quinta-feira, fevereiro 15, 2018

Continua o desvario ultra-legalista na PGR...

Observador:

A Procuradoria-Geral da República (PGR) admite reabrir os processos contra o ex-vice-presidente angolano Manuel Vicente que o Procurador Orlando Figueira, em julgamento no âmbito da Operação Fizz, mandou arquivar em 2011. Essa possibilidade foi confirmada ao jornal Eco pela própria entidade liderada por Joana Marques Vidal, que mantém essa hipótese em aberto e condicionada ao desfecho do julgamento que está a decorrer.

Em causa estão três processos. Um deles é uma investigação à Fund Box, que detinha o empreendimento Estoril Sol Residence, e ao Banco Invest, onde o dinheiro de apartamentos que terão sido vendidos a Manuel Vicente e Álvaro Sobrinho, então presidente do BESA, era depositado. Alguns desses pagamentos seriam feitos por empresas sem ligação óbvia com os beneficiários e onde surge a Portmill, empresa ligada a Manuel Vicente. Em causa estavam os crimes de associação criminosa e de branqueamento de capitais, suspeitas que começaram a ser investigadas na sequência de uma denúncia da CMVM
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Ainda não perceberam a essência do jogo, mesmo depois de o procurador Vítol Magalhães ter sido explícito: é para arquivar! E disse porquê, o que até  foi antes esclarecido pela própria Cândida de Almeida: quem manda na PGR de Angola é o presidente e os angolanos usam a justiça portuguesa para se injustiçarem entre eles...

 O que quer a PGR? Mostrar que ninguém está acima da lei? Então, força! E envergonhem-se depois do que vier a seguir, tirandos as devidas ilações.
Tiveram uma ocasião soberana para mostrar esse princípio em todo o seu esplendor e não o fizeram: investigar Pinto Monteiro.
Porque não o fizeram?  É que nesse caso, havia hipótese de investigação e o crime putativo ainda nem prescreveu...

Mas quem é que na PGR tem estas ideias? Quem?!