domingo, setembro 09, 2012

A investigação aos fautores e feitores do descalabro nacional

Económico:
O membro do Banco Central da Islândia Gylfi Zoega diz que Portugal deve investigar quem está na origem do elevado endividamento do Estado e dos bancos.

"Temos de ir aos incentivos. Quem ganhou com isto? No meu País eu sei quem puxou os cordelinhos, porque o fizeram e o que fizeram, e Portugal precisa de fazer o mesmo. De analisar porque alguém teve esse incentivo, no Governo e nos bancos, para pedirem tanto emprestado e como se pode solucionar esse problema no futuro", diz o responsável.

A participar nas conferências do Estoril, o economista, que também participou no documentário premiado com um Óscar "Inside Job -- A verdade sobre a crise", disse em entrevista à Agência Lusa que Portugal beneficiou muito de estar no euro nesta altura, porque para além do apoio dos seus parceiros da união monetária, terá de resolver os seus problemas estruturais ao invés de recorrer, como muitas vezes no passado, à desvalorização da moeda.


Em Portugal a investigação está muito facilitada: sabe-se quem foi o principal fautor: o inenarrável José Sócrates. E e o feitor também: o inevitável Ricardo Salgado.  Porque esperam? Pelos capatazes tipo Pinho dos tamancos ou o soturno Teixeira dos Santos?

Ontem, no i, João César das Neves fazia esta radiografia do descalabro que poucos se importam em analisar e em consequência, responsabilizar concretamente os fautores:


Os bancos têm um papel fundamental no financiamento da economia. Como vê a sua actuação nos últimos tempos?
É preciso dizer que a crise financeira foi uma bolha, uma euforia, em que de alguma maneira todos tivemos culpa. Mas Portugal não esteve na crise internacional, nas subprime, ao contrário de Espanha. Houve países do Paquistão à Suíça e à Polónia que tiveram falências porque tinham lá lixo das hipotecas norte-americanas. Nós não.
Então o que é que nos aconteceu?
O que nos aconteceu foi uma coisa que é preocupante e que ainda não está a ser percebida. Tivemos um fenómeno extraordinário, um problema do Estado. Os mercados internacionais fecharam-se à dívida portuguesa no princípio de 2010, mas até meados de 2011 o governo português fingiu que tinha crédito e impingiu dívida pública à brutalidade para os nossos bancos, que foram obrigados a comprá-la em quantidades industriais, o que agora está a criar problemas enormes; dívida pública e dívida de empresas públicas.
Isso levanta várias questões…
Isto levanta enormes problemas, como a influência política na banca ou a independência financeira das nossas instituições. Voltámos ao tempo da banca nacionalizada…
A banca demorou a dizer chega. Porquê?
Demorou. Certamente que a banca não queria aquele lixo. Qual foi a possibilidade que o engenheiro Sócrates teve de, no fundo, ter a banca no bolso? Não sei, é uma história de influência política... A história do BCP, por exemplo, que foi completamente capturado pelo Estado através de um assalto aberto, dá algumas pistas para perceber isso. Há a Caixa Geral de Depósitos que é pública, outros bancos que estão perto disso, mas esta é uma história que ainda está por contar: porque é que a banca, que claramente não tinha interesse, foi obrigada a comprar dívida.
E a actuação do Banco de Portugal?
Bem, o Banco de Portugal não podia fazer nada, isto não é uma questão de regulamentação bancária. Podia ter feito outras coisas.

3 comentários:

Floribundus disse...

ao que se diz, terá havido

assaltos:
à comunicação socialista
aos bancos: cgd, bcp

assaltantes:
bes, 'lobi' das obras públicas, sucateiros, ppp (porra para Portugal), 'óteletes', e muito mais

nacionalizava tudo e vendia em hasta pública
mas deu o 'mal murcho' nos tomates

Floribundus disse...

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/f/f4/The_Scream.jpg

lusitânea disse...

Não houve nem traição, nem ladroagem não senhor.Perderam as eleições e zás.Um milagre redentor que coloca os mesmos de sempre como meninos de coro à espera de mais pote...
Entretanto os boys PS continuam nos seus lugares já acompanhados dos do PSD.E pagos a peso de ouro porque como se sabe sem eles isto andava pelas ruas da amargura...na falência e na miséria!!!São profissionais do melhor que existe no mundo!!
claro que o zé povinho tem que ficar mais escurinho...

A obscenidade do jornalismo televisivo