A revista Marianne desta semana tem um artigo interessante de Jacques Julliard, duma esquerda que não temos por cá e que coloca o dedo numa ferida comum: a paixão assolapada pela Educação deu em desilusão amorosa amarga.
Tal como nós ( ou vice-versa) quiseram reinventar a roda e acabaram sem eixos.
12 comentários:
as escolas oficiais de todos os níveis estão inundadas de gente extremamente competente e interessada no futuro dos índios
estou em Lisboa porque fui obrigado a depor no diap. caso contrário seria espoliado, conforme teor da carta recebida. mais interessados em punir quem não compareça do que cumprir. até se esqueceram de dizer o motivo
estou certo que perdi a minha tarde em vão num país de faz de conta
em muitos aspectos andamos de mãos dadas com a Guiné-Bissau
De facto os professores sempre se preocuparam muito com os alunos e o seu futuro.
Eu lembro-me quando andei na escola pública no inicio dos anos 90.
Tudo ao molho e fé em Deus. Havia tanto para contar desde gente que passava anos em baixa médica, sem substituição. Até professores sem qualquer grau de exigência nem capacidade de transmitir conhecimento. Até às ideologias transmitidas nas salas de aulas.
O ensino e as escolas são para os professores e para os funcionários, os alunos são uma mera mole humana que por lá anda e que eles toleram.
Enquanto neste país não se capacitarem que os melhores têm de ser compensados e os piores têm de ser afastados, não vamos lá.
Mas para compensar os melhores temos de saber quem eles são, logo temos de aferir os resultados das escolas e avaliar os professores. Sempre ouvi dizer quem não deve não teme.
Cumprimentos
Green Lantern:
A famnigerada "avaliação dos professores" é um logro.
Tanto maior porque ninguém será capaz de discordar de uma avaliação, considerada como coisa boa em abstracto.
Porém, com o sistema de avaliação que gizaram não conseguiram tal coisa nem de perto nem de longe. A avaliação tornou-se, porque aliás o era desde o início, mais um aspecto burocrático do trabalho dos professores.
Assim, a avaliação que existe e é praticada NÃO permite distinguir os professores bons dos melhpores e NÃO permite afastar os maus.
Como é que sei isto? Porque tenho conversado com professores, sei como a avaliação é feita e em dois ou três casos de professores mesmo maus, soube que os mesmos tiveram avaliação de muito bom.
E isto é um facto, não é mera opinião.
Ou seja, a avaliação que existe vale zero, ou menos que isso porque é um embuste.
E julgo que qualquer professor sabe isto.
Os melhores avaliadores dos professores do secundário, são os alunos. Sempre foram. Mas esses não são ouvidos para a classificação...
Completamente de acordo José.
O problema é que os sindicatos são contra as avaliações e ponto final.
Aliás a melhor avaliação são os alunos e os seus resultados. Ou vão-me dizer que os alunos portugueses da escola pública são todos burros.
O cheque ensino também seria uma optima medida mas há gente que nem quer ouvir falar nisso.
Eu mantenho a mesmo posição deve haver avaliação dos professores, não o sistema burocrático de excelentes, nos últimos anos.
Aliás conhece as avaliações do senhor Mário Nogueira? Não obstante não dar aulas desde o 25 de Abril.
E as avaliações da dona Ana Avoila na função pública. Aliás é interessante ler a entrevista dessa senhora à revista Sabado da semana passada. Quanto à limitação de mandatos dos sindicalistas nem ouvir falar, deve ser inconstitucional. Diz que de vez quando vai ao local de trabalho cumprimentar os colegas e está actulizada no serviço pois tem conhecimentos de informática na optica do utilizador.
Ai função pública para onde vais agarrada ao passado.
A proposito mosieur Soares anda muito calado, será da espirar recessiva????? Ou será por causa dos números do desemprego?????
Cumprimentos
O que me espanta é que sendo isto do senso comum não haja ninguém que o diga claramente na tv e assuma a responsabilidade por isso.
Alguém com prestígio, quero dizer. E capaz de alterar o que está.
A lingua da gato acaba por ser marcante...penso eu
Zé
A avaliação é uma treta de eduquês, combinada entre pares, com uma aula assistida, ensaiada com meses de antecedência.
Uma treta.
O problema é que gastaram fortunas na Festa Escolar, levaram à falência uma série de colégios acessíveis.
Já para compensar no meu quiosque é um frenesim avaliador. Não se pensa nem se faz outra coisa. São os alunos a avaliar no fim de cada semestre, o conselho científico a avaliar os relatórios do quinquénio, os senhores da fct a avaliar a pest trienal, os júris a avaliar concursos e curricula. E por fim o Belzebu em pessoa, a canzoada da A3ES, que avalia os cursos com a impassibilidade de Pedro o Cru, custando, questionando, insinuando, recusando, fornicando tudo o que mexe. Puta que os pariu, velhos gaiteiros jubilados e flausinas em ascensão horizontal, uma carteada de mamões.
cuscando, que as gajas e os vetustos são apenas cuscos ressabiados, ressentidos e glutões, literalmente glutões.
Enviar um comentário