quarta-feira, junho 26, 2013

A "reacção" ao ensino unificado dos comunistas

A "reacção" ao ensino unificado" instituído por Rui Grácio enquanto Secretário de Estado da Orientação Pedagógica de vários governos provisórios apareceu logo em 1976,  no primeiro governo constitucional.
"O que não se sabe, não se pode ensinar- e isto é um ponto de partida para  toda a política educativa", dizia o então secretário de Estado da nova orientação pedagógica, Romero Magalhães, ao O Jornal de 1 de Outubro de 1976.
A ideia básica do ensino unificado era contestada porque "insensatamente, em minha opinião -afirma-, foi lançada a unificação do ensino técnico e do liceal com cujos princípios todos concordaremos, no plano das ideias, mas já não tanto no dos meios. Não se tomou em consideração o valor do tempo de experiência, ou seja, lançaram-se não só um novo sistema curricular como novos programas sem prévia experimentação."
Ainda assim, Romero Magalhães não teve força suficiente nem tempo para estancar a sangria provocada porque só esteve nos governos de Mário Soares de 76 a 78.

E ficou tudo como dantes...



2 comentários:

Floribundus disse...

ao lado do boxexas promoveu a politica anti-fascista de consumo de 'jaquinzinhos fritos'

JReis disse...

José, como já lhe disse nasci em 1970. Portanto,entrei para a escola primária justamente no período quente que retrata aqui. Tenho uma ténue mas ingénua memória do vale tudo em que se vivia não só no caso da escola mas na generalidade da sociedade. Quem fosse chico esperto tinha emprego garantido no estado pois o mérito para nada contava, veja-se o caso do magistério que retrata, era uma perfeita escandaleira em que os chicos espertos se governaram e ainda hoje alguns se governam já princepescamente reformados. Mas o que me choca mais é constatar que já naquele tempo Romero Magalhães alertava para a necessidade da interdisciplinaridade e complementaridade entre ensino e a sociedade, o exemplo das crianças nas regiões rurais e a visão burguesa e Lisboeta,enfim tudo foi ignorado e agora o resultado está à vista, ou seja,desertificação do interior, muitos licenciados mas que com o canudo na mão nada sabem fazer na prática. Pergunto,por exemplo, um licenciado em design de comunicação serve para quê ?? Quantos empregos estão disponiveis de raíz para um licenciado nessa área ?? Empregos aos magotes...!!!
Concluindo, agora como no passado deveremos limpar o ensino de excrescências ideológicas sob pena de agora como no passado conduzirmos os jovens a situações complicadas no futuro. Não sei se ainda haverá vontade na sociedade Portuguesa para alterar esta rota de descalabro em que estamos a mergulhar os jovens que acabam o seu ensino. A ver vamos.

A obscenidade do jornalismo televisivo