Paulo Rangel conclui que "Sob o ponto de vista do Estado de Direito, o ar é hoje bem mais respirável do que era em 2009 e em 2011."
E é a pura das verdades.
O PS de António Costa consegue sempre fugir dos temas e o apoio mediático que ostenta protege-o de incómodos e lembranças vergonhosas.
Hoje disse por aí no #facebook# " daquilo que quer para a justiça portuguesa e sobretudo no combate à corrupção. Disse que que “nenhum Estado se pode deixar dominar por interesses instalados” e garantiu uma “separação de poderes entre o poder político e judicial” para que ninguém, independentemente do cargo que ocupe, “esteja acima da lei” ou que “condicione as autoridades”.
Sobre o condicionamento das autoridades A. Costa é uma autoridade. Em 2007 este mesmo PS era assim, a propósito do caso Casa Pia:
Há registos áudio e até vídeo que demonstram que altas personalidades do PS e de outras áreas políticas e não só, procuraram minorar os estragos, com contactos directos com a as mais altas instâncias do poder do Ministério Público, a fim de parar os procedimentos e de algum modo, condicionar a investigação. Chama-se a isso, em linguagem jurídica e até corrente, perturbar a investigação criminal, de forma grave, provavelmente a mais grave que pode haver: pressionar a entidade investigadora, para abandonar a investigação. A prática, além de celerada e tipicamente mafiosa, é condenável pelo direito português. O PS nunca perdoou a Souto Moura por causa disto, e é bom que se diga e se rediga, em abono da verdade que nunca será reconhecida, mas não o deixa de ser por isso mesmo.
Quem
vê actualmente os mentores dessas manobras, publicamente conhecidas e
repara nos lugares que ocupam e onde estão, só pode ter um reflexo de
vergonha e uma náusea pela falta dela.
(...)
O caso Casa Pia, parece ser um caso mais importante, mais grave e mais
profundo do que o caso dos ballets Rose que assolou o regime de Salazar e
que este foi capaz de controlar, afastando os envolvidos das áreas do
poder, mesmo sem alarido público. A moralidade, porém, já não é bem o
que era, o que não deixa de ser de uma ironia espantosa. Espantosa,
mesmo."
O problema aqui exposto foi resolvido de um modo que agora se afigura
como tendente a poder ser replicado e repetido: o poder político do
sistema, incluindo os teóricos afectos, os tais "insuspeitos" são sempre
chamados a depôr nestes casos e a gizar soluções legislativas que
permitam passar por avanços democráticos e em prol dos direitos dos
cidadãos, ou seja, daqueles que são entalados e que lhes estão próximos
politicamente e cujo prejuízo também os afecta.
Então as leis penais foram revistas por força do caso concreto, à pressa pelos mesmos de sempre que se prestaram a solucionar os problemass cirúrgicos que apareceram e estragavam a compostura e imagem dos entalados excelentíssimos. A lei que era igual para todos, passou a ser mais igual em função dessas desigualdades assimétricas detectadas por quem não gosta nada de igualdades a não ser em abstracto e discurso ideológico para inglês ver.
Então as leis penais foram revistas por força do caso concreto, à pressa pelos mesmos de sempre que se prestaram a solucionar os problemass cirúrgicos que apareceram e estragavam a compostura e imagem dos entalados excelentíssimos. A lei que era igual para todos, passou a ser mais igual em função dessas desigualdades assimétricas detectadas por quem não gosta nada de igualdades a não ser em abstracto e discurso ideológico para inglês ver.
Sobre Souto Moura, o então PGR, o PS disse o piorio e só não correu com ele do cargo, para dar o lugar a um "extraordinário" Pinto Monteiro, porque houve algum receio de se exporem demasiado. José Sócrates, então PM, queria mesmo isso.
Quanto a este PS, a este Costa e à ideia da igualdade de todos perante a lei é apenas uma anedota. De mau gosto, porque não acreditam nisso. Nunca acreditaram. Rui Mateus que o diga, se alguém o conseguir entrevistar...
No fundo, foi isso que Paulo Rangel veio dizer publicamente, embora o jornalismo nacional não percebesse bem, fazendo de conta que foi apenas um ataque político ao PS, porque é assim que funciona a mentalidade de redacção das judites, lourenças e companhia.
No fundo, foi isso que Paulo Rangel veio dizer publicamente, embora o jornalismo nacional não percebesse bem, fazendo de conta que foi apenas um ataque político ao PS, porque é assim que funciona a mentalidade de redacção das judites, lourenças e companhia.