Depois do congresso do MºPº no último fim de semana, as notícias sobre o evento passaram por entrevistas a dois ou três protagonistas e imagens na tv de alguns presentes, quase todos da actual nomenklatura do MºPº que assim pretende permanecer como parece notório.
Sobre os problemas reais dessa magistratura, o que passou para a opinião publicada é completamente irrelevante, o que significa que o congresso foi um passeio de fim de semana para alguns magistrados dirigentes, particularmente nas distritais e comarcas se mostrarem aos pares e dizerem entre si que "estão com o sindicato" na hora das votações no Conselho Superior ou em eleições próximas...
Hoje o Expresso traz um pequeno artigo de uma dupla de juristas que aparentemente procuram capar a pequena autonomia de que goza essa magistratura. Não lhes agrada nada quando tal magistratura se mostra um pouco mais acutilante com a politiqueirice ambiental e persegue criminalmente certas figuras públicas que concitam logo o apoio em massa dos cágados de serviço e que são muitos.
Esse clube de cágados tem uma sede no largo do Rato e diversos comissários que oficiam habitualmnte nas tv´s. Um dos principais membros, já honorário e com bastas provas públicas dadas e remendadas, é o advogado Magalhães e Silva, como ontem referi.
Não obstante, tirando isso, o pequeno artigo dos tais "juristas" é interessante e faz muito sentido no tempo actual em que não se discute o problema de fundo que convoca: o falhanço do MºPº em investigações avulsas que se encontram em curso e algumas cujo desfecho se afigura duvidoso e até vergonhoso ( caso do ministro Centeno e agora o dos cartões de crédito do governo Sócrates).
Primeiro o artigo:
De facto não se compreende que uma investigação dirigida no DIAP, então da responsabilidade de Maria José Morgado e actualmente não sei de quem ( não quero saber...e não fui ver) aos cartões de crédito dos governos Sócrates dê no que se conhece: acusação a dois figurões por causa de terem comprado livros e aparentemente não os deixarem no ministério...
O Correio da Manhã fez o trabalho de casa que aparentemente falhou ao MºPº no capítulo dos indícios recolhidos e escândalos escondidos e mostra como foi a grande rebaldaria governamental nos gastos prandiais durante anos e anos. Presumivelmente ainda dura e perdura, sem escândalo ou investigação específica do MºPº a esse autêntico abuso que o jacobinismo oblitera.
O que aqui se espelha são crimes continuados ( que continuam...) de peculato, mas que o entendimento jacobino do direito penal não considera como tal, porque estão justificados pelos "usos e costumes" de quem governa à custa do povo palerma que isto permite.
Não se admite que um cabrão de um secretário de Estado, ministro ou um filha da puta qualquer que seja governante e receba do erário público, gaste uma média de 295 euros por refeição paga por todos nós, através do Orçamento de Estado. Não se admite, ponto final.
Considerar que isto é muito normal e que portanto não é crime algum é outro crime: denegação de justiça, prevaricação mental porque revela a falta de entendimento democrático do que é e para que serve o direito penal.
Acusar um gajo qualquer ( José Magalhães, precisamente um gajo qualquer) que foi Secretário de Estado por ter gasto 400 euros em livros que aparentemente não deixou no ministério e deixar passar ao lado tudo isto que acima se expõe é obsceno, juridicamente.
E no entanto, aposto que seria esse o entendimento de um STJ se fosse chamado a pronunciar-se sobre o crime de peculato.
Ou seja, há aqui algo de profundamente errado.
Por isso mesmo é que no Expresso desta semana, a anterior responsável pelo DIAP escreve as suas memórias com histórias da carochinha. Há décadas que não deve fazer um julgamento...
O Ministério Público actual é isto e duvido que muitos magistrados antigos se revejam nesta imagem ridícula que tem dado ultimamente.
27 comentários:
Tão amiguinhos dos pretos que eles são e depois não vão pastar ao moinho da juventude na Cova da Moura?Porra...
Esta nobreza que faz o que quer e ainda lhe sobra tempo, tudo em nome do zé povinho que só deve participar alegremente na feitura da raça mista lá no bairro social e não só, tem motivado resmas de bons cidadãos a querer também servir o zé povinho.Desde Juntas de freguesia até a deputados há dedicados assessores, amigos, fornecedores enfim todo um mundo a tratar da felicidade do povinho que mesmo assim foge a sete pés para bem longe.Agora sem a dita guerra "colonial"...
José os Juízes do Ministério Público comem por preço igual,como poderiam considerar isso crime que o é de facto.
Carmina Burana
In taberna quando sumus,
non curamus quid sit humus,
sed ad ludum properamus,
cui semper insudamus.
'... e tudo se acabar na 4ª feira'
"José os Juízes do Ministério Público comem por preço igual".
Não se confundam as coisas. O subsídio de alimentação que os governantes ganham não tem a ver com isto.
Isto são despesas avulsas, por refeição, pagas por todos nós, através do Orçamento de Estado e no caso do Sócrates, nos melhores restaurantes. No caso concreto, no Porto Santa Maria, só o vinho custou mais de 200 euros...
Portanto, não mistifiquemos.
Os que enchem o bandulho com repastos de 295€, são os mesmos que andam sempre com a boca cheia de pobreza, desfavorecidos e desigualdades. Uma corja impenitente que desgraça o país há mais de 40 anos. E depois, vêm os tais desiguais e desfavorecidos, mais o resto da seita e votam neles. O futuro continua radioso.
Partilho aqui isto pois acho muito preocupante. Sabe-se ha muito que o BE e o PCP estao contra os exames nacionais. E uma tal Associacao de Pais tambem tem manifestado posicoes neste sentido...
Ha uns 12 anos no Porto toda a gente sabia como funcionavam as notas internas em algumas escolas privadas da cidade. Uma metia mais de 100 alunos em Medicina... tudo com 19 de media interna, algo impensavel em muitas escolas publicas... e tudo legal, diga-se, pois ha os items de avaliacao subjectivos como a participacao, comportamento, trabalhos...
Se recentemente se comecou a falar da inflacao de notas foi porque os exames nacionais permitem avaliar essas discrepancias. Facam os estudos que quiserem, mas a OCDE nao conhece a realidade portuguesa. Acabar com os exames nacionais? Duvido que dure muito tempo. Os privados vao dominar as entradas em Medicina ou cursos do genero. Na escola publica as pressoes de pais serao enormes para inflacionar as notas. Isto vindo de partidos que dizem defender os pobrezinhos...
http://www.jcp.pt/fim-aos-exames-nacionais/
https://www.publico.pt/2018/02/09/sociedade/noticia/ocde-defende-fim-dos-exames-no-secundario-enquanto-meio-de-acesso-ao-superior-1802644
Isto tudo cheira muito mal...
Deveriam perguntar-se por que motivo ha 30 anos nao havia este mercado de explicacoes que existe actualmente. E as criancas e jovens passavam menos tempo dentro das escolas... e no final acabavam por aprender mais conteudos. Hoje os conteudos sao menores, o grau de exigencia das materias tambem, especialmente no Secundario. Mas os alunos andam sobrecarregados... com trabalhos da treta e explicacoes. O PCP tem a solucao: acabar com os exames nacionais, e ja esta. Se o fizerem ate podem reduzir o mercado das explicacoes. Mas em alguns cursos o mercado vao explodir no Superior... e depois, que dirao? Vao tambem meter a mao no Superior?
Li que o juiz Carlos Alexandre foi bombeiro e carteiro enquanto estudava. Seria possivel nos dias de hoje? Duvido. O Superior tambem tem evoluido no sentido de sobrecarregar sem que haja mais conteudos. Ha cada vez mais trabalhos e avaliacoes continuas, menos tolerancia com as faltas, cargas horarias mais pesadas. Os alunos saberao mais que ha 20 anos?
O pcp e o ps destruiram a educação. Tudo começou com Rui Grácio logo no início. Está tudo neste blog
O trabalho de destruição é de uma natureza tão evidente que tem de corresponder a um desiderato maior. É impossível ser apenas uma conjugação aleatória de "opções inarticuladas".
O desiderato é o que acusam o Salazar de fazer:manter a estupidez natural da maioria. E tem tudo sucesso a estratégia. Há um ponto essencial:o jornalismo
Zephyrus
Não, por falta de avaliação rigorosa. O 12º é obrigatório e ninguém pode ficar para trás. Reprovações só quem não comparece.
Há uns anos um miúdo daqui do bairro passou para o 10º com 8 negativas.
No superior é igual. O ensino até pode ser okey, mas não se avalia. Como falou em "trabalhos" --- qualquer trabalho é "bom".
As "médias" do secundário no fundo não servem para nada. Mesmo medicina dá perfeitamente para tirar em Espanha com 10. Nos outros cursos as privadas aceitam os alunos com nota mínima [no fim do mês se caírem os 350~~400€ está tudo certo].
Ainda apanhei professores "antigos" na faculdade e nós... coitaditos! Um colega, melhor aluno da fac, até chorou com um 8 (eheh) - 5ª melhor nota (!).
Não era o professor que era "injusto"-- nós é que estávamos mal habituados.
O secundário é a ideologia do direito à educação ( mas no sentido de um "direito a ter os estudos minimos -- o 12º). No superior é a "ideologia" das propinas, do bota pra lá, quantos mais melhor-- o futuro? que se orientem, o que interessa é já aqui o dinheiro para pagar os mercedes e BMWs aos professores.
Andam os pais a passar qusase fome para terem os meninos ao engano numa qualquer universidade num curso que nem sequer devia existir.
É esta a minha visão de tasca...
Os valores do Salazarismo e Caetanismo deveriam ser ainda hoje os prevalecentes. Se nada mais se fizesse para melhorar o país, só isso seria suficiente para formar um partido.
Valores na educação, ent
Entenda-se.
"É impossível ser apenas uma conjugação aleatória de "opções inarticuladas"."
Anjo, é apenas a conjugação do quanto pior melhor. Porque a história está aí para provar que isto é gente que não olha a meios. E no fim, purga-se a preceito, cria-se o homem novo e os amanhãs cantam.
Pois, mas a seguir diz-se que afinal o comunismo é coisa do passado e de somenos...
Joserui e José,
Já não tenho dúvidas nenhumas: cantam, chiam, gritam, cacarejam...
Há muita coisa já a acontecer e a pôr as coisas nesse rumo.
Aqui confesso que, antes de começar a visitar este blogue, também achava que o comunismo era coisa do passado.
Mas olhem só quem defende o fim dos exames no acesso ao superior:
https://www.publico.pt/2018/02/09/sociedade/noticia/ocde-defende-fim-dos-exames-no-secundario-enquanto-meio-de-acesso-ao-superior-1802644?
Entretanto o juiz Carlos Alexandre resolveu ser testemunha abonatória de Arlindo Marques (Mediotejo), o cidadão que com parcos meios vem denunciando a poluição com que a Celtejo conspurca impunemente o Tejo há anos. Arlindo Marques foi processado por estes delinquentes destruidores do país que lhe exigem 250.000€. Ainda há pessoas com valores e coragem, o juiz Carlos Alexandre é uma delas.
O fim dos exames ao ensino superior só pode significar uma de duas coisas: Ou os alunos entram à balda e em vez de completarem o curso em 5 anos, completam-no em 10; ou uma secundarização do ensino superior, que na minha opinião já acontece em muitas universidades privadas e confesso que não sei como estão as públicas. Ou seja, o abandalhamento do ensino superior, para que de uma vez se cumpra o ditado — um burro carregado de livros é um doutor.
Eu quando entrei na faculdade de engenharia do Porto foi um choque total de método e de exigência. Foi um choque na matemática, na física e na electricidade. De 12 cadeiras no primeiro ano, 5 eram de matemática e como éramos todos uns burros e uns atrasados, e a matemática era pouca, passávamos a vida a dar matemática mais avançada em física e em electricidade, para se poder andar para a frente. Foi brutal e do ensino secundário ainda se aproveitava alguma coisinha. Havia professores que não admitiam erros ortográficos — só isto, hoje, colocava a faculdade fora do alcance de 90% dos estudantes. Ia tudo para trolha — e ganha-se bem!
Relativamente ao comunismo só tenho uma coisa a dizer: Se esses sacanas um dia voltarem, com as suas ideologias fossilizadas, violência e repressão, têm de ser combatidos por *todos* os meios. Não é as pessoas de boa vontade ficarem em casa a ver o amanhã a cantar na tv. Mas desconfio que andam insidiosos, a minar por dentro, a ver se tudo cai de podre. E andam burgueses e da burguesia saem prebendas, não é revoluções.
O comunismo actual não é certamente o da configuração da antiga RDA. Mas é certamente o que se prefigura na Venezuela e noutros sítios onde a Esquerda é abertamente contra o liberalismo económico e pretende controlar todo o processo de produção de bens e serviços, como em Cuba e noutras paragens ( Chipre).
Em Portugal não é difícil imaginar o comunismo a mandar: nacionalização imediata de todos os bancos e seguradoras. Nacionalização de todas as empresas que já foram públicas de deixaram de o ser.
Controlo efectivo de todos os media, com censura efectiva e permanente sobre quem se atrevesse a fugir do cânone, mesmo na internet.
Controlo pelo Estado de toda a estrutura produtiva essencial e portanto o resultado seria o mesmo da Venezuela: bichas nas mercearias do Belmiro e Jerónimo que teriam que se dobrar aos ditames do Jerónimo e Arménio para não fecharem portas, mormente quanto à tributação dos lucros. Durariam um ano, se tanto...
Na Educação estava bem como está: já é deles...
Em Portugal um cenário "fascista" é completamente irreal. Um cenário comunista é perfeitamente previsível e plausível.
A pistoleira escreve hoje no Público:
https://www.publico.pt/2018/02/12/politica/opiniao/a-justica-nao-se-discute-1802225?
1910- 90% de analfas
1926- 88%
2011- 48% com máximo de 4 anos escolaridade = 'in sino' xuxalista
a etar socialiata de Abrantes fornecida pelo grupo Lena
vai ser nova fonte de água termal
ministro do 'imbi ente'
'água do Tejo de boa qualidade'
experimentem passear junto à ponte Vascô de Gámá na baixa-mar
sem levar mola da roupa para tapar o nariz
se os proprietários dos terrenos não limparem os terrenos até maio
haverá posse administrativa dos mesmos
discotecas usam seguranças
porque o estado xuxa não protege os contribuintes
o importante é dar à nalga nestes dias
afetados com tanto afeto
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