Esta São José de Almeida é a principal acólita do director do jornal, Manuel Carvalho que escreve assim em editorial:
Como se pode ler, agora é que vai ser...porque o governo acordou depois de andar a dormir.
A estratégia está definida: primeiro um caderno de encargos elaborado pelo Governo e por esta ministra van Dunem, uma das paladinas do combate. Depois, logo se verá no que dá.
Para já, duas ou três ideias básicas: acabar com os grandes processos do género marquês, bes ou...ou...que outros, afinal? Os faces ocultas? Os furacões? Enfim.
Depois criar juízos especializados para julgamento dos grandes processos que deixam de existir e ao mesmo tempo acabar com o tribunal de instrução especializado que já existe. É um estorvo, dos grandes, haver juízes como aquele Carlos Alexandre que só chateia quem não aprecia chatices e ainda por cima não é dos nossos... porque isto da corrupção em Portugal é coisa mixuruca e nada do que anda para aí a propalar a extrema-direita e os tremendistas. Por isso estas medidas se impõem!
E para quê este plano para erradicar um problema que afinal nem existe? Simples, como escreve este genial e inteligente Manuel Carvalho que combate o tremendismo de extrema-direita, sempre, mesmo o que não existe: "o Governo sabe que o tema da corrupção queima, que histórias como a da concessão de exploração do lítio, negociatas como as das golas antifogo ou o inenarrável segredo dos acordos com a Web Summit se tornaram um ingrediente político fundamental".
Ora aí está o que o perspicaz director do Público já percebeu: mais uma operação de charme para esconder a verdadeira corrupção, a que mina os alicerces da democracia que afinal é o caldo de cultura desta podridão e medra em quase todos os governos desde o 25 de Abril de 1974.
Quem diz o caso do lítio, poderia dizer o caso das prebendas concedidas a amigalhaços, com destaque para os da mesma coloração política, da mesma família e da mesma igualha. Quem diz tal coisa deveria incluir no rol os ajustes directos às pazadas, como os que são feitos a advogados, do género do marido da mesma ministra ou as escolhas para cargos de importância que tresandam a frete. Afinal não é sobre isto que a luta vai incidir porque isto não é corrupção, como já foi dito até em parecer do Conselho dos ditos no MºPº. Eppure é isto que preocupa o governo, nesta luta desalmada que agora vai encetar...criando uma comissão! E já tem caderno de encargos.
Em tempos escrevi isto aqui:
Nunca gostei deste Paz Ferreira, nem sei bem porquê. Tenho escrito ao longo dos anos postais algo vitriólicos contra a figura pública do dito e a mulher come por tabela. Mas...tenho uma pedra no sapato contra esta gente "muito bem": são pessoas que se instalaram no sistema de contactos do PS e arredores e vivem disso. Se não tivessem tal sistema de contactos, facilitado pelos cargos e lugares que foram ocupando ( até numa fundação, com dinheiros públicos, com aquela Roseira do PS!) eram pessoas vulgares como muitos professores universitários o são. E certamente não teriam os rendimentos que têm, os privilégios que usufruem e denegam ipso facto a "igualdade" que apregoam em ideologia montada a preceito.
Podem ter os seus méritos, como de facto os terão, mas há milhares de pessoas por esse país fora que também os têm e não têm isto que é público e já muito notório, para além do mais: em 2018 mais de duzentos mil euros de rendas, perdão, honorários, a troco de pareceres. Em 2019 já vai com mais de 300 mil.
Preside agora a uma comissão qualquer, nomeado por uma tal Vitorino casada com o tal Cabrita, que fez figura de maluco na AR há uns anos, num episódio picaresco com o então governante Paulo Núncio ( tirava, desligava e mexia no microfone do dito) que mexe com muitos milhões, mas é pro bono. Enquanto esteve na CGD na comissão de auditoria nos anos de Vara e Sócrates não viu nada, de nada soube e se ouviu alguma coisa, já esqueceu."
Quem lê as medidas do tal "caderno de encargos" sabe logo a seguir que vai ser constituída a tal "comissão" daquelas do costume porque integra os mesmos de sempre, a saber: académicos, como os que vendem pareceres jurídicos a troco de ouro a arguidos de processos de corrupção; representantes do MºPº, provavelmente os que escrevem sobre o assunto mas nunca sobre a corrupção verdadeiramente subliminar que existe no seio do poder político e dos sistemas de contactos e impede sempre que sejam atingidos os do patamar mais elevado do Estado, intocáveis que são; do CSM, que integrou pessoas que querem acabar com os juízes que combatem de facto a corrupção e definitivamente não gosta de tais juízes; do Conselho de Prevenção da Corrupção que tem lá o advogado Rui Patrício, habituado a defender corruptos e que por isso pesca do assunto como poucos mas não vai exibir os dotes que lhe acabaria com a mama e da Polícia Judiciária que afinal é apenas uma polícia a ver passar combóios. Quem isto ler, já sabe com o que conta: nada de nada de substancial.
Cosmética, apenas. Mais uma em que este governo é perito. Perguntem ao Lacerda que assessora o primeiro-ministro e que anda muito calado.
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