Esta imagem da revista do DN de ontem mostra uma série de advogados das principais firmas portuguesas em actividade lúdica, a enrolar música rock e a ensaiar um espectáculo de "solidariedade", a realizar no restaurante Kais, em Lisboa.
Os juristas tocadores de rock vêm de várias firmas que o jornal escreve serem das 11 maiores de Portugal e contam angariar verba superior aos 75 mil euros do ano passado, destinados a algumas instituições.
Pela amostra, Linklaters LLP ( firma internacional, global, centenas de advogados); PLMJ ( cerca de 200 advogados); Miranda Law Firm ( dezenas e dezenas de advogados); Morais Leitão, Galvão Telles ( dezenas e dezenas de advogados); Uria Proença de Carvalho ( dezenas de advogados); Vieira de Almeida e associados ( dezenas de advogados); Rebelo de Sousa e Associados ( dezenas de advogados)Cuatrecasas Gonçalves Pereira ( dezenas de advogados) Garrigues ( dezenas de advogados) mais a Rui Pena e Associados ( dezenas de advogados), entre outros, daria, só por si e se fizessem uma "quête", entre sócios, amigos e família, para conseguirem os 100 mil euros à vontadinha dos seus fundos bolsos...
Portanto, o exercício da caridadezinha, apesar de tudo, benéfico, fica mais a dever ao diletantismo musical dos seus cultores.
Ver um António Lobo Xavier a dedilhar uma Martin ( das baratas, suponho...) ou um baixista do calibre de um Proença de Carvalho, para além do teclista Pais Antunes ( já será Paes, o filho do dono da pensão perto das monumentais de Coimbra?) é capaz de valer a pena. O que não vale nada é pensar que muito daquele sucesso que rola pode ficar a dever-se à parecerística de encomenda, paga por todos nós...
Ah! Falta o Marinho. A tocar bombo, naturalmente. Ou ferrinhos. Para o caso tanto faz.
7 comentários:
E mais nem precisavam de tocar nos ordenados. Os bónus anuais de dezenas de milhar de euros chegavam e sobravam para atingir a quantia almejada... muitas vezes.
como dizia José Vilhena, caricaturista famoso,
'-os pobres ainda nos ficaram a dever uns milhares de euros'
como diziam na minha terra quando eu era jovem e ela existia
«a água tem 'se me sugas'»
Só uma sugestão: não era melhor nacionalizar uma destas firmas e ser esta a fazer os pareceres "milionários". Éramos capazes de poupar alguma coisa. É só uma ideia de um idiota...
Seria muito melhor pagar ao jurista da Sérvulo que os faz...contratando-o pelo que ganha lá, com um bónus.
Ferreira Pinto, acho que é o nome.
È que não há muitos e o indivíduo não ganha balúrdios, porque as "mais valias" vão todas para o sócio de capital maioritário.
Ainda por cima filho de um juiz.
O Júdice tem que ganhar todos os meses para pagar a 200 advogados e as empresas privadas estão descapitalizadas...
Uma república de advogados.Com garantias às carradas.Menos para "contribuinte" claro...
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