O ex-presidente da República defendeu hoje que todos os utilizadores de auto-estradas devem pagar portagem e que os sacrifícios exigidos em tempo de crise devem ser partilhados por toda a população do País.
Em declarações aos jornalistas, na Figueira da Foz, sobre a problemática do pagamento de portagens nas auto-estradas SCUT (Sem Custos para o Utilizador) Soares sublinhou o "período difícil" que o País vive, frisando que todos devem ajudar à resolução da crise.
"Essa sempre foi a minha teoria", afirmou, à margem da cerimónia em que foi agraciado com a Chave de Honra da cidade.Se foi essa a "teoria" a prática pode muito bem ter sido outra. E por isso mesmo é tempo de Mário S. esclarecer o seu património, como o ganhou e que rendimentos auferiu e aufere para tal.
E deveria esclarece por que motivo se justifica que o Estado lhe pague, ainda hoje, por exemplo, todos os telefonemas que faz. Ou até se paga portagens nas estradas portuguesas ou beneficia de algum privilégio que disso o dispensa e porquê.
Só isso seria bastante para esclarecimento cabal, mas duvido que alguém o questione, a este putativo pai da pátria republicana, socialista e laica. A quantidade de apaniguados que granjeou enquanto foi PR. à custa do Orçamento de Estado, garantem-lhe a imunidade a estas perguntas incómodas e não vai ser por isso que o irão incomodar este fim de semana, no enconto de panegíricos que lhe vão fazer, estranhamente, em Arcos de Valdevez.
7 comentários:
HOJE EM ARCOS,NO PRÓXIMO ANO EM HAMMAMET.
MS já deve ter abdicado de todos os apoios/mordomias que possui. Tb já deve ter dado instruções sobre apoios que (presumo) receba na sua fundação... A dele e outras (muitas), porque é preciso salvaguardar o futuro dos politiqueiros, têm contribuído para afundar isto tudo.
Esse defensor mor das medidas do maior incompetente/iletrado/inculto, que alguma vez se viu a comandar um governo, deveria ter mais sentido crítico para perceber quando é usado, tal como aconteceu nas presidenciais.
Vá pregar aos peixes!
Mário Soares nunca teve problemas em pôr o Estado a pagar forte e feio para as suas idiossincrasias.
Agora, na idade madura e elevado ao estatuto de pai da pátria socialista, vai dizendo coisas sem nexo e contraditórias em estilo diletante e tudo escapa à capacidade de análise dos senhores jornalistas.
É que no contexto em que falou, o que disse é um disparate: “todos os utilizadores de auto-estradas devem pagar portagem e (que) os sacrifícios exigidos em tempo de crise devem ser partilhados por toda a população do País”.
Todos os utilizadores de auto-estradas devem pagar portagem ?
Bom, admitamos que sim.
Mas se os os sacrifícios exigidos em tempo de crise devem ser partilhados por toda a população do País, então parece que afinal também os não utilizadores das auto-estradas devem contribuir para o seu pagamento.
Em que ficamos ?
Esta contradição não é evidente ?
O velhote está é senil e na sua corte não há um tipo lúcido que diga que o rei vai nu.
Mário Soares sempre viveu pelo exemplo. E de exemplo em exemplo, chegamos aos Sócrates e Rodrigues, esses exemplos máximos. É o legado que vai deixar aos portugueses. -- JRF
Pois eu compreendi as palavras deste esclarecido concidadão de outra forma. Quer ele dizer que em condições normais, isto é, fora do tempo de crise, é perfeitamente aceitável que todos os cidadãos deste país paguem com os seus impostos, autoestradas para uma minoria utilizar, ainda por cima, localizadas em zonas privilegiadas deste país. Claro que também estou curioso por saber qual será a singela colaboração de MS para esta profundíssima crise.
Contaram-me esta história, que agradeço a quem saiba que a desminta, porque até a mim me custa a acreditar:
Uma das mordomias a que MS terá direito, segundo me dizem, será ser usufrutuário de um escritório à sua escolha. Sua Excelência terá escolhido o seu próprio escritório na sua casa, recebendo por isso um aluguer que o próprio cobra enquanto senhorio a si próprio enquanto inquilino.
Será que leva um preço mais "em conta" e será esse o seu sacrifício para combater a crise?
Vi hoje notícia sobre os três dias de homenagem a Mário Soares e nesta falaram várias figuras. De entre os elogios normais, reparei no de Freitas do Amaral que disse -"é o pai e principal inspirador do actual regime democrático português".
Depois de ler completamente o livro de Rui Mateus - Contos Proibidos, fiquei com a certeza que foi um elogio sincero.
Lembrando-me de Salgueiro Maia: "Há Estados socialistas, Estados comunistas, Estados capitalistas e há o estado a que chegámos!"
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