No Jornal das 9, na Sic-Notícias, Mário Crespo entrevista António Cluny, magistrado do MºPº e representante do MEDEL ( associação de magistrados europeus) em Portugal.
O MEDEL fez uma espécie de auditoria, ( com um procurador da Catalunha e um juiz de Sttuttgart) uma audição a magistrados portugueses e relatou que o sistema de justiça em Portugal, afinal, precisa de ser...o contrário do que um Proença de Carvalho anda a defender activamente em entrevistas ao longo dos anos.
Relatou que o MºPº em Portugal precisa de ainda maior autonomia e com as polícias controladas efectivamente pelo MºPº na fase de investigação.
Segundo uma notícia do i de hoje, citada também por Mário Crespo, o juiz Carlos Alexandre foi ouvido no âmbito da investigação e disse algo que é muito perturbador. Disse que em certos casos que protagonizou enquanto juiz ( único) de instrução no tribunal central de instrução criminal, sentiu "interferências pontuais susceptíveis de gerar inquietação", em certos casos de relevância política e mediática.
Isto é preocupante. Um juiz de instrução declarar a uma entidade externa que sofreu pressões de relevo no âmbito da sua actividade jurisdicional carece de melhor esclarecimento que só o próprio conseguirá dar. A quem? Normalmente seria ao CSM.
Mas não aconteceu tal, como de igual modo não aconteceu com as pressões sobre os procuradores do Freeport, denunciadas pelo presidente do sindicato do MºPº, ao...presidente da República. Sem qualquer efeito, todavia. E percebe-se agora porquê, com estes últimos desenvolvimentos na presidência da República que atestam a profunda anomia que por lá se vive.
Esse facto que agora se conhece, merece melhor atenção. E ainda maior atenção a circunstância de tal denúncia, sem dúvida fundamentada e sentida, não ter sido apresentada perante o CSM.
Porquê?
O que isto revela é uma preocupante desconfiança em certas instituições que deveriam ser independentes e separadas efectivamente de preocupações de âmbito político e deveriam ser referências seguras da Democracia.
Mas parece que não são...e tal circunstância a somar a acontecimentos recentes que ocorreram no âmbito da PGR e no STJ, mais particularmente com o seu presidente, deixam a Justiça em muito maus lençóis.
Esta é a verdadeira crise na Justiça.
O MEDEL fez uma espécie de auditoria, ( com um procurador da Catalunha e um juiz de Sttuttgart) uma audição a magistrados portugueses e relatou que o sistema de justiça em Portugal, afinal, precisa de ser...o contrário do que um Proença de Carvalho anda a defender activamente em entrevistas ao longo dos anos.
Relatou que o MºPº em Portugal precisa de ainda maior autonomia e com as polícias controladas efectivamente pelo MºPº na fase de investigação.
Segundo uma notícia do i de hoje, citada também por Mário Crespo, o juiz Carlos Alexandre foi ouvido no âmbito da investigação e disse algo que é muito perturbador. Disse que em certos casos que protagonizou enquanto juiz ( único) de instrução no tribunal central de instrução criminal, sentiu "interferências pontuais susceptíveis de gerar inquietação", em certos casos de relevância política e mediática.
Isto é preocupante. Um juiz de instrução declarar a uma entidade externa que sofreu pressões de relevo no âmbito da sua actividade jurisdicional carece de melhor esclarecimento que só o próprio conseguirá dar. A quem? Normalmente seria ao CSM.
Mas não aconteceu tal, como de igual modo não aconteceu com as pressões sobre os procuradores do Freeport, denunciadas pelo presidente do sindicato do MºPº, ao...presidente da República. Sem qualquer efeito, todavia. E percebe-se agora porquê, com estes últimos desenvolvimentos na presidência da República que atestam a profunda anomia que por lá se vive.
Esse facto que agora se conhece, merece melhor atenção. E ainda maior atenção a circunstância de tal denúncia, sem dúvida fundamentada e sentida, não ter sido apresentada perante o CSM.
Porquê?
O que isto revela é uma preocupante desconfiança em certas instituições que deveriam ser independentes e separadas efectivamente de preocupações de âmbito político e deveriam ser referências seguras da Democracia.
Mas parece que não são...e tal circunstância a somar a acontecimentos recentes que ocorreram no âmbito da PGR e no STJ, mais particularmente com o seu presidente, deixam a Justiça em muito maus lençóis.
Esta é a verdadeira crise na Justiça.