A partir de hoje vou dedicar algum espaço neste blog aos fenómenos etiológicos da Esquerda. Para se conhecer a mitologia esquerdista, a sua linguagem específica e os seus conceitos próprios, torna-se necessário perceber de onde provêm os seus mentores e por onde passaram nos seus tempos de formação intelectual.
No fundo, pretende-se aprimorar o retrato da idiossincrasia esquerdista, ainda que aggiornata numa indefinição conceptual precisa, por mor do tempo que passa.
Hoje, o primeiro exemplo, vem de uma entrevista do sociólogo Manuel Villaverde Cabral, à Pública, por meio de Anabela Mota Ribeiro, a qual, aliás, só por si e pelos entrevistados que escolhe merecia um verbete à parte, nesta tentativa gnosiológica.
Na entrevista, Manuel Villaverde Cabral, um habitué ( et pour cause) das tertúlias televisivas de há trinta anos a esta parte, dá uma pista importante para o gnose do fenómeno esquerdista em Portugal.
Diz assim, naquilo que interessa:
MVC- "Tive uma percepção curiosa no 28 de Setembro de 1974. Eu não estava, tinha ido para França ver a minha namorada ( futura mãe dos meus filhos). Quando voltei, retomei o contacto com um grupo que acompanhava a revolução no escritório do advogado José António Pinto Ribeiro ( ministro da Cultura do Governo que findou e antigo sócio, talvez único, de uma associação cívica); uma reunião depois, decidi mentalmente: "Acabou, não vou meter-me mais na política portuguesa."
P.-O que o levou a essa conclusão?
MVC- "Por não encontrar espaço. A minha análise política era de que os grupos de extrema-esquerda, dos quais fazíamos parte, a única coisa que faziam era tirar castanhas do lume para o PC. Eu já tinha decidido: se o PC quiser comer as castanhas tira-as do lume à conta dele, mas não conta comigo. Isso coincide, é não é por acaso, com o momento em que a porta da faculdade me foi aberta."
Mais explicações? Talvez nesta passagem:
P.-Levava-se a sério e queria que o levassem a sério?
MVC.-"Seriíssimo! Leio as coisas que escrevi e fico apvorado! Aquela prosa é de uma pessoa mais velha do que a que sou agora."
P.-Influência do seu pai?
MVC.-"Era o meu pai, era o marxismo, era o comunismo. Sou uma pessoa muito séria. Isso estava lá sempre. Consciência disso não tinha. O meu psicanalista...Ainda dei para esse peditório, quando me separei da minha primeira mulher. Eu era muito maduro, mas era um miúdo. E era hiper-romântico, Creio que continuo a ser."
Será este o segredo do escondido do esquerdismo? O hiper-romantismo?
Não deve ser...
No fundo, pretende-se aprimorar o retrato da idiossincrasia esquerdista, ainda que aggiornata numa indefinição conceptual precisa, por mor do tempo que passa.
Hoje, o primeiro exemplo, vem de uma entrevista do sociólogo Manuel Villaverde Cabral, à Pública, por meio de Anabela Mota Ribeiro, a qual, aliás, só por si e pelos entrevistados que escolhe merecia um verbete à parte, nesta tentativa gnosiológica.
Na entrevista, Manuel Villaverde Cabral, um habitué ( et pour cause) das tertúlias televisivas de há trinta anos a esta parte, dá uma pista importante para o gnose do fenómeno esquerdista em Portugal.
Diz assim, naquilo que interessa:
MVC- "Tive uma percepção curiosa no 28 de Setembro de 1974. Eu não estava, tinha ido para França ver a minha namorada ( futura mãe dos meus filhos). Quando voltei, retomei o contacto com um grupo que acompanhava a revolução no escritório do advogado José António Pinto Ribeiro ( ministro da Cultura do Governo que findou e antigo sócio, talvez único, de uma associação cívica); uma reunião depois, decidi mentalmente: "Acabou, não vou meter-me mais na política portuguesa."
P.-O que o levou a essa conclusão?
MVC- "Por não encontrar espaço. A minha análise política era de que os grupos de extrema-esquerda, dos quais fazíamos parte, a única coisa que faziam era tirar castanhas do lume para o PC. Eu já tinha decidido: se o PC quiser comer as castanhas tira-as do lume à conta dele, mas não conta comigo. Isso coincide, é não é por acaso, com o momento em que a porta da faculdade me foi aberta."
Mais explicações? Talvez nesta passagem:
P.-Levava-se a sério e queria que o levassem a sério?
MVC.-"Seriíssimo! Leio as coisas que escrevi e fico apvorado! Aquela prosa é de uma pessoa mais velha do que a que sou agora."
P.-Influência do seu pai?
MVC.-"Era o meu pai, era o marxismo, era o comunismo. Sou uma pessoa muito séria. Isso estava lá sempre. Consciência disso não tinha. O meu psicanalista...Ainda dei para esse peditório, quando me separei da minha primeira mulher. Eu era muito maduro, mas era um miúdo. E era hiper-romântico, Creio que continuo a ser."
Será este o segredo do escondido do esquerdismo? O hiper-romantismo?
Não deve ser...
1 comentário:
Pois, e se tivessem chegado ao poder?!!!
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