domingo, outubro 11, 2009

O síndroma italiano

Mesquita Machado em Braga, Isaltino Morais em Oeiras e Valentim Loureiro em Gondomar, ganharam as eleições autárquicas e são presidentes de câmara eleitos por mais quatro anos.

O que estes resultados eleitorais demonstram, sem qualquer margem de dúvida, é que a maioria dos eleitores desses concelhos entenderam que esses candidatos eram os melhores para gerir os destinos autárquicos.

Tudo o resto e que inclui suspeitas de corrupção, no exercício dos mandatos autárquicos, até mesmo condenações em penas de prisão, contaram zero para esses resultados.
O sinal que se transmite é o de um inequívoco manguito à ética política, à importância da conduta moral na política, como factor diferenciador do exercício autárquico. Os tribunais e as suas decisões, neste contexto, contam quase nada. E a explicação pode bem residir no descrédito a que têm sido votadas algumas delas, com uma grande falta de compreensão do povo em geral dessas mesmas decisões.
Os políticos, nesse aspecto, têm trabalhado afincadamente para esse resultado de confusão, ignorância e equívocos que lhes têm servido nestes actos eleitorais.

Que isso sirva de lição, se é que ainda não tinha servido, porque idêntico fenómeno se repercute também a nível nacional e já se manifestou nas últimas eleições.
Solução? Uma nova abordagem aos problemas com outra amostragem ética. Aos poucos lá se chegará, como na Itália se chega.

Questuber! Mais um escândalo!