"A Justiça não está bem, mas não está tão mal como isso. Se corrermos a Europa, não encontramos Justiça melhor do que a portuguesa", disse Pinto Monteiro na Maia, onde assinou um protocolo de colaboração entre a Procuradoria-Geral da República e o Instituto Superior da cidade, no âmbito de um curso de criminologia.
Esta afirmação baseia-se em quê, de concreto? Que fundamentação lhe assiste? Não se sabe, mas desconfia-se que pouca ou nenhuma, e apenas um palpite em modo de wishfull thinking a sustentará.
Acontece que discordo da afirmação por motivos concretos e que testemunhei: na Bélgica, por exemplo, uma acção cautelar, em modo de providência, para resolver um problema de contrato entre empresas, funciona muito melhor do que por cá. E só refiro esse exemplo, porque o conheço.
Este tipo de proclamações por autoridades como o PGR, suscita perplexidade na generalidade das pessoas habituada a um discurso derrotista na Justiça e alimentado por alguns indivíduos que pouco ou nada percebem do assunto mas esportulam sabedoria a pataco, em artigos de jornal, repenicando ideias alheias que não compreendem.
Por isso mesmo, seria de esperar do PGR, a acompanhar estas declarações, alguns exemplos de sustentação quanto a prazos, eficiência e imagem da nossa Justiça em comparação com a alheia. Na ausência disso, a proclamação, mesmo relativamente justa, perde eficácia regenerativa e é mais um contributo para a entropia.
4 comentários:
"A Justiça não está bem, mas não está tão mal como isso. Se corrermos a Europa, não encontramos Justiça melhor do que a portuguesa"
Autor: Pinto Monteiro
Esta anedota eu ainda não conhecia! Mas é boa... muito boa... hilariante, mesmo!
Vou já guardá-la junto das outras!...
A REFERÊNCIA À JUSTIÇA É SÓ UMA FORMA DE DISSIMULAR A NATURAL MODÉSTIA DO CONSIGLIERI.A QUEM SUA EMINÊNCIA DE FACTO SE REFERIA ERA A ELE PRÓPRIO.O MELHOR DA EUROPA,DEPOIS DO ZÉZITO E ANTES DO RONALDO.
Vou fazer o mesmo que o Milan,José!
Não é boa nem má! Não existe nem nos neurónios do Sr. Procurador. Existe uma tirania, ou seja, o exercício do poder à margem do direito com os oligarcas acima das leis a arbitrar constantemenete.
Como pretende um soberano fazer justiça não tendo tribunais judiciais soberanos para exercê-la? O SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA é uma ficção. Chama-se supremo, mas tem um tribunal superior! Diz-se de justiça, mas esta está capturada pelo poder político. É uma impossibilidade!
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