Público de hoje, Vicente Jorge Silva que dirigiu o diário no tempo das vacas gordas e nunca descobriu no seio da redacção um vislumbre de jornalismo de investigação que se lesse. Estive a folhear o caderno comemorativo dos dez anos de jornal, publicado em 2000, período em que o Vicente lá esteve e nem uma única capa se demarca do conformismo noticioso sobre "a política" , geralmente a enxúndia do costume nacional e a "cultura", normalmente a artsy-artsy que originou as aberrações que por lá persistem.
Num tempo em que a corrupção, particularmente a que envolveu gente grada do partido do dito, cimentando um pathos que ainda subsiste na sociedade portuguesa, o Público de VJS pairou nas nuvens da inutilidade informativa, nesse aspecto.
É este VJS, simpatizante descarado de um PS, corrupto no tempo de Sócrates e Cª e muito antes disso que escreve este lamento, na última página que o jornal lhe dá ( vende) ao Domingo. Normalmente não leio as inanidades deste komentador inútil, mas desta vez merecem atenção pela hipocrisia. É contra a violação de segredo de justiça, nestes casos, mas ao mesmo tempo congratula-se por se saber que ninguém está acima da lei...:
Outro que escreve habitualmente particularidades pró-PS é o membro do CSMP, o advogado Magalhães e Silva, dos poucos conselheiros desse órgão de disciplina do MºPº que diz o que lhe apetece na tv, sempre que lhe apetece, sobre processos pendentes, findos ou por encetar. Tem as costas quentes, evidentemente ( o que denota a prevalência do poder político-partidário sobre a magistratura, mostrando a ausência de autonomia real desta última) e por isso escreve coisas destas, sem qualquer pudor e que replica depois nas tv´s:
Repare-se o que argumenta o hipócrita: estes casos deveriam todos ser secretos até à acusação. Ninguém deveria saber, antes disso, que Sócrates fora preso e assim ficara longos meses e muito menos porquê...e o mesmo defende agora, no caso do juiz Rangel.
Tudo o que fuja desta padrão estulto é "perp-walk". "O segredo de justiça servido em folhetim mata um julgamento justo", escreve o advogado partidário pró-PS. Apetecia-me dizer aqui uma injúria mas o decoro demove-me.
Por último, o decano da ignorância e má-fé nos jornais, cronista do Expresso, defensor permanente do establishment sob a capa da independência falsa. O MºPº é inimigo jurado destes tartufos, tal como Eduardo Cintra Torres explica na crónica no CM de hoje:
Alguém já lhe perguntou se recuperou e como, o dinheiro que investiu nas obrigações do BES, na altura liderado pelo seu compadre?
5 comentários:
"o decano da ignorância e má-fé nos jornais" Hehehe. Mais uma grande verdade. Eu gostava de ver esse indivíduo desaparecer de vez de trás dos microfones que insistem em lhe colocar à frente. Porque é um ser nocivo e começo a considerar que sempre o foi.
avião cheio de parolos
o jornalista foi o único que se enganou na porta
não conseguem branquear a dívida
tarequices
O V.J.S. é um parvalhão de marca. Quando há anos o via - e raramente o fazia porque não aguentava o seu palavreado sem nexo, nem a indecisão lexical, além do seu gaguejar a cada meia frase - mais parecia não saber o que havia de dizer, rebolando os olhos como que perdido à procura do fio do discurso.
Na verdade ele não acrescentava nada de jeito aos debates em que participava, pelo contrário só os atrapalhava. E imagine-se quão insólito foi o facto de esta personagem estranhíssima ter chegado a director do Expresso e depois de outro jornal qualquer!! Que grande cunha terá este palerma obtido para ter ascendido a tão importantes quão opíparos cargos e logo em dois jornais... e não só.
Porque mais tarde ele andou a entreter-se a fazer filmes sem qualquer préstimo por conta do Estado e os contribuintes a subsidiar, claro.
Pois é, não há nada como pertencer ao sistema, está-se sempre safo. E dizem os energúmenos deste sistema que no 'antigamente' obtinham-se todos os empregos só à base de cunhas. Pulhas!
O Sousa Tavares é de um snobismo que irrita o mais indiferente. É presunçoso e muito antipático. Ele tem que detestar o jornalismo de investigação por um único motivo: este, ao limitar-se a fazer o trabalho para que está vocacionado, que é "investigar" crimes económicos e políticos, independentemente de quem quer que seja, calhou incidir as ditas investigações sobre os meandros obscuros, políticos e económicos, em que se moviam pessoas de sua família próxima detentoras de importantes cargos na sociedade.
Como se sabe, há neste país umas tantas famílias da sociedade cujos elementos estão interligados por laços de família. São todos primos entre si: os Sousa Tavares são primos dos Avilez, estes (ou estas) são primas dos/das Mello Bryner, a filha do Miguel S. Tavares é casada com um filho do Ricardo Salgado, alguns Espírito Santo Salgado estão ligados por casamento aos Champalimaud e alguns destes e dos Salgados, também por casamento, aos Lima Mayer, etc. E as ligações inter-famílias muito conhecidas não acabam aqui.
Por tudo isto só é compreensível, mas não admissível, a alergia que Sousa Tavares dispensa a este género de jornalismo. Pois há membros destas famílias às quais ele está ligado por laços familiares, que estão a ser investigados por crimes gravíssimos cometidos.
Perante estes factos concretos e indesmentíveis, ele só tem de aguentar e calar em vez de andar a ofender o jornalismo de investigação, já que sem este os portugueses nada saberiam sobre algo a que têm um direito inalienável como povo eleitor - ou, se quisermos parafrasear os 'grandes democratas' e grandes mentirosos "o povo é quem mais ordena" - conhecer os múltiplos crimes cometidos por inúmeros membros da classe política e da classe económica, esta umbilicalmente ligada àquela.
Aquilo no último Expresso da meia noite era só vinho?
Vinho pelo menos, seria. Depois do jantar...
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