quinta-feira, março 05, 2015
A lição de moral do recluso 44
Hoje no DN, dirigido pela gente amiga ( por quanto tempo?) do recluso 44, aparece uma carta enviada do ep de Évora ( o correio é célere para aquelas bandas...) e recolhida no jornal afecto em que o indiciado por crimes de corrupção, fraude fiscal e outros crimes como tráfico de influência, vitupera o actual primeiro-ministro, designando-o como "próximo da miséria moral". E recomenda ao actual PM que "faria melhor em explicar aos portugueses se ele próprio cumpriu a lei. Pela minha parte é o que tenho feito. Em nome da verdade é o que continuarei a fazer."
Ninguém minimamente atento em Portugal duvida desta última razão de facto do recluso 44. Tem sido incansável em explicar, nas entrevistas furtivas que concedeu enquanto recluso, que o dinheirinho que dizem que lhe pertence, afinal não pertence e perante essa verdade assume uma superioridade moral que o legitima a apodar o sucessor de "miserável moral", por ter sugerido o contrário.
Não obstante há um facto que colide com esta história da carochinha: segundo se conta e parece certo o recluso 44 pagava um ordenado ao seu motorista de 1200 euros por mês. Porém, oficiosamente, perante a Segurança Social só apareciam 600 declarados. A fraude é evidente, com uma agravante: agora é crime e pelo menos este está suficientemente indiciado...
A incongruência daquela verdade com esse facto é de tal ordem que até incomodará o raciocínio mais elementar de um distraído do senso comum.
De resto, a revista Sábado de hoje traz um resumo daquela verdade que o recluso 44 afirma ser a sua, moralmente superior. Esta que até aflige...
Chegou a altura de ter pena do recluso 44? É que não gosto de malhar em quem está no chão...
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