segunda-feira, fevereiro 26, 2018

Corrupção Geral, S.A.

O partido mais influente em Portugal não tem registo constitucional porque é criminoso, ilegal e afinal uma sociedade anónima:  Corrupção Geral, SA. Apesar de proibido é o mais popular e com maior número de militantes: todos os que dele precisam.

Uma sondagem entre esses militantes desconhecidos mostra a realidade portuguesa:

 Eurobarómetro da Comissão Europeia revela que empresários portugueses consideram que a corrupção está generalizada no país e os contratos públicos são feitos à medida de algumas empresas.
Só quem tem ligações políticas consegue ter sucesso nos negócios. Esta é a convicção de 70% dos empresários portugueses, segundo um relatório da União Europeia sobre “As atitudes das empresas perante a corrupção” e que coloca Portugal na liderança europeia a este nível. O estudo do final de 2017, citado pela TSF, revela que a corrupção é outro dos problemas que preocupa os empresários nacionais.
Segundo o Eurobarómetro da Comissão Europeia, 58% das empresas nacionais apontam a corrupção como um problema na condução dos negócios, o que representa um aumento de nove pontos percentuais face ao estudo realizado há dois anos. Mais expressivo são os 86% de empresários que consideram que o fenómeno da corrupção está generalizado no país e que acaba por travar o desempenho da economia e das empresas mais do que as dificuldades de aceso ao crédito, as limitações das leis laborais, a falta de infraestruturas ou a burocracia, cita a rádio.

Como é que se formou este partido da Sombra em modo de sociedade anónima? Do modo mais informal e sem registos conhecidos. Agregaram-se-lhe os militantes da causa que não é ideológica mas apenas interesseira: encher os bolsos de dinheiro alheio, preferencialmente público.  Muito dinheiro que veio do exterior,  da União Europeia e dos impostos recolhidos ao povo em geral e empresas em particular. Ao longo dos anos são milhões e milhões que entram no circuito dos negócios e alimentam essas castas.

Qual a sede? Diversificada, com delegações por todos os centros partidários de relevo.
Quem são os seus dirigentes mais notórios? Os que decidem ao longo dos anos, em particular os que têm poder de escolha sobre opções político-administrativas, a nível central, regional e local.

Qual o método mais usual de propaganda? Concursos públicos, ajustes directos e concessões. Actividade legislativa avulsa, concentrada em alguns escritórios de advocacia de negócios, cujos mentores nem sabem bem o que é isso de corrupção.

Como  ganham poder? Alargando a base de apoio, agora estendida às pequenas autarquias através dos "ajustes directos" para conhecidos, amigos e coniventes.

Qual a oposição a esse partido de poder? Quase nenhuma, limitada a umas tantas vozes isoladas e por vezes desacreditadas como alarmistas e irrealistas. Afinal "Portugal não é um país de corruptos" apesar daqueles que conhecem o tal partido afirmarem que sim e é geral...
Quem tem o dever de lhe fazer oposição, não a faz como deve. Nunca se viu uma busca judiciária a um partido político nos sítios onde verdadeiramente decidem e reúnem: na casa dos seus dirigentes. No dia em que tal acontecer, cai o Carmo, a Trindade e a Torre dos Clérigos, nos media nacionais. 

No passado dia 24 de Fevereiro uma "professora" não sei de quê, porque a entrevistadora não diz, disse isto ao Público:


Questuber! Mais um escândalo!