Correio da Manhã de hoje: a imprensa a fazer o que o Governo e a Protecção Civil que dele depende, não fazem, ou seja, publicar os nomes e os rostos dos mortos no incêndio de Pedrógão Grande. Mais e pior: o Governo esconde o nome de vítimas e o jornal publica um número de telefone para que alguém possa indicar o nome de familiar, amigo ou vizinho que não esteja nesta lista e tenha desaparecido no incêndio. Pior vergonha para o Governo não pode existir. Pior desgraça para este Primeiro-Ministro sempre sorridente também: os mortos chamam por esse responsável e o indivíduo vai de férias...divertir-se.
Francisco José Viegas escreve hoje no jornal que "esconder os mortos e falsear o seu número em nome das sondagens de opinião seria uma indignidade de patife".
Entretanto, sobra isto:
O primeiro-ministro desvalorizou esta segunda-feira a questão
“estatística” em torno do número real de vítimas de Pedrógão Grande.
António Costa foi cauteloso em assumir o número final, destacando que a
“dimensão desta tragédia não se mede pela dimensão dos números”.
Pressionado a ser mais claro, o chefe de Governo atirou: “Não é o
Governo que contabiliza [os mortos]”
Minutos antes, a ministra da
Administração Interna reforçou que 64 pessoas morreram no incêndio de
Pedrógão Grande, acrescentando que o processo está nas mãos do
Ministério Público e em segredo de justiça.
Será este o retrato de um patife? Como é possível dizer o que disse o PM e a sua ministra, a pateta do MAI, dizer aquilo?