segunda-feira, novembro 04, 2019

O Grande Vigilante à espreita...na Web Summit

Decorre a partir de hoje a Web Summit. Aqui ao vivo. O Observador também acompanha via rádio. Espero ver ou ouvir daqui a pouco Edward S. que denunciou a espionagem em escala maciça e global dos EUA, através de agências como a NSA e outras, logo em 2014 quando escreveu a biografia e um ano antes quando denunciou publicamente o escândalo.

O tema não poderia ser mais interessante: a evolução tecnológica nas telecomunicações ( designadamente o 5G) e a tolerância ao Grande Vigilante, seja o ianque ou o chinoca. Entre os dois...parece que o Portugal socialista já escolheu. Estivemos em Macau muitos séculos e nas últimas décadas estiveram lá alguns dos que agora governam. Alguns governaram-se por lá. E a China já manda em várias empresas nacionais de bandeira. Que foi portuguesa e já não é porque o arguido que anda a ser interrogado no TCIC ajudou a tal resultado. Por simples estupidez, digo cupidez, parece.

Entretanto, dei em ler o último livro de José Rodrigues dos Santos, comprado em supermercado, como convém. Imortal é o título e versa exactamente sobre a problemática da WebSummit: a vigilância do Grande Vigilante e a criação do Monstro por natureza: o super-homem nietzscheano.

Quem lê o livro de Rodrigues dos Santos ( e já vou a meio, precisamente na altura em que intervém o herói, depois da morte aparente do chinoca de serviço ao sistema que se apresenta como o criador da Besta) tem um cardápio resumido das invenções tecnológicas dos últimos anos a propósito do tema. Uma série de citações sem indicação de fontes a propósito do assunto e em modo de divulgação para totós. Para mim, basta, como o bacalhau. E até gosto do sabor do livro.

Entretanto Edward S. falou durante os 20 minutos que lhe deram e disse o que já tinha dito: há um abuso continuado e acrescido dos poderes do Estado e das Corporações que se lhe juntam, como as duas mãos de um corpo, ao coligirem e guardarem toda a informação que recolhem de cada um de nós que lhe cai nas redes, literalmente.
E tal abuso decorre de de se intrometerem onde não deveriam ser chamados: entre quem comunica, o emissor e o receptor.
As leis que regulamentam a  recolha de dados são um sofisma porque o problema reside antes, na possibilidade aberta e sem controlo real de tal recolha devido ao funcionamento da tecnologia. E acabou por dizer que somos nós, cidadãos que poderemos resolver tal questão se tiver resolução.


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A obscenidade do jornalismo televisivo