domingo, fevereiro 04, 2018

As viúvas estão de volta

Público de hoje, Vicente Jorge Silva que dirigiu o diário no tempo das vacas gordas e nunca descobriu no seio da redacção um vislumbre de jornalismo de investigação que se lesse. Estive a folhear o caderno comemorativo dos dez anos de jornal, publicado em 2000, período em que o Vicente lá esteve e nem uma única capa se demarca do conformismo noticioso sobre "a política" , geralmente a enxúndia do costume nacional e a "cultura", normalmente a artsy-artsy que originou as aberrações que por lá persistem.
Num tempo em que a corrupção, particularmente a que envolveu gente grada do partido do dito, cimentando um pathos que ainda subsiste na sociedade portuguesa, o Público de VJS pairou nas nuvens da inutilidade informativa, nesse aspecto.

É este VJS, simpatizante descarado de um PS, corrupto no tempo de Sócrates e Cª e muito antes disso que escreve este lamento, na última página que o jornal lhe dá ( vende) ao Domingo. Normalmente não leio as inanidades deste komentador inútil, mas desta vez merecem atenção pela hipocrisia. É contra a violação de segredo de justiça, nestes casos, mas ao mesmo tempo congratula-se por se saber que ninguém está acima da lei...:




Outro que escreve habitualmente particularidades pró-PS é o membro do CSMP, o advogado Magalhães e Silva, dos poucos conselheiros desse órgão de disciplina do MºPº que diz o que lhe apetece na tv, sempre que lhe apetece, sobre processos pendentes, findos ou por encetar. Tem as costas quentes, evidentemente ( o que denota a prevalência do poder político-partidário sobre a magistratura, mostrando a ausência de autonomia real desta última)  e por isso escreve coisas destas, sem qualquer pudor e que replica depois nas tv´s:



Repare-se o que argumenta o hipócrita: estes casos deveriam todos ser secretos até à acusação. Ninguém deveria saber, antes disso, que Sócrates fora preso e assim ficara longos meses e muito menos porquê...e o mesmo defende agora, no caso do juiz Rangel.
Tudo o que fuja desta padrão estulto é "perp-walk". "O segredo de justiça servido em folhetim mata um julgamento justo", escreve o advogado partidário pró-PS. Apetecia-me dizer aqui uma injúria mas o decoro demove-me.

Por último, o decano da ignorância e má-fé nos jornais, cronista do Expresso, defensor permanente do establishment sob a capa da independência falsa. O MºPº é inimigo jurado destes tartufos, tal como Eduardo Cintra Torres explica na crónica no CM de hoje:


Alguém já lhe perguntou se recuperou e como, o dinheiro que investiu nas obrigações do BES, na altura liderado pelo seu compadre?

Questuber! Mais um escândalo!