sexta-feira, junho 14, 2013

A reacção "fassista" e a linguagem comunista

Entre o 1º de Maio de 1974, data de inauguração oficial do PREC e o 25 de Novembro de 1975, Portugal foi uma "festa" para a Esquerda comunista em geral. Em pouco mais de um ano conseguiram arruinar economicamente o país, não logrando sequer aguentar o ritmo de produção que vinha de trás, apesar das várias "batalhas da produção" que dinamizaram, com a banca toda nacionalizada e os mais importantes sectores produtivos nacionais de igual modo nas mãos do Estado.
Tal como querem hoje em dia, apresentado tais receitas para resolver os problemas nacionais porque  nisso consiste as tais"outras políticas".

Nas semanas e meses que se seguiram a 25 de Abril de 1974, a linguagem corrente sofreu um corte abrupto com o passado recente e apareceram novas palavras que formaram a novilíngua revolucionária que ainda hoje usam exactamente com os mesmos termos e sentido.

Nas semanas que se seguiram ao 25 de Abril já vimos anteriormente, através das declarações públicas do economista esquerdista, contratado pelo MFA para orientar os destinos nacionais da época, Francisco Pereira de Moura, que havia "sabotagem económica" das entidades privadas e da banca. Fuga de capitais, desinvestimento, perda da confiança dos empresários, etc. não assustaram em demasia o novo poder que cada vez era mais "popular" e de rua, tal como hoje pretendem de novo vir a ser, lutando todos os dias por isso com denodado esforço da troika Avoila, Arménio e Jerónimo, agora com o apoio do Nogueira.
Assim, a novilíngua comunista passou a veicular os termos e conceitos nos media e nas declarações televisivas dos próceres.

Em Julho/Agosto de 1974, alguns empresários de vulto do nosso país, muitos deles pertencentes à "meia dúzia" de famílias do capitalismo português que o comunismo e o PCP em particular apodava de monopolista e fascista, abertamente, queriam investir. Investir cá, com dinheiro que tinham, em empresas e projectos de vulto para desenvolver o país. Coisa que agora nem temos.
O projecto intitulado MDE/S foi apresentado por Morais Leitão que actualmente capitaneia outra das grandes firmas de advocacia do regime, com a vantagem de nunca ter sido "esquerdista" como um Vasco Vieira de Almeida, um Galvão Telles ou uma série deles que andam por aí a acolitar o Estado na parecerística.

O Sempre Fixe, jornal cripto-comunista dirigido por A. Ruella Ramos, fazia-lhe literalmente a folha deste modo, na edição de 31 de Agosto de 1974.




Foi esta a última tentativa de o sistema capitalista português que até então permitia que o país crescesse economicamente em taxas acima da média europeia ( 6, 7 e até mais de 10%) continuar a vigorar em Portugal, depois do 25 de Abril de 1974. A economia portuguesa depois disto que aconteceu em Julho/Agosto de 1974 e em 11 de Março de 1975 nunca mais foi a mesma coisa e os capitalistas que fugiram ( alguns foram presos, sem culpa formada alguma mas apenas porque eram "fassistas") quando regressaram, em finais dos anos oitenta, nunca mais conseguiram fazer o mesmo que faziam porque o sistema pura e simplesmente tinha mudado e quem o mudou foram os comunistas com apoio activo do PS e sem grande resistência de outras forças políticas que aproveitaram logo os lugares disponíveis nas empresas públicas para colocar o pessoal partidário e apaniguado. os últimos 39 anos têm sido exactamente um reflexo do que aconteceu nessa altura e que obliterou por completo a relação de forças sociais em Portugal, com um Estado agigantado e uma iniciativa privada atomizada e sem monopólios que não os naturais.

Portanto, a  intenção daquele grupo do MDE/S era clara, patriótica até e não havia nada na manga a não ser manter o sistema capitalista que tínhamos, com uma intervenção do Estado reguladora e interveniente no que era preciso segundo os valores da época. Obviamente que não era isso que o comunismo e o PCP pretendiam para Portugal e só a ameaça de tal projecto punha seriamente em causa os objectivos que o comunismo e o PCP tinham gizado para o nosso país, antes até do 25 de Abril de 1974 e para tal basta ler o que Cunhal dizia na entrevista de 1972 aqui já mostrada.

Portanto, o MDE/S era um empecilho perigoso e inútil para tal desiderato que cumpriram em 11 de Março de 1975, sem oposição de maior ou até mesmo sem qualquer oposição porque o que Spínola tentou fazer em 28 de Setembro de 1974 e mesmo em 11 de Março de 1975, numa reacção tosca a um golpe comunista, foi inconsequente e trágico.

Para atingir o objectivo de conduzir o "povo" a aceitar pacificamente a matança da economia, o que foi plenamente conseguido, como o próprio Cunhal confirmou depois em vários discursos, também já por aqui transcritos e aparecidos no último número de O Militante, do PCP ( Maio/Junho 2013), a linguagem usada era clara e ao mesmo tempo mistificadora.

Em  finais de Setembro de 1974 perante os desmandos crescentes da "rua" comunista, algumas figuras restantes do que tinha ficado para trás em 25 de Abril de 1974, entre os quais o próprio general Spínola ( e também Galvão de Melo) que talvez arrependido, tentava retomar o caminho do reformismo encetado, mesmo sem quaisquer laivos de retoma do regime anterior, tentaram apelar a uma maioria silenciosa que julgavam permanecer no país, à espera que alguém a chamasse. Enganaram-se bem porque essa tal maioria já não existia enquanto força activa uma vez que a Esquerda logrou espalhar o vírus do esquerdismo mais chão a toda uma camada da população despolitizada e que acreditava muitas vezes no que lhe diziam ( menos nos comunistas que tiveram pouco mais de 10% nas eleições de 25 de Abril de 1975) colocando muitos ovos no cesto socialista que lhe parecia oferecer garantias de democraticidade autêntica e ao mesmo tempo progressismo a pataco. Tem sido este, aliás, o mote de sempre do PS: progressismo vendido a pataco, na campanha eleitoral e realismo traiçoeiro na governação, depois dos votos no papo. Não vai ser diferente desta vez e a prova é que Seguro até aceitou ir a Bilderberg...copiando o que Hollande anda a fazer em França.

Mas a linguagem mediática, essa, era de pólvora e escopeta e não era mera retórica, como agora as palermices do Arménio.

Depois da tentativa de retoma frustrada de uma putativa  "maioria silenciosa" , os jornais afectos ao PCP e esquerda em geral não se fizeram rogar na novilíngua e foi então que Cunhal, pela primeira vez ( e única) proclamou publicamente algo que revela toda a intencionalidade da violência e repressão comunistas, uma vez no poder e tal como aconteceu em todos, mas mesmo todos os países que caíram sob o jugo comunista sem qualquer excepção:

Assim, na página 10 do Sempre Fixe de 30 de Setembro, a ideia era simples: o PCP a falar em "democracia" que "a reacção" ( leia-se a tal maioria silenciosa que era nada e Spínola que deixar de ser e ainda outro militar da Junta de Salvação Nacional que tomou o poder em 25 de Abril de 1974, Galvão de Melo que era apresentado como um perigoso fascista ao serviço sabe-se lá de quem...) e o PS a falar em "crime" dos "inimigos da democracia" ( Spínola que ainda dois meses antes era um herói nacional pelo que fez em prol do 25 de Abril foi transformado em marionete dos "inimigos da democracia" e mais que isso: terrorista contra a democracia, a soldo de alguém com "vasto apoio financeiro" ( provavelmente os do MDE/S).  O PS acaba em tandem com o PCP: " a vigilância popular será bastante para barrar o caminho à reacção"...isto foi o PS que disse...em comunicado, ao mesmo tempo que pensava em meter o socialismo na gaveta como sucedeu dali a meses. 



 Na página 11, logo a seguir, o menu principal: "partir os dentes à reacção" evidentemente era um eufemismo. De algo que poderia ser comparado ao que Salazar dissera uns anos antes: que era melhor dar meia dúzia de safanões a tempo para prevenir coisas destas. No entanto, na comparação, Cunhal sai a ganhar e com pontos de avanço tendo em atenção o que então sucedia na RDA, na URSS, na Roménia, na Checoslováquia, em Cuba, etc etc, tudo países em que a repressão política e os métodos da polícia política deixavam a milhas de distância a violência suave da PIDE...



E não se diga que era só o cripto-comunista Sempre Fixe a proclamar o medo do regresso do fascismo e outras atoardas. O Diário de Lisboa desse dia, fazia manchete com o mesmo tipo de linguagem:

E o oficioso Diário de Notícias também:

Por causa desta deriva comunista com os compagnons de route do PS à ilharga do PCP, as coisas aqueceram até ao Verão quente de 1975, altura em que finalmente o PS e Mário Soares em concreto perceberam mesmo a sério o que o PCP queria mesmo realmente: o comunismo socialista sem tirar nem pôr, aqui em Portugal, em 1975, a seguir ao 25 de Abril de 1975 que acabou com o regime autoritário anterior.

Nessa altura, aquid´el rei que os comunistas não prezam a liberdade, querem ficar com o nosso República e até querem acabar com a unidade sindical em nome de uma central única que é a deles ( a CGTP já tinha nesse tempo a tendência hegemónica de representar todos os trabalhadores e classe operária; a UGT, essa, era mais burguesa... e por isso era preciso acabar com a burguesia: Hoje, o Silva que dirige a central, é empregado do Salgado do BES que lhe paga o salário todos os meses).

Em Junho, Cunhal tinha dito à jornalista Oriana Falacci que Portugal nunca teria uma democracia parlamentar tipo europeu. Cunhal acreditava mesmo na hipótese...e por isso os jornalistas estrangeiros interessaram-se por este pequeno país em deriva para o comunismo puro e duro do bloco de Leste ( o esquerdismo infantil das UDP, MRPP, PCP ml, PRP, etc etc, seria esmagado como o foi em todos os países comunistas).

Em 5 de Julho de 1975 o Expresso dava conta de um encontro no hotel Altis, em Lisboa, entre Cunhal e Soares para gravar declarações conjuntas para uma emissão de tv francesa da ORTF.
Escreve o jornal sobre "Mário Soares empenhado em mostrar que é socialista, Cunhal insistindo exaustivamente nas "amplas liberdades democráticas, sem, no entanto, as definir". Tal como agora, com a "democracia avançada...e outras expressões castiças do nacional-comunismo. 

E, claro, lá veio à baila o caso República e as tais declarações prestadas um mês antes, à jornalista italiana, já falecida e por aqui já comentada.


De tudo isto o que mais impressiona passados estes anos é como a História se repete com estes mesmos protagonistas e com um discurso um tudo nada diferenciado porque apesar de tudo os tempos são outros. Porém, os objectivos são sempre os mesmos: desestabilizar a democracia burguesa que temos, em prol de outra coisa que agora já não poderá ser a democracia popular comunista de então, dos anos setenta, mas anda lá perto porque as mesmas causas, nas mesmas circunstâncias tendem a produzir os mesmos efeitos.

E as causas agora são as mesmas: desinformação, ignorância do povo em geral, mentira descarada como propaganda habitual, domínio dos media em geral e da linguagem em particular.
Os efeitos tenderão a ser os mesmos igualmente, porque as circunstâncias apesar de diferentes apresentam uma semelhança: economicamente estamos de rastos, muito por causa do que os mesmos fizeram em 1974-75.

Há um efeito, porém, que também se verificou na época: as pessoas não são tão estúpidas quanto parecem e o PCP as toma como tal. Embora actualmente pareçam um pouco mais estúpidas do que antes, porque tiveram o tempo todo para saber quem é e o que quer o PCP: destruir a economia, empobrecer Portugal para reinar politicamente. Só isto e claramente.

31 comentários:

Vivendi disse...

"progressismo vendido a pataco"...

Resumiu espetacularmente esta democracia.

Parabéns José e bom fim-de-semana.

Vivendi disse...

Inchar o Estado
Em 1973, Portugal tinha 150.000 funcionários públicos. Então, de Valença do Minho a Dilí, essa centena e meia de milhar cobria necessidades de 25 milhões de portugueses espalhados por 2 milhões de km2. Veio a revolução e importava inchar o Estado com toda a casta de clientelas, filiados, familiares, comanditas. Em vinte anos, o funcionalismo do Estado quintuplicou. Havia - e ainda continua a haver - gente que pensava ser absolutamente normal que metade da população de dezenas de concelhos se tornasse funcionária do Estado.

http://combustoes.blogspot.com/2013/06/a-verdade-sobre-os-professores.html

José Lima disse...

A novilíngua em linguagem pimbo-fadista. Para rir um pouco do estado de loucura colectiva a que o país pôde chegar - http://www.dailymotion.com/video/xd29kn_artur-goncalves-ser-fascista_music

Floribundus disse...

o Kerenski boxexas borro-se todo e tiveram que o banhar na fonte luminosa

os fósseis sociais-fascistas lembram-me uma composição de Eça sobre o Duque de Ávila e Bolama, o economias:
-como vai o capitalismo?
-greve geral
-quem tem a dizer sobre o PR
-greve geral
-e sobre o PM
-greve geral
-gosta mais do papá ou da mamã?
-greve geral

Merridale and Ward disse...

Publiquei:

http://historiamaximus.blogspot.pt/2013/06/a-reaccao-fassista-e-linguagem-comunista.html

Miguel Dias disse...

Toda uma linguagem bélica:
"ofensiva das forças contra-revolucionárias"
"esmagar"
"luta"
"inimigos de classe"
"campanha" "manobras"....

Toda uma visão do Mundo, da sociedade e do Homem baseada bons e maus, portanto maniqueísta. Falta aos estalinistas o espírito de tolerância que John Locke considerava essencial para construir uma sã convivência entre os humanos. Não existe respeito pelo Outro, apenas se consegue ver os humanos como portadores de interesses materiais e unicamente como membros de uma classe social, não existem anseios alheios à satisfação dos objectivos fisiológicos nem alheios à necessidade de sobrevivência. Foi por se conseguir libertar - num sentido espíritual - dessa mera sobrevivência que a humanidade evoluiu, "nem só de pão vive o Homem", algo que escapa por inteiro ao materialismo histórico em que se baseia o comunismo.

zazie disse...

Que post espantoso!

Parabéns, José. Nem há palavras. Essa memória, essa cabeça arrumada e estas fontes, são também uma nota preocupante deste balanço- mais ninguém faz isto no país inteiro.

Ninguém. Nem jornalistas, nem supostos intelectuais, nem comentadores. Nada. Anda tudo a apanhar bonés.

Ou, como diria no fim:

« Embora actualmente pareçam um pouco mais estúpidas do que antes, porque tiveram o tempo todo para saber quem é e o que quer o PCP: destruir a economia, empobrecer Portugal para reinar politicamente. Só isto e claramente.»

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
zazie disse...

O que tu és, é parvo. Aprende a escrever primeiro.

lusitânea disse...

Hoje a rapaziada internacionalista é formada em muitas universidades,escolas superiores e associações mais ou menos secretas.O que dá para encher os meios de propaganda internacionalista do agora Homem Novo e mulato depois da entrega de tudo o que tinha preto e não era nosso defendendo precisamente o contrário daquilo que fizeram e estava na sua doutrina soprada de Moscovo.Continuamos a ter um império agora só ca dentro e ainda lá fora mas só na parte da despesa...
Na época descrita(74 a Nov75) quem consultar todos os jornais verificará a quase ausência de noticias do tal império lá de fora.Infelizmente não foram só os comunistas a trabalhar na sombra para o entregar.Daí o Spínola não ter conseguido fazer alterar o rumo antes de tudo estar "independente".Passados estes anos todos temos cá a parte do império que não dava lucro e viria tudo se os deixassem.Mas virão com calma...embora lá em casa deles sejam muito pouco reconhecidos e não tenham reciprocidades nenhumas.Somos a maior casa pia do mundo e sem direitos...principalmente dos adquiridos agora que nos levaram à falência por muitos decénios e provavelmente a uma nova ditadura dentro em breve.Sim porque quem mexe nas classes médias lixa-se...

lusitânea disse...

Número de mortos na Síria já ultrapassou os 93 mil

Os internacionalistas andam a semear agora uma coisa destas.Quando irão colher?

Kaiser Soze disse...

Esta semana tropecei num programa da TVI 24 onde participa o Rosas (acho que se chama Prova dos 9) e, por sorte (?) apanhei-o a usar o termo "fura greves" para descrever os que não pretenderão participar.

Felizmente, o pequeno Napoleão que também lá aparece ainda foi a tempo de dizer qualquer coisa como "isso é uma terminologia quase totalitária", suponho que utilizou o "quase" para salvar o politicamente correcto.

O José fala da linguagem pós-74 mas a coisa parece-me muito pior e muito mais antiga.

Kaiser Soze disse...

E apesar de não embarcar na fantasia dos campos sempre floridos que terá sido o período do Estado Novo, uma coisa parece-me evidente: Se Cunhais e afins tinham tomado as rédeas a coisa seria infinitamente pior!

Felizmente, não tomaram.
Um gajo neste triângulo à beira mar plantado pode ser distraído mas ainda não é parvo.

zazie disse...

Já nem sei se é felizmente, se infelizmente.

Porque, se tivessem tomado, tinha-se ficado vacinado e o PCP estava morto e enterrado como está na Rússia.

Assim estão viçosos e a julgarem que vivem um filme neo-realista, prontos para espatifarem de vez Portugal.

E estão aí, de trela solta, apoiados por gente nova, que até gosta de dizer mal do estalinismo mas vai a toque de caixa para as greves.

Kaiser Soze disse...

A experiência comunista da URSS ainda não morreu, é a génese do poder político Russo.
Não sei quando nem se a Rússia alguma fez será democrática a que acresce a desvantagem de nunca na sua história o ter sido.

Desejar que o Cunhal tivesse tomado o poder só para "make a point" é manifestamente excessivo.

zazie disse...

Não sei o que virá a ser mais excessivo.

As pessoas pensam no curot prazo mas também com a queda do Muro de Berlim pensou-se que muita coisa estava morta e enterrada e afinal não está.

Uma coisa são ideologias à solta, outra são partidos com grande nº de votos e a controlarem os sindicatos.

Se escardalhada tomar o Poder e não houver mais marados como na altura havia o MRPP, isto vai para a bancarrota e não se vai levantar.

O PCP e o BE estão aí para destruir tudo e os xuxas precisam deles para o pote.

Não há outra alternativa que venda voto dizendo-se de esquerda.

Mais nenhuma. Portanto, não sei quem está a ver elhor o filme.

O José mostra o passado e, na altura, também não se via o filme. Era a "democracia" e os "excessos naturais da nova democracia".

zazie disse...

A Rússia pode ter pendor totalitário mas é capitalista e não em lá nenhum PCP como o nosso.

Foi isto que eu disse. É isto que é preciso ver.

Encontrem algum país no mundo civilizado que tenha comunistas a dominarem sindicatos e política como por cá.

zazie disse...

A Rússia é rica. Nós somos pobres.

O Comunismo vive da miséria e alimenta-se dela.


Precisam de tornar isto ainda mais miserável para venderem a utopia e voltarem a dizer que a culpa veio de trás- da "reacção".

Agora chamam-lhe outro nome- é o "neoliberalismo".

Kaiser Soze disse...

A Rússia pode ter pendor totalitário mas é capitalista e não tem o PCP.
Pois, desde que não tenha "comunista" no nome, tudo é muito mais tranquilo. Não tendo PCP nem outro é na boa... é uma "democracia musculada" (novilingua on) que, ao que parece, apenas é mais corrupta que o saudoso Estado Novo (sendo evidente que enferma de outras diferenças).
Quanto à Rússia ser rica... a Rússia pode ser, os russos não (mas que interessa, se não tem Comunismo escrito em lado nenhum?!)

Kaiser Soze disse...

...e os comunistas dominarem a política por cá... é ver os votos que recebem e os lugares que têm no Parlamento.

O monstro vermelho!!

zazie disse...

Pois está bem.

Em destruindo e nacionalizando novamente, eu nem quero ver.
Nem quero.
A única coisa que sei é que a escardalhada é besta.

É estúpida. Só por estupidez se minimiza comunas com este poder, num momento destes.

Querem a Grécia. Só pode.

Aliás, o primeiro teste da "intelectualidade" que se diz não besta e não estalinista vai ser esta greve de profs.

Porque só gente completamente umbiguista e estúpida pode andar a toque de caixa da FENPROF.

Se já estavam mal vistos e até por más razões (porque tiveram razão, aquando daquele modelo de avaliação da maluca da festa escolar), agora vão sair em cacos, se fizerem greve aos exames.

zazie disse...

E o que eu vejo é gente que devia ter juízo a bater palmas à FENPROF e alinharem na imbecilidade.

E já nem falo nos outros- nos que também andam para aí em greves a toque de caixa dos mesmos comunistas.

Uns mascaram-se de profs sem darem aulas há décadas e negoceiam em nome deles (uma autêntica vergonha, que só uma classe profissional estúpida admite); outros mascaram-se de operários sendo deputados há décadas e fazem a mesma farsa com o mesmíssimo fim.

zazie disse...

Na volta, até era bom que fizessem agora toda a merda, antes das eleições

eheheheh

A sério. A sensatez da pultranice tuga só acontece quando sentem no pêlo.

É sempre preciso haver idiotas úteis a levarem mais longe a merda para acordarem.

zazie disse...

poltranice.

É isso- não sei se estão mais estúpidos. Sei que estão mais politizados e mais poltrões.

lusitânea disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
lusitânea disse...

As votações dos esquerdistas acabam por ser pouco significativas?Mas são contrabalançadas pela quantidade enorme de "idiotas úteis" que fazem o seu papel.Na Rússia chegaram ao poder com votos?Minorias organizadas e disciplinadas transformadas em radicais fazem milagres.Só 5 liquidaram os desenterrados em Katyn.E eram quase 30000...a elite de toda uma nação.Vão lá agora vender comunismo na Polónia ...
Basta ver o afâ com que agora nos colonizam depois de terem entregue tudo o que tinha preto e não era nosso.Isto depois de terem morto um rei por não ter defendido convenientemente o mapa cor-de-rosa...

15 de Junho de 2013 às 14:47

lusitânea disse...

Os indígenas têm que levar o BI/cartão do cidadão para fazerem exame.Mas os que andam a fazer tempo para que se lhes aplique a Lei da nacionalidade não precisam de NADA para que o exame seja feito.É um enriquecimento ou não?Depois dizem que não são traidores não senhor.Só salvadores do planeta...

lusitânea disse...

Distribuiram tanto a tantos e não produzindo NADA...

Manuel Pereira disse...

boa tarde

em relação ao comentado acima e complementando o que diz a zazie, tenho alguns amigos que acham que até era bom o pc ou o BE ou uma mistura dos dois tomarem conta disto para a malta ficar "vacinada"...a esses e a quem mais pensar numa coisa dessas recomendo um livro do Vasco Pulido Valente "O poder e o povo" que retratam quanto a mim de uma forma muito crua e nua os últimos anos da monarquia e o arranque da 1ª república; embora imaginasse que pudesse ter havido alguns excessos nunca pensei que a bandalheira tivesse chegado onde chegou, com uma tentativa práticamente conseguida de instalar um "proto-comunismo". Algumas cenas lá citadas são práticamente surreais, mas o que me impressionou mais é que quando as coisas já estavam mal, esse gente conseguia ainda torná-las sempre pior...pior era sempre possível...

o que me assusta é que tirando a maior violẽncia que existiu na altura, não há muitas diferenças para o dia de hoje; hoje ainda existe dinheiro, e talvez por isso, as coisas ainda não se tenham descontrolado...

zazie disse...

V. leu às avessas.

Eu não disse que era bom agora o PCP tomar o poder.

Disse é que, se calhar, há 39 anos teria sido preferível.

Porque a bandalheira inevitável não foi apenas a de há 39 anos.

É a que ainda está para vir.

muja disse...

Claro que a Rússia tem pendor totalitário! Que raio, aquilo é quase fachista!

Porquê? Porque o Putin já disse que casamento entre pessoas do mesmo sexo é um absurdo e não convém à Rússia. Que os russos não são egoístas e individualistas como os "ocidentais" (leia-se americanos e súbditos europeus). Que as minorias, para estarem na Rússia, têm que comportar-se bem e tirar o cavalinho da chuva da "igualdade" (leia-se do privilégio): a Rússia não precisa de minorias, as minorias é que precisam da Rússia, dizia ele.

Ora, não obstante haverem eleições, que ninguém contestou quando elegeram o pândego Yeltsin, toda a gente sabe que a Rússia não é uma democracia. Porque uma democracia, caros meninos, só existe quando as eleições confirmam o pogressismo. De outra forma, é porque foram viciadas, e o povo continua oprimido.

Como castigo, rever o capítulo "O que é a verdadeira democracia?" e responder ao questionário. E copiar a secção "Há democracia sem pogressismo?" 100 vezes para o caderno.

O Público activista e relapso