sexta-feira, março 25, 2011

Ideias alternativas


O Sol de hoje traz uma entrevista com Alípio de Freitas. Esta personagem alternativa foi sujeito de uma canção de José Afonso, em pleno PREC, no álbum Com as minhas tamanquinhas. Alípio de Freitas, revolucionário de grupo extremista lutava contra o "fassismo" no Brasil. E na prisão de Tiradentes e "mais de cinco masmorras, não há tortura que o dome", cantava Zeca Afonso.

Pois bem, que diz Alípio de Freitas hoje? Algo que José Mário Branco poderia dizer ou coisa diversa?
O que se pode ler: José S. está louco. Não em termos metafóricos, mas mesmo assim, e a precisar de tratamento: "Não sou médico mas o sujeito está com pancada. E é grave."

Sobre Cavaco: "É o pai de toda a corrupção generalizada. Basta ver que os amigos dele estão todos encrencados com processos."

Sobre Portugal: "Portugal vem em crise desde D. João II. Crise essa que se agravou durante o reinado de D. Manuel com a expulsão dos judeus. (...) Perdemos a formação de uma burguesia. Portugal nunca teve uma burguesia. E sem burguesia não há revoluções. (...) Na Europa, a burguesia assumiu o poder cultural e o poder económico. São os banqueiros que estão no poder."

Assim, ipsis verbis, Alípio de Freitas. Sou capaz de concordar com o que diz. Menos aquela coisa dos judeus e da burguesia, em Portugal.
No final dos anos sessenta estávamos no bom caminho e não seria possível ouvirmos, como ontem ouvimos e vimos, a suprema humilhação para um país soberano: uma governante alemã,uma tal Merkel, a mandar bitaites sobre o que temos imperiosamente de fazer. A mandar em nós como carreteiros mandam no gado. Como se fôssemos uma colónia alemã.

Quem nos conduziu a esse fosso de indignidade foi o Inenarrável primeiro-ministro que ainda temos e os seus açafatas e moços de recados. O tal que Alípio de Freitas considera louco. E que os apaniguados do partido e não só, aplaudem como o seu herói.

Repito: Lembram-se de Vale e Azevedo?

Questuber! Mais um escândalo!