guerra, a guerra ela mesma e calor dos trópicos. Tudo condições favoráveis a andar em fosquinhas a transladar cadáveres.
Dos que tombaram, fica-lhes a honra. Dos que ficaram no Ultramar, vivos ou mortos, mancha-nos a desonra até hoje de os abandonarmos à vinganca do inimigo e ao apagamento da memória.
Há tempo, um coronel pára-quedista conseguiu trazer três camaradas tombados em combate e sepultados na Guiné. Explicou como o fez e quem o ajudou na transladação: veteranos que se quotizaram, a TAP, e uma agência funerária. Do Estado abrilino referiu secamente o escambo que fizera com o P.A.I.G.C., perdoando a dívida contraída a Portugal pelos excelentes líderes da fabulosa Guiné livre, para se livrar da má consciência de nunca ter pago a pensão devida aos soldados nativos esquecidos lá abandonados às mãos do inimigo. Em troca do perdão da sua dívida, o P.A.I.G.C. assumia o pagamento da pensão aos antigos soldados portugueses nativos da Guiné.
Um primor de honradez!
( http://biclaranja.blogs.sapo.pt/508879.html )
_________
Feliz Natal a todos!

josé disse...

Basta lembrar Marcelino da Mata, o mais condecorado militar do Ultramar português, segundo creio.

Estes capitões esqueceram-no.

Bic Laranja disse...

Marcelino da Mata ainda vai sendo recordado porque calhou estar e quedar-se cá, depois do grande acidente nacional.

Mas esta malta noticieira tudo ignora e sobre tudo é burra. Assim, mesmo havendo quem lhe ensinara, nunca por nunca aprenderia.

Domingos disse...

José
Admiro a sua persistência em comentar o Público
O jornal e tudo o que lá aparece não merece as suas palavras.
Só comunas e outros deficientes ainda gastam o seu tempo a ler tal pasquim.
É inútil.
Eles nunca irão perceber.
Os seus esclarecimentos, a sua louvável atitude, pecam por serem pérolas dadas a porcos.
Quem o compreende e percebe não precisava dos seus esclarecimentos, quem precisava do que diz, não aceita a sua mensagem.
De qualquer forma aprecio muito o seu blog e acho incrível a sua persistência.
Um Feliz Natal para si

Anjo disse...

Não têm vergonha! E o povo tudo consente! Miseráveis, todos! E os que se opuseram deviam ter conhecimento prévio de para onde iria pender a coisa. Fizeram figura de impolutos sem quaisquer custos, porque beneficiarão da medida.

https://eco.pt/opiniao/pela-calada-do-natal-aconteceu-o-saque-partidario/?utm_term=Autofeed&utm_campaign=Echobox&utm_medium=Social&utm_source=Twitter#link_time=1514121749

joserui disse...

Boa malha Anjo… "Contra votaram o CDS-PP e o PAN."…
A questão dos impolutos tenho dúvidas, porque o BE é especialista nesse papelão e alinhou — para quê ficar com esse ónus, ou o PC?

Anjo disse...

O PAN representou, aqui, o papel que podia e devia (do ponto de vista do eleitorado, claro, que devia ser o que conta) ter feito na votação da moção de censura ao governo: abstinha-se. Mas não vá muito longe, Joserui. Vá lá espreitar a rubrica da transparência deles:

https://www.pan.com.pt/transparencia.html

Onde estão as contas de 2015 e 2016, isto é os relatórios de gestão, a lista de acções e meios? Está lá um formulário, mas não preenchido.

E foi este partido que recebeu elogios do TC?

Aliás, já anda tudo lá à ganância por causa de cargos e sinecuras.

Anjo disse...

Abstinha-se, quando muito. Porque o que devia ter feito era votar a favor. Ou seja: contra a morte de animais, pessoa e natureza, que leva inscritos no nome da organização.

Ficava-lhe bem, para dizer o mínimo no que diz respeito a coerência.

Feliz Natal a todos, mais uma vez!

Pedro disse...



Tudo muito valente, a empurrar os outros para a frente.

A maior parte dos soldados eram obrigados a lutar numa guerra em que não acreditava.

Porque é que os salazaristas não se organizavam em unidades de voluntários, por exemplo unidades da legião, tal como os camisas negras italianos e SS alemães, e iam eles próprios ocupar as zonas mais perigosas ?

Faltam ao respeito de quem foi forçado a dar a vida pelas ideias deles.

E apesar de todo este armar em carapaus de corrida, quando estes soldados se revoltaram os salazaristas não dispararam um tiro para defender o seu regime e esconderam-se todos.

É mesmo para rir.

Zephyrus disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Zephyrus disse...

E curioso que esta onda de artigos venha agora apos os incendios...

Entretanto em Espanha passa-se isto. Em Sevilha o Podemos quer acabar com o escudo heraldico.

http://www.periodistadigital.com/ciencia/educacion/2017/12/23/los-mamarrachos-de-podemos-quieren-quitar-la-espada-a-san-fernando-del-escudo-de-sevilla-por-belicista.shtml

O cartao de Boas Festas de Carmena, presidente de Madrid, do Podemos:
https://hayunalesbianaenmisopa.com/2017/12/19/la-postal-navidena-del-ayuntamiento-madrid-protagonista-gloria-fuertes/

O Natal em Madrid quer-se materialista e pagao:
http://www.elmundo.es/madrid/2017/12/04/5a25997b268e3e3e6e8b45c3.html

E na Catalunha, Franco continua vivo. Tudo o que seha contra os nacionalistas, e franquismo...

Culpa? Ora os coelhos sairam da cartola quando o PSOE estava no poder, dez anos atras. O antigo PSOE nao tinha disto.

Esta a nascer uma Inquisicao de sinal contrario e ninguem grita que o rei vai nu.

Zephyrus disse...

Estes imbecis nao sabem contextualizar as coisas. O mundo estava dividido entre Ocidente, comunistas e Terceiro Mundo. Portugal era um pais relativamente pobre sem instituicoes fortes e ricas. Naquela epoca se o Regime cedesse um pouco rapidamente seria minado e acabaria comunista. Alias, depois do 25 de Abril sucedeu o que sucedeu. Poderia haver duas censuras. Ou a censura oficializada e descarada que existia. Ou outra, mais subtil, escondida, que havia nos EUA...

Esta censura subtil nao existira hoje em Portugal para proteger uma certa cor politica e alguns interesses economicos?

Zephyrus disse...

E Boas Festas ao Jose, e a todos os comentadores e leitores. Um Santo Natal pois aqui nao temos vergonha de ser catolicos e cristaos.

Zephyrus disse...

"Marcelino da Mata ainda vai sendo recordado porque calhou estar e quedar-se cá, depois do grande acidente nacional.

Mas esta malta noticieira tudo ignora e sobre tudo é burra. Assim, mesmo havendo quem lhe ensinara, nunca por nunca aprenderia."

Aqui em Inglaterra ha memoriais por todo o lado a recordar os nomes dos que morreram pela nacao.

Em Portugal conheco alguns dos tempos do Estado Novo. Mas genericamente, o pais nao recorda quem morreu no Ultramar e na Primeira Guerra.

a.leitão disse...

Eu estive em Angola de Dez 62 a Mar de 65. Sempre senti orgulho em ter defendido os interesses de Portugal Continental e Portugal Ultramarino.
A "escroqueria abrilenta" continua a manifestar-se por "ouvir dizer" duns gajos que nem um alfinete lhes cabia no cu.

osátiro disse...

Com poucas exceções, os media tugas são pasquins que só vendem mentiras e embustes, e escondem e censuram as maiores atrocidades que acontecem pelo mundo.
ainda hoje a SIC dizia que o Kim da Coreia fez MAIS UM aviso aos EUA..
o doido stalinista dispara mísseis que podem destruir o japão em poucos minutos.....mas a SIC ( e os outros)considera-o gajo pacífico e porreiro.ah e ainda avisa o trump...!!!
sobre o público...( que ainda agora gastou milhares de palavras a mostrar TOTAL IGNORÂNCIA e consequente rol de calúnias sobre a Igreja Católica) merece aquilo que já se faz mos EUA sobre CNN, NYT etc: BOICOTE
que no meu caso estendo ao grupo económico que sustenta aqueles/as desgraçados mentais:
BOICOTE À WORTEN, CONTINENTE etc.........

osátiro disse...

Só para se constatar ( com grandes gargalhadas !!!) a paranoia "leftist/liberal" da CNN,,,por ex.

agora, fizeram do PAI NATAL ......GAY E NEGRO......

http://www.coffeebreakforyou.com/2017/12/19/video-cnn-now-promoting-childrens-book-showing-santa-claus-gy-black-man/

depois admirem-se que o POVO EUA se revolte e dê a vitória a Trump.....loool

joserui disse...

Anjo, como é sabido, não coloco as mãos no fogo por nenhum partido. Por outro lado fala do PAN, mas eu nunca votei no PAN… em tempos idos votei uma vez ou duas CDS, porque não fala do CDS? Esse já foi governo e desgoverno. E de qualquer modo, não explica a súbita vontade do BE e do PCP, mais toda a superioridade moral que lhes está associada, ficarem coniventes com este tipo de jogadas. Quando podiam fazer o que habitualmente fazem — e relembro a questão do PCP, mais as suas duas cabeças. A vermelha e a verde… duplicam tudo, desde gabinetes a audiências e as sinecuras, também se calhar são em duplicado.

Pedro disse...

Tretas.

Os comunistas só ganharam força porque o estado novo se agarrou so poleiro até cair de podre e eles aproveitaram a confusão resultante da derrocada desordenada.

Se o estado novo tem feito uma transição pacífica e controlada para a democracia, por exemplo, com Spínola, não teria havido metade dos problemas e os comunistas não teriam qualquer hipótese.

Pedro disse...

Por ouvir dizer.,.

Pois. E também por ver.

Viu-se no 25 de Abril o que a quase totalidade das forças armadas pensava do estado novo e da guerra colonial.

lusitânea disse...

As Forças Armadas a seguir ao golpe foram objecto do mais profundo saneamento havido em Portugal.Foram em suma decapitadas.Ficaram os amigos dos comunistas enquanto no Ultramar os bem doutrinados oficiais milicianos tomavam a rédeas nos dentes e "confraternizavam" com os guerrilheiros tendo havido até um batalhão que foi desarmado e deixado em cuecas!E muitas outras revoltas dos que não queriam mais "guerra" principalmente quando em Lisboa se gritava "nem mais um soldado para as colónias" impedindo a rotação das ditas tropas...

lusitânea disse...

COMO SE COSTUMA OUVIR NÃO FOI PARA ISTO QUE SE FEZ O 25...

adelinoferreira disse...

Esta fotografia do "mestre" Eduardo Gageiro no ano de 1961, mostra pelo nome da drogaria que foi tirada na baixa lisboeta. A data não é conhecida.
A violência do chui perante um corpo caído e na presença de apenas polícias, diz bem do tratamento dado aos cidadãos que possivelmente quereriam festejar alguma data que o regime não gostava
Mas diz mais; o energumeno tem um "fumo" no braço, sinal que alguém muito próximo lhe tenha morrido; não fora isso.... Diz também pelo cartaz publicitário no estabelecimento do lado direito, que o número de telefone deste só tem 5 algarismos, o que permite ter uma ideia do número de possuidores de telefone e daí ao desenvolvimento do país é só um pulo... sim sim, um pulo! é que tudo que fosse estaminé não prescindia de pelo menos um número...

https://2.bp.blogspot.com/-dBtJx2Wowm4/WkIsmDi_AUI/AAAAAAAAvCU/XD7__60r9OwuoFaukQYVGaZupUzWepQxwCLcBGAs/s1600/Eduardo%2BGageiro%2B1961%2BA%2BMatraca%2BSueca.jpg

Pedro disse...

Claro lusitânea. Claro.

As forças armadas eram a favor do estado novo.

Por isso é que derrubaram o estado novo.

Faz todo sentido…

E depois foram saneadas (por quem ?) e só lá ficaram os amigos dos comunistas - assim como o Jaime Neves…

Isto é melhor que um episódio dos Monty Pyton.

Anjo disse...

Joserui, critico todos por igual naquilo em que forem criticáveis.

Mas o PAN é mais recente e invoca a ética por tudo e por nada, afirma-se diferente no panorama partidário. Quis apresentar-se como partido das causas e dos valores, sem ideologia (como se isso fosse possível). Ora, se descontarmos a ideologia que afirmam não ter, com que é que ficam das causas e valores? Viu-se como as puseram de férias na votação da moção de censura e como a

No resto estamos de acordo. Como tenho visto o Joserui defender o PAN nalgumas discussões aqui do blogue, achei por bem salientar mais este dado sobre estes delfins recém-chegados ao festim do poder e das sinecuras.

Viu que não se indignaram nem rejeitaram a verbazinha de 7 mil euros mensais para assessores e secretárias na CML? Agora andam indignados com os 57 mil para cartolas de Ano Novo, e com razão, mas o gabinete deles vai custar muito mais que isso ao erário público e sobre isso nem uma palavra. Aliás, reclamam mais desses recursos humanos (em Cascais, por exemplo):

https://ionline.sapo.pt/591939

Ora, ora, somos todos iguais e cheios de valores. Um partido que se diz de fora do sistema e que nasceu para o combater em várias frentes. Mas como as causas, sem cheta, se tornam indefensáveis, é preciso dar emprego aos correligionários e amigos.




Unabomber disse...

Independentemente das convicções politicas, a folha de serviços do oficial comando Matos Gomes, na guerra do ultramar, merece um pouco mais de respeito por aqueles que se dizem patriotas.

josé disse...

O respeito que lhe é devido é o mesmo que o indivíduo tem por quem lê as atoardas que proferiu.

adelinoferreira disse...


A Abrilada de 61 já tinha em vista pôr o Salazar abaixo da cadeira.
A brigada do reumático julgava que os militares estavam com o regime. Inicialmente estariam conserteza, mas nada é perene e as circunstâncias fazem os homens mudar de opinião.

O Tenente Coronel Banazol era no tempo em que lá estive Comandante de Operações do QG em Luanda, entrava pela mesma porta que eu.
É ele e a sua equipa que planeia e dá corpo à maior operação militar em Angola, denominada "Nova Luz", que envolveu todos os Ramos das Forças Armadas, até a PM. Neste invento desportivo o sr Ferreira também deu a sua participação que me permitiu um record, estar cerca de 3 meses a dormir no chão, sem nunca tomar banho, nem cortar o cabelo ou a barba. O trajecto da Fazenda Maria Fernanda até à denominada Missão(porque em tempos lá existiu uma comunidade de reliosos) a última vez que tinha sido tentada ia fazer perto de um ano e a Bataria de Artilharia que fez a tentativa não conseguiu fazer o percurso; ao fim de 3 dias e três noites desistiu e voltou para trás. Devo dizer que a distância entre a Fazenda e a dita Missão seriam 50/70 km (é
estimativa pode estar longe da realidade)

Ora leiam se puderam


https://drive.google.com/file/d/13YR7gwxeBnpN5et2q86JcDTKuWrC_ZfN/view

Maria disse...

Para quem se interessar e especialmente para o José que aborda com frequência estes temas, chamo a atenção para um texto de um blogo cujo nome deixo abaixo e vejam até que ponto se pode mentir persistente e vergonhosamente sobre a 'terrível' censura que existiu durante o Estado Novo, escondendo (os mesmos que a andam a propagar desde há longas décadas) a censura férrea e essa sim aterrorizante, a todas as notícias que viessem do estrangeiro e que desagradassem ao regime soviético, com incidência numa censura interna feroz feita nos jornais e na literatura e nas artes em geral, nas mais das vezes e em caso de prevaricação, sujeitas a penas de prisão ou deportação para o Gulag, a tudo quanto os opositores ao regime dissessem ou escrevessem e isto era extensível a todos os países comunistas.

Chamo a atenção para estas denúncias factuais, para ver se os invejosos e vingativos comunistas, socialistas e bloquistas se calam de uma vez para todas quanto à censura do Estado Novo e a tudo quanto eles invejavam e continuam a invejar deste regime e do seu Governante máximo e para fingirem que estão cheios de razão (e simultâneamente vingarem-se d'alguém que foi Grande e por isso mesmo nunca conseguiram derrubar) imputam-lhe defeitos sucessivos nunca mais se cansando de o fazer.

Ao primeiro, relativo à censura na União Soviética, pode-se a ele aceder através do excelente blogo brasileiro "Russia Beyond", sugerido no Blasfémias pelo comentador Procópio. Vale muitíssimo a pena ler.

O outro blogo, também brasileiro e que igualmente desconhecia, chama-se "Palavra Livre" e o excelente texto que li referia-se às grossas mentiras propaladas pelos judeus sobreviventes dos campos de concentração (e que deveriam ter sido apelidados de recintos ou campos de detenção temporária, já que era isso mesmo que os lá detidos aguardavam, sob ordens do representate máximo dos judeus na Alemanha em colaboração e estipulação de Himmler) e pelos que nunca lá estiveram mas juram a pés juntos que sim, durante décadas sobre o suposto holocausto e outras matérias correlacionadas.

Após este texto (e independente dele, mas deduzo que em contraponto ou contrapondo-o) foi postado um vídeo de um destemperado judeu que, a dada altura, depois dos mais indescrítiveis e usuais impropérios contra os alemães nazis, juntando-lhes toda a caterva de mentiras e exageros do costume, profere com voz ameaçadora que "a única coisa que quer fazer é vingar-se dos alemães". E faz esta ameaça, repetindo-a por diversas vezes, com um ódio perfeitamente detectável no tom de voz.

Pois, o que este povo (ou uma larga parte dele) quer é vingança, sempre a vingança daqueloutro que sempre invejaram e nunca puderam igualar. Nem no seu orgulho como povo, nem nas suas normas cívicas e morais, nem nas suas tradições ancestrais.

Pedro disse...

Caro José.

Mas não levará a mal que preferia acreditar no oficial comando Matos Gomes, que no pessoal de um site onde lê coisas como que os judeus é que perseguiram os nazis, que não havia censura no estado novo que este regime é que há...

E quando se prova que esse tipo de afirmações são completas mentiras, por exemplo referindo a venda livre neste regime de livros como o Mein Kampf, ainda insistem e insistem na aldrabice afirmando especificamente que esse livro é proibido - embora possa ser comprado livremente em qualquer livraria em pelo menos 4 edições portuguesas desde há quase 40 anos.

Fosse o Gomes o maior dos aldrabões, ainda assim perderia a taça para a claque da porta da loja.

De qualquer maneira não sei porque tanta raiva contra o homem.

Nos seus anos de serviço no ultramar fez milhões d vezes mais pelo salazarismo do que o salazarista médio que na maior parte dos casos fala, fala, fala, fala, mas nunca mexe uma palha pela sua causa.

lusitânea disse...

Uma coisa que me deixa espantado nestes democratas modernos é a sua capacidade de jogo de cintura ou de vira casaca.Alguns são mesmo o máximo.De instrutores da Mocidade Portuguesa ,da Legião e ajudantes dos mais notáveis chefes militares ao seu contrário como lebres do a terra a quem a trabalha,tudo o que tem preto não é nosso, tudo é do povo, nacionalizações já, mas sempre com eles a mandar e a interpretar...
Uma coerência baseada certamente em muito estudo e de forma consciente...que nos tem dado um futuro brilhante de fartura e felicidade entre bancarrotas e feitura agora só cá dentro da raça mista...e estudos da escravatura...

Pedro disse...

Como de costume, este post não prova nada do que afirma.

Chama mentiroso a um combatente que lutou mais pela causa salazarista do que os próprios salazarista presentes, porque o mesmo afirma que quando morriam vários homens numa operação havia ordens para diluir os mortos por vários dias nas notícias.

Como "prova" apresenta uma notícia de meia dúzia d mortos numa notícia.

O autor deste blog sabe a quantas operações se devem os mortos a que refere essa notícia ?

Sabe se morreram todos na mesma operação ?

Será que nesse dia morreram muito mais pessoas em mais operações e a notícia está mesmo a ser "diluída" ?

Será que vão liberando o número de mortos em pequenas tranches de dois ou de meia-dúzia porque seria pior dar vinte mortos no mesmo dia ?

Este blog não faz ideia, nem pode saber, mas não hesita em chamar mentiroso a um operacional que testemunhou os factos e que lutou mais pelo estado novo que todos os presentes juntos.

Sem palavras para descrever isto.

Pedro disse...

Caro lusitânea.

O contrário aplica-se muito mais.

Porque o que você está a dizer é que alguns dos maiores salazaristas viraram a casaca quando viram que aquilo ia rebentar.

Mas existem muitos mais exemplos de democratas e esquerdistas que arriscaram a vida a lutar contra o anterior regime.

Provavelmente milhares de pessoas passaram pelos calabouços do estado novo por lutarem contra ele.

Já a maior parte dos salazaristas não mexe um dedo para defender as suas ideias.

No 25 de Abril não dispararam um tiro para defender o regime e depois disso não apoiaram as várias organizações de extrema direita que normalmente se extinguem por falta de apoio de todo este pessoal que canta loas ao Salazar e ao Hitler pelos cafés e redes sociais.

lusitânea disse...

O saneamento e a "interpretação" do programa do MFA reduzidos ao quem está com o poder come e quem não está cheira gravado na pedra pelo Almeida Santos que doutrinou:para os amigos tudo, adversários nada e para o resto que se cumpra a lei fizeram de facto milagres democratas.Com muita propaganda.Mas as 7165 toneladas de ouro em dívida é que vai ser a espada que um dia vai cortar muitas cabeças bem pensantes...ao estilo somos pelo tudo e pelo seu contrário...desde que o leme seja nosso...

STA: quatro anos para isto!