O Público deu à estampa virtual no passado dia 14 este texto de um português a residir nos EUA- estudante de doutoramento em engenharia electrotécnica na Universidade de Aveiro e na Carnegie Mellon University, cujo nome omito porque nem interessa. O que o mesmo escreve devia envergonhar quem publicou a enormidade sobre quem foi o responsável directo pela ajuda de Portugal a Israel, há 40 anos atrás. Sobre a ignorância da "geração mais bem preparada de sempre" isto será suficientemente eloquente...
A maior parte dos estrangeiros sabe pouco ou nada de Portugal. Somos vistos por muitos como um país irrelevante, que poderia deixar de existir sem causar um bocejo. Para muita gente num outro país, somos aqueles que ajudaram a que o seu país não deixasse de existir. Avançámos quando outros mais fortes não ousaram e, com um pequeno gesto, evitámos guerras. É tempo que em Portugal se conte esta história que é nossa também.
Em Outubro de 1973, celebrava-se em Israel o dia mais sagrado do calendário judaico quando os exércitos da Síria e do Egipto lançaram uma invasão surpresa. Já em 1948 e 1967 haviam iniciado guerras contra Israel com o propósito declarado de aniquilar o país e "atirar os judeus ao mar". Desta vez contavam com armamento e soldados adicionais da Jordânia, Iraque, Koweit, Arábia Saudita, Cuba, União Soviética e Coreia do Norte. Apesar da rápida mobilização das tropas israelitas, os tanques árabes iam ganhando terreno. Em Israel instalava-se o pânico. A primeira-ministra Golda Meir estava preparada para se deslocar a Washington e implorar aos EUA para reabastecerem Israel com armas, aviões e outro material bélico, tais as derrotas que as tropas israelitas estavam a sofrer. Apesar de os EUA permitirem o reabastecimento, havia um problema: os países europeus recusavam-se a autorizar os aviões americanos a usar as suas bases e espaços aéreos na rota entre a América e Israel. Sabiam que seriam punidos pelos países árabes por estarem dependentes do seu petróleo.
Ao ficar a par desta situação, o Governador dos Açores telefona para Washington e disponibiliza a base das Lajes na Ilha Terceira. Pouco tempo depois, começa a operação Nickel Grass e a pequena base passa a operar dia e noite, albergando milhares de pessoas em abrigos improvisados. Os primeiros aviões começam a aterrar na Terceira, e daí seguem para Telavive. Em Israel, espera-se e desespera-se. Até que, finalmente, a ajuda começa a chegar a partir do céu: são os aviões que vêm de Portugal. Um, depois outro, e mais, sempre a chegar.
Depois das pesadas derrotas iniciais, os israelitas dão a volta à guerra e recuperam o território que tinham perdido até aí. Pouco depois, acorda-se o cessar-fogo. Após a guerra, o Egipto é forçado a reconhecer que não é capaz de destruir Israel ou de atingir os seus propósitos através da guerra. Assim, em 1978, assina um acordo em que recebe a península do Sinai em troca da paz, um acordo que se mantém até hoje. O Egipto torna-se o primeiro e maior país árabe a reconhecer Israel e a estabelecer relações diplomáticas e comerciais com este, abrindo a porta a outros países árabes que viriam a fazer o mesmo.
Depois de 1973, Israel não voltou a ser invadido. Ficou nos habitantes do país um respeito especial pela atitude de Portugal num dos momentos mais traumáticos da sua História, quando o resto da Europa os havia abandonado.
Conheci esta história através de um israelita que era soldado em 1973 e assistiu ao alívio de ver chegar os aviões vindos de Portugal. Aviões carregados de esperança e de futuro para uma nação pequena e jovem. Os judeus religiosos acreditam numa passagem da Bíblia que diz que Deus abençoará aqueles que abençoam Israel. Coincidência ou não, a verdade é que seis meses depois seria Portugal a conhecer a liberdade e a esperança num futuro melhor e livre de guerras.
Esta é uma história que também faz parte da nossa História. É a lição que nos mostra que podemos sempre fazer a diferença. Se para uns somos insignificantes, para outros somos a esperança nos tempos mais negros. Ontem salvámos um país. Está nas nossas mãos o que faremos amanhã.
Um comentador da edição esclareceu-o assim:
Em 1973 não existia governador dos Açores; havia três distritos insulares Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta. Quem autorizou a utilização da Base das Lages para proteger Israel foi o chefe do governo da altura, o presidente do conselho Marcelo Caetano.
Provavelmente, este estudante, representante da "geração mais bem preparada de sempre" nem sabe quem foi Marcello Caetano...
37 comentários:
Sempre me disseram que a "mentira tem perna curta"...
Publiquei:
http://historiamaximus.blogspot.pt/2013/11/um-exemplo-concreto-da-geracao-mais-bem.html
Contacto: historiamaximus@hotmail.com
Ahaha! O mesmo artista escreve isto, entre outras coisas, no site ynet news (já é colunista de alcance internacional, pasme-se. Ou não.):
"He wrote me a long message, telling me about the massacres of Jews in Palestine before Israel existed, the wars of extermination, and the indoctrination for hate of Jews and Israel in the Middle East, among other things, which he compared to several examples of the humanist character of Israel and its society.
I read it all and, after verifying the information, I was convinced."
E depois isto:
"My world shook. I became aware that I was making unfair judgments and spreading hate and false propaganda about Israel... I was sad with myself and I felt angry and betrayed that I had trusted so much in organizations I thought were fighting for peace, equality and against prejudice, like I saw them doing for gay rights."
isto,
"I realized Israel is a democratic, tolerant, multi-ethnic, multi-religious, rapidly developing nation. A place I could live in free and more accepted than in my home country, and the only place I could safely set foot at in the Middle East."
e mais isto:
"I am a Zionist and I support the right of the Jewish people to self-rule and to life in peace, like I believe every thinking human being should."
Admira alguma coisa que a criatura saiba lá o que é uma província ou um distrito?
O Público é uma sarjeta.
Quanto é que a Mossad paga a este cretino?
È gay. Tinha de ser. São os tipos quem financia a gayzada toda.
A única coisa interessante é o aparente paradoxo encerrado neste colunista de elite: activista homossexual e zionista. Interrogo-me se no Público terão consciência do facto. Eu acho que têm. O que só torna mais interessante.
Como os (aparentes) opostos se unem tão bem, hoje em dia...
Aahahah!
Para desenjoo ficam alguns comentários israelitas à crónica do astro:
1. "I do not care what you think.Just leave us alone!
olim hadashim , tel aviv/israeli (04.07.12)"
9. We don't need your love
I agree with # 1. Jews dont need to be liked by goin. Find your tribe and dedicate your love to them. Leave us alone. jews are a special people and self-sufficient. You are quite irrelevant to us.
Sarah B. , U.S.A./Israel (04.07.12)
:D
ò pra ele:
http://thejewishchronicle.net/view/full_story/18397999/article-Gay-Portuguese-CMU-student-becomes-global-pro-Israel-advocate-?instance=news_special_coverage_right_column
Não há paradoxo algum: sutentam-nos e ao Público não sei, não.
E fanático:
http://romeumoskowitz.wordpress.com/2013/03/26/fernanda-cancia-e-a-judia-que-nao-se-punha-no/
Olha só o animal ignaro com a treta dos 4 mil do holocausto de Lisboa:
http://romeumoskowitz.wordpress.com/2011/05/21/a-vandalizacao-da-memoria/
A tribo da criatura? É da tribo de Azar, obviamente.
Em Londres em dois eventos científicos conheci jovens de quase todo o mundo e falavam de Portugal com admiração. Há dez anos os australianos disseram-me que se discutia nas escolas que Portugal poderia ter descoberto a Austrália. Os iranianos e os representantes dos Emiratos sabiam que tínhamos estado na zona. Um jovem dos Barbados falou com grande admiração de Portugal e do seu Império. Uma canadiana da Terra Nova dizia que Portugal poderia ter descoberto a América antes dos espanhóis. Já os americanos nada sabiam sobre Portugal e os nórdicos, alemães ou austríacos tinham um certo desprezo por nós, excepto os irlandeses e os ingleses. Somos mais admirados e conhecidos fora da Europa do que julgamos.
Estas pessoas existem mesmo? Desde que foram criados programas de computador que "geram" e redigem notícias e dados escritos (dados, não informação) que desconfio que este tipo de gente não seja senão o resultado de um qualquer algoritmo.
O Marcello Caetano devia ter ficado era quieto e mandar os americanos bugiar, era o que era.
Não sei porque é que acedeu misturar Portugal nos assuntos daquela gente. É sempre má ideia. Talvez tenha obtido algumas contrapartidas, não sei.
Em todo o caso, a ver se o "respeito especial" nos vem cá pagar a dívida. É o vens...
A ver se a gente recebe alguma percentagem dos três mil milhões que os americanos lá metem por ano...
As interacções com essa malta são sempre no mesmo sentido...
Quanto ao imbecil do cachopo, que emigre para a terra dos sonhos dele. Não percebo esta gente; falam, falam mas não abalam. Nem vale a pena dar-lhe mais publicidade a ele nem aos amos.
*acedeu a
Se bem que gostava de lançar este osso à escardalhada. A ver se mordiam ou não.
Eu acho que não. Há certos assuntos em que ficam mansinhos, mansinhos...
O que Marcello Caetano poderia ter feito era exigir "reciprocidade", ou seja, apoio americano na questão do Ultramar...
Se calhar não teve tempo.
“Deus abençoará aqueles que abençoam Israel. Coincidência ou não, a verdade é que seis meses depois” o regime que permitiu a ponte aérea que supostamente salvou Israel foi derrubado… :)
Isso andávamos nós a pedir havia não sei quanto tempo.
Nos Diálogos Interditos o Franco Nogueira tem lá uma data de encontros com o Dean Rusk e até o Kennedy.
Sempre houve "compreensão" ao nível dos governos. Mas o paleio era sempre o mesmo tal como o que era proposto por eles: Portugal comprometia-se a fazer qualquer coisa concreta e eles - talvez - se abstivessem na ONU.
Mas na realidade, esses encontros eram sempre um embaraço para os americanos. Havia sempre um exemplo de como alguém de departamento qualquer, de Estado por exemplo, ou um embaixador, ou alguém importante, tinha vilipendiado Portugal ou a política ultramarina, do que sempre se queixava o ministro português. Ou o MNE apresentava documentos que provavam a ajuda americana aos terroristas, como uma fotocópia do passaporte de Holden Roberto com vistos americanos da embaixada na Tunísia, entre outras coisas que embaraçavam e surpreendiam os americanos, que nunca pareciam contar que estivessem os portugueses tão bem informados.
Durante a crise dos mísseis, Franco Nogueira estava nos EUA. Encontrou-se com Rusk, que estava nervoso e preocupado com a situação. O MNE não perdeu a oportunidade de sugerir ao americano que fizesse o que nos propunha sempre a nós: levar o assunto à AG e ao CS da ONU, etc. Rusk começou a enumerar as razões pelas quais os EUA não podiam fazer isso: a AG não era séria, o CS não adiantava, a ONU não funcionava, estava nas mãos dos comunistas - até que percebeu que estava a dizer a missa ao padre e comentou quão irónico era que estivesse ele a dizer o que lhe andavam a dizer os portugueses havia anos...
Os americanos - tal como os ingleses (um caso esclarecedor e contemporâneo à altura, foi o da Rodésia e o bloqueio do porto da Beira) - não são sérios e, mesmo quando o são, a máquina é de tal forma gigantesca que nem as administrações conseguem fazer grandes mudanças de repente, no caso dos americanos.
Não sei se houve contrapartidas ou não, mas essa era o mesmo que pedir nada e coisa nenhuma. Caetano sabia-o com certeza.
Pois foi assim, mas em cima do acontecimento e com a possibilidade de "chantagear" diplomaticamente, talvez tivessem cedido alguma coisa.
No entanto, desde Kennedy que a política americana externa era contra o "colonialismo".
Se os americanos tivessem colónias idênticas e não apenas as concessões para as grandes empresas trabalharem e sacarem lucros, outro galo cantaria.
«È gay. Tinha de ser. São os tipos quem financia a gayzada toda.»
Em Portugal há uns anos os «activistas» das lgbts da extrema-esquerda descobriram que o dinheiro para os eventos gay vinha da embaixada de Israel. Ficaram histéricos(as).
Mas já na Idade Média os sefarditas e os mouros tinham fama de gostar.
E controlam a «indústria» gay internacional, o turismo sexual gay para Mykonos ou Telavive, revistas, indústria sexual... É o Mamon rosa judeu.
ADL/B'nai; OSCE; INACH.
"O Marcello Caetano devia ter ficado era quieto e mandar os americanos bugiar, era o que era.
Não sei porque é que acedeu misturar Portugal nos assuntos daquela gente. É sempre má ideia. Talvez tenha obtido algumas contrapartidas, não sei." Se o comentador leu Franco Nogueira também sabe que Salazar exultou com a sova monumental que um grande inimigo de Portugal da época, Nasser, sofreu na Guerra dos Seis Dias. E ao ver a internacional comunista a apoiar em peso a invasão de Israel em 73 é natural que Caetano tenha tentado, como aventa o José, obter um apoio mais explícito dos EUA à nossa luta legítima para manter o Ultramar (embora Caetano também tivesse as suas contradições neste particular).
«9. We don't need your love
I agree with # 1. Jews dont need to be liked by goin. Find your tribe and dedicate your love to them. Leave us alone. jews are a special people and self-sufficient. You are quite irrelevant to us.
Sarah B. , U.S.A./Israel (04.07.12)»
Ahah belos comentários. O «tuga» nem sabe com quem se meteu. Talvez perceba que ali não há muitas misturas de sangue e que o «outro» se acha «eleito».
Mas no racismo deles ninguém toca. Ainda em tempos recentes andaram a esterilizar as etíopes e os merdia internacionais não tocaram no assunto.
http://www.haaretz.com/news/national/israel-admits-ethiopian-women-were-given-birth-control-shots.premium-1.496519
São ele quem manda nos "mercados"...
http://www.haaretz.com/blogs/routine-emergencies/ethiopian-women-and-birth-control-when-a-scoop-becomes-a-smear.premium-1.500341
http://blogs.telegraph.co.uk/news/alanjohnson/100200961/smearing-israel-again/
atrida,
não se exultou ou não; li Franco Nogueira, mas não li muito.
Mas pelo que pude ler, os Negócios Estrangeiros, como, aliás, o resto da política do Governo, não estava dependente - pelo menos ao tempo de Salazar e Nogueira - de exultações ou de 'clubes'.
Por mais que a internacional comunista apoiasse os árabes contra os israelitas, seria de esperar que qualquer intervenção ou imiscuição portuguesa em assuntos dessa natureza tivesse por base a obtenção de benefícios concretos para o interesse nacional, independentemente de simpatias por um lado ou outro. E assim é que estava bem.
Ora, não é claro para mim que benefícios retirou Portugal da vitória israelita ou que prejuízos se entreviam na sua derrota.
Isso é algo que apenas o Presidente do Conselho ou o MNE à data, podem esclarecer.
Se Nasser era um inimigo declarado de Portugal, não é líquido que os israelitas o fossem menos, embora de forma velada. Aliás, que eu saiba, nunca as forças israelitas atacaram a União Soviética. Mas atacaram um navio americano em 1967, o USS Liberty, em águas internacionais ao largo de Gaza. Oficialmente foi um acidente, mas a história que contam os marinheiros é muito diferente e não oferece grandes dúvidas: o ataque foi deliberado e tinha em vista a neutralização do navio, que era uma plataforma de intercepção de comunicações, e impedir que transparecessem informações indicativas da iniciativa israelita da guerra, o que impediria Israel de acusar o Egipto de a começar.
O Governo deveria ter tido isto em consideração, se o não teve. É por isso que estas coisas têm que se traduzir em benefícios concretos e tangíveis, e não apenas por preferências ideológicas.
Em todo o caso, apenas o Presidente do Conselho ou os ministros competentes podem esclarecer os motivos por detrás da decisão.
Leia no "Político Confessa-se", Nogueira refere essa satisfação particular de Salazar.
Não sei que benefícios Marcello esperava do apoio aos EUA, a hipótese do José parece-me credível.
Em relação ao ataque ao USS Liberty, não percebo porque diz que o objectivo de Israel seria "impedir que transparecessem informações indicativas da iniciativa israelita da guerra, o que impediria Israel de acusar o Egipto de a começar", dado que a guerra decorreu entre 5 e 10 de Junho e o ataque ocorreu a 8, ou seja, já com aquela a decorrer.
«São ele quem manda nos "mercados"...»
E sabem vender e espalhar a porcaria que fazem.
Há uns tempos um engenheiro civil da FEUP fez uma apresentação sobre as «maravilhas» da arte Bahaus. No fim escandalizei quando disse que aquilo não era arte. Lamento, mas ali não vejo arte nenhuma e nós em Lisboa, Porto ou Coimbra temos casas muito melhores e não têm fama lá fora.
E gostam de fazer peças em grande nos EUA e com temas que criem polémica para chamar a atenção. Nós em Portugal já temos uma Joana de Vasconcelos...
Eles sabem vender bem. A Madonna, por exemplo, tem como agente um judeu. Ela já não canta nada mas continua a ser a artista feminina que ganha mais com tours em todo o mundo. E quem é o cérebro das tours é o judeu que a controla.
Tem razão. Confundi aí as coisas.
Antes de mais, a tese obviamente não é minha. Lia no livro "Assault on Liberty"* de James M. Ennes, que era tenente a bordo do navio.
O objectivo, assim sendo, seria evitar que se soubesse, não do ataque ao Egipto que decorria já à data dos factos como bem refere, mas do ataque aos Montes Golan.
Fosse pelo que fosse, o que se pode dar como certo é que o ataque foi deliberado. A informação avançada no livro deixa poucas margens para dúvidas. O navio foi reconhecido várias vezes antes do ataque, o ataque durou várias horas, envolvendo aviões, helicópteros e barcos-torpedeiros, o navio estava em águas internacionais, alçava a bandeira americana e tinha pintada a matrícula do navio em grandes caracteres no costado. As desculpas de Tel Aviv chegaram a Washington ainda o ataque decorria e continuou a decorrer. Houve peripécias inacreditáveis envolvendo os pedidos de auxílio do navio e as ordens do comando naval que se resumem dizendo que o primeiro navio a oferecer auxílio ao Liberty após o ataque foi um destroyer soviético que se encontrava na zona, apesar da 6ª armada americana estar a 400km de distância e ter jactos de prontidão, que aliás descolaram por duas vezes e por duas vezes foram mandados recolher.
O porquê do ataque apenas o hão-de poder dizer com certeza, ou os americanos, caso resolvam divulgar os documentos classificados que não divulgaram, ou os israelitas.
* http://www.amazon.com/Assault-Liberty-James-Ennes-Jr/dp/0972311602
* li-a
Mais uma vez nesta atitude de Marcello Caetano relativamente à crença de que, com a sua bem intencionada cedência na utilização dos aviões pelos E.U. nas Lajes em 1973, estava a lidar de igual para igual com políticos norte-americanos e israelitas probos e honestos, está desmonstrada à saciedade a sua ingenuidade política, consequência da sua formação moral, que se estende ou, melhor, estendia nessa altura a 99,9% dos portugueses. Era assim antes da invasão do nosso País por políticos matreiros, patifes, vigaristas, falsos, cínicos, hipócritas e traidores à Pátria.
Quanto aos últimos, eternos protegidos dos primeiros, que se aproveitaram de tão benévola quão decisiva oferta para ganhar a guerra, desses nunca nada de bom seria de esperar, nem então nem nunca, muito menos vantagens políticas ou apoio incondicional à nossa política ultramarina. E isto porque, como desde há séculos é sabido e mais concretamente desde que aquele se formou como país, os respectivos governantes eram e continuam a ser tão ou mais falsos e tão ou mais pulhas do que este punhado de traidores que nos desgraçou o país, o mesmo que somos forçados a aguentar quer queiramos quer não, vai para quarenta anos bem contados.
Dos governantes daqueles dois países, ontem como hoje como no futuro, que não se criem ilusões de espécie alguma, são falsos e traidores, seres humanos do mais vil extracto. Caso lhes surja a oportunidade óptima são capazes de tudo para obter ganhos políticos, até de trair os seus maiores aliados. Portugal não poderia (nem jamais poderá) ter sido uma excepção. Foi sem pensar um segundo nas múltiplas facadas nas costas e de outras tantas pulhíces da mesma jaez, naturalmente preparadas d'antemão, jamais imaginadas por M. Caetano possíveis d'ocorrer, quando de boa fé ele foi negociar com os maiores bandidos do planeta.
Viu-se de um modo cruel e vil como fomos traídos nessa altura e voltaremos a sê-lo as vezes que forem necessárias no futuro, por gente do mais baixo calibre que nunca se acanhou em socorrer-se de meios abjectos para atingir os seus fins políticos diabólicos.
Como disto mesmo o mundo tem sido testemunha impotente desde então até hoje.
Uma decisão sábia de Marcelo.
.
Sábia e justa, já que se tratava de disponibilizar passagem para defender os israelitas dos ataques ignobeis ao seu território. Ataques patrocinados pelas esquerdas radicais politicas de então.
.
Eu sempre achei que Marcelo Caetano tinha bom senso e este gesto prova-o. Pena foi que as suas ideias e intenções acerca da guerra colonial, nomeadamente em acelerar a autonomia das colonias rumo à independencia tivesse sido barrada pelos poderes estabelecidos do velho Estado Novo. Ter-se-iam poupado milhares de vidas de portugueses e ainda os bens daqueles que por lá viviam.
.
Rb
"... do mesmo jaez...", naruralmente.
Maria
Enviar um comentário