domingo, março 27, 2011

Fujam! Vem aí o Boaventura Sousa Santos.

O Público de hoje tem esta página intrigante. Ficamos a saber que o Estado Novo tinha um "discurso" que não desapareceu em 37 anos! E quem o descobriu e agora denuncia vigorosamente foi uma investigadora do CES de Coimbra, Marta Araújo. O CES de Boaventura Sousa Santos, o multiculturalista nacional. O tema da investigação é "Raça e África em Portugal" e no âmbito da coisa descobriu o achado.
Repare-se neste naco de prosa, totalmente isenta de ideologia e termos condizentes, onde tenta anatematizar outra ideologia inventada:

"Tentámos ir mais além da identificação das representações dominantes. Sabemos que são estereotipadas, existem imensos estudos que o mostram. Em vez de fazermos mais um, assumimo-los como ponto de partida e fomos antes explorar a ideologia que lhes subjaz e o modo como através desta se naturalizam as relações de poder".

Estão aí todos os clichés da ideologia de Esquerda que nos tenta dominar há mais de trinta ou quarenta anos. E mesmo assim, queixam-se da ideologia que não definem, não enunciam a não ser por paráfrases e de modo enviesado e pérfido.

Segundo se lê, o desejo evidenciado é reescrever a História contada por nós, europeus e portugueses, para adoptar a perspectiva de outros que não somos nós e que aqueles assumem como sendo mais objectivos e realistas.
Trocam a nossa visão pela alheia em nome de algo que lhes parece mais objectivo e verdadeiro. A razão por que o fazem é a mesma por que vituperam os bancos, o capitalismo e o sistema de valores ocidentais.
Aquela investigadora dá um ou outro exemplo do que pretende dizer. Copia textos de manuais escolares do 7º ano em que se explica o que foi o início da guerra no Ultramar ( a que chamam colonial, usando a linguagem que não era a do tempo). E um desses textos é este:

"Um sentimento generalizado de medo entre os colonos levou-os a matar muitos indígenas enquanto outros fugiram, indo juntar-se aos guerrilheiros. Posteriormente, tribos do Norte de África assassinaram centenas de colonos".

Esta passagem nem sequer usa o termo "terroristas" o termo exacto usado por cá, na altura, para designar os "guerrilheiros". Nem sequer usa termos que identifiquem ideologicamente o "fassismo" que é o que aquelas pretendem vituperar.

O que incomoda neste texto a dita investigadora é outra coisa: "a imagem que se faz passar é que nós, portugueses, fomos forçados a sermos violentos, enquanto eles, sejam angolanos ou mouros, são naturalmente violentos e bárbaros."

Para afirmar esta reescrita da História a autora foi buscar aquele texto!!!

Isto é de mentecaptos, não é?

Questuber! Mais um escândalo!