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As autoridades identificaram mais de 135 manifestantes que tentaram cortar o trânsito em direcção à Ponte 25 de Abril, em Lisboa, ao final da tarde desta quinta-feira. Ao que a Renascença confirmou, junto de fonte da PSP, foram detidos para identificação "por obstrução de via rodoviária”.
Na prática, significa que podem vir a ser notificados para comparecer esta sexta-feira de manhã no Tribunal de Pequena Instância de Lisboa.
Os manifestantes, que participaram numa manifestação da CGTP no âmbito da greve geral, saíram das imediações da Assembleia da República em direcção à ponte, fazendo o trajecto pelo Largo do Rato. Seguiram para a entrada da A5, junto ao centro comercial das Amoreiras, e foi nesse ponto que foram travados pela polícia. O acesso à 25 de Abril faz-se a partir deste local.
O trânsito na A5 no acesso à ponte esteve cortado durante alguns minutos antes das 19h00, enquanto a polícia de intervenção tentava impedir o avanço do protesto. Ouviram-se palavras de ordem como "a ponte é nossa" e "fascismo nunca mais". A polícia formou nessa altura um quadrado para cercar os manifestantes e procedeu à sua identificação numa rua lateral.
O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, já veio demarcar a intersindical deste protesto. A greve geral desta quinta-feira foi convocada pela CGTP e a UGT contra as medidas de austeridade do Governo. Esta é a quarta vez desde o 25 de Abril que as duas centrais se juntam em greve geral, que é a segunda que o actual primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, enfrenta.
As tv´s ( TVi 24, no caso) passou há pouco ( 1:00) imagens da manifestação que saiu da manifestação da Intersindical e seguiu para os acessos à ponte 25 de Abil, junto às Amoreiras, gritando claramente que " a ponte é nossa" e outros ditos que fazem lembrar os tempos do PREC que o Arménio lembra com saudade .
A PSP ( polícia de segurança pública) como lhe compete e porque não estamos no PREC embora aqueles assim o pretendam, interveio e deteve para identificação os manifestantes que queriam cortar a via pública, porque se sentiam donos da ponte.
Uma manifestante ouvida pela TVI 24 não tinha dúvidas em considerar a actuação da PSP como anti constitucional. Tal e qual.
A palermice desta gente já atingiu o paroxismo e a lembrar os tempos do PREC de há trinta e oito anos.
Só faltam as brigadas de vigilância popular a mandar parar os carros para vigiar as bagageiras...