sábado, fevereiro 24, 2018

Sai mais um doutor contra o fassismo

As duas revistas de História que temos- Visão História e História Jornal de Notícias- publicaram os seus números de Fevereiro.

A do JN traz uma entrevista a Jaime Nogueira Pinto que reafirma a inexistência de uma direita ideologicamente assumida em Portugal e recenseia  pelas teclas do seu director, Pedro Olavo Simões, um livrito de um "investigador" da Universidade do Minho, Vítor de Sousa. O livrito será uma dissertação de doutoramento e pretende provar que o termo "Portugalidade" só surgiu em Portugal depois dos anos 50 do séc. XX e que o mesmo atrapalha a "Lusofonia".  Lendo o recenseador  parece que o termo "Portugalidade" é algo que espanta muito o autor, motivando-o à "investigação" contra o fassismo, por ter aparecido apenas nessa época e nunca antes navegado...


Lendo a Visão História parece que a resposta a tal descoberta do "investigador" da U.Minho é fácil de entender e será motivo de alguma perplexidade entender como é que este livrito foi premiado como a melhor tese em Ciências Sociais na América Latina e em Portugal, em 2016. Será que o professor Boaventura esteve no júri?


Há uns meses surgiu um livro- Contra o Vento, de Valentim Alexandre- que também explicava claramente o fenómeno: só  nos anos 50 é que apareceu oposição a sério, internacional, à nossa posição no mundo, com as nossas possessões no Ultramar. E só nos anos 50 se mudou a designação de "colónias" no léxico corrente para designar o que então se passou a considerar como "províncias ultramarinas" integrantes de Portugal inteiro, uno e indivisível. Portanto, onde a novidade do livrito? Na mistificação?


Questuber! Mais um escândalo!