terça-feira, outubro 20, 2015

A ficção jurídica e a realidade avassaladora

Expresso no Sapo:

Advogados de Sócrates estão em cima do Ministério Público... ao minuto .
(...)

A defesa de Sócrates lamenta que, apesar de ter tido “um prazo excepcionalmente alargado, prorrogado, esticado, para além de toda a razoabilidade do direito, à custa de expedientes diversos”, o Ministério Público não conseguiu “pôr um ponto, final ou qualquer outro,” à investigação. E acusa Rosário Teixeira de “manipular” as cartas rogatórias enviadas para a Suíça e de ter “inventado” um estatuto de especial complexidade para o processo.

Desde esta segunda-feira que os advogados, os arguidos e os assistente têm acesso aos autos da Operação Marquês. Pedro Delille levou na tarde desta segunda-feira do DCIAP um disco externo com 56 volumes, o equivalente a 18 mil páginas, sendo que à saída das instalações da rua Alexandre Herculano adiantou que foi informado sobre o facto de faltarem ainda 80 páginas dos autos principais, além dos anexos, que a defesa exige e que contém todos os detalhes das contas bancárias descobertas na Suíça e as escutas feitas a Sócrates e a outros arguidos ao longo de mais de um ano.

A lista de assistentes incluem jornalistas de quatro órgãos de comunicação social: “Correio da Manhã”, “Sol”, “i” e “Sábado
”.

Como relata o Expresso online, os advogados de defesa do arguido Sócrates ( há mais arguidos e mais advogados, mas não falam nem se manifestam de modo grosseiro e a roncar como estes o fazem, por razões que saberão explicar diante do espelho...) estão "em cima do MºPº, ao minuto".

Ora quem está em cima deles, diariamente, no jornal e na tv é o Correio da Manhã, constituído assistente no processo e por isso com a legitimidade derivada de ser ajudante da investigação, também interessado em captar audiências e vender papel. É um interesse tão legítimo como o daqueles advogados em "ganhar o seu", (e que não deve ser nada pouco) com os métodos que já confessaram: exposição total na praça pública de críticas à investigação, em modo grosseiro e violador de lei expressa ( o próprio estatuto da OA que os obriga a reserva) sob o pretexto de que foram "eles" ( leia-se o MºPº e o JIC) a virem para a praça pública discutir o assunto. Tal imputação, indigna, a priori falsa e para já completamente infundada a não ser em processo de intenção malicioso,  é a única justificação. Chegaram ao ponto de na mesma frase dizerem que não há provas nem factos e ao mesmo tempo confessarem que não conhecem todo o processo...e acusarem por isso mesmo a investigação de lhes sonegarem elementos que não têm de conhecer nessa fase.
Portanto, a ementa de hoje do CM e que pelos vistos promete continuar ( que demonstrará à saciedade a estupidez daquela estratégia dos advogados em causa)  é esta de que aqui se mostram duas das seis páginas publicadas. Suspeita-se que haverá mais e aqueles advogados terão mais que explicar do que andar em "cima do MºPº ao minuto" se quiserem convencer os cidadãos de que estão de boa-fé,a creditando piamente na inocência do seu cliente excelentíssimo. Este, apresenta-se em público de fato e gravata como se ainda fosse figura de Estado. Ora estas figuras que aqui se mostram não são de Estado mas apenas tristíssimas, porque contra factos os argumentos só podem ser grosseiros:





Questuber! Mais um escândalo!