terça-feira, junho 25, 2013

As mesas redondas do Expresso em 1974: Rui Machete.

E por falar na antiga ministra da Educação que ocupa um lugar providencial numa fundação luso-americana cujos dirigentes são designados pelos governantes nacionais, onde aufere o rendimento necessário às necessidades imperiosas, vem a talhe de foice um dos autores da designação, o centralizador e sombra do regime, Rui Machete. Advogado, ministro duas vezes, ( uma em 1975-76, no VI governo provisório e outra em 1983-85 no governo que nos trouxe o FMI pela segunda vez), deputado quantas vezes quis e outros cargos de vontade política adequada à sombra de lautos rendimentos, Machete, em 26 de Outubro de 1974 já participava em "mesas redondas" do Expresso, a explicar aos leitores o seu elevado conceito ideológico de democracia que lhe garantiu nos anos vindouros todos aqueles postos de prestígio e relevo, sem ganho para o país porque se me afigura uma das figuras mais sinistras da governação tipo bloco central. E a prova está aqui, nesta participação registada pelo Expresso e que explica a designação daquela inenarrável para uma fundação.

Lendo o que Machete diz da conjuntura política do país, escasssos dias depois de 28 de Setembro de 1974 percebe-se como é que chegamos até aqui onde estamos, com esta gente que sempre fez a ponte com a ideologia de esquerda e lhe acaparou as propostas políticas, sem  problemas de consciência. Na altura, Machete era director do jornal do PPD, Povo Livre e ler o que o mesmo diz, provoca vómitos, pela poltranice ideológica que ressuma:
 "Ou as forças democráticas se conseguem unir na luta contra a reacção"...é uma das frases de nojo que proferiu e que revelam bem como se aguentou na crista da onda política, mesmo na sombra. Sobre a economia real, em 1974, só consegue articular ditos estereotipados sobre " os factores de crise económica anteriores ao 25 de Abril" e ainda consegue explicar, que " do ponto de vista histórico, a direita em Portugal tem recusado sistematicamente o jogo democrático. Disse-se aqui que as eleições poderiam favorecer a reacção, mas a verdade é que a reacção não tem esperado pelas eleições e as jogadas que por ela tem sido feitas têm sido pouco eleitorais, o que é indício que a direita não confia demasiado nas eleições".
Estas frases foram proferidas numa altura em que a "direita" era...o CDS, o que revela bem quem era Machete e como garantiu o futuro que desaguou na fundação e noutros lugares ( agora é "consultor" na PLMJ de Júdice). Que asco.

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4 comentários:

António Barreto disse...

E aqui temos um bom exemplo de uma das razões que aqui nos trouxeram; uma direita hipócrita e cobarde -salvo exceções - que ainda anda por aí.

josé disse...

É exactamente isso e pior: isto não é direita alguma. É um conjunto de oportunistas que governaram bem a vidinha estas décadas.

Se o comunismo tivesse vingado seriam comissários do novo poder.

É um dos maiores nojos.

Floribundus disse...

o xico rolha fez escola ao longo da vida

o ppd-ml de Machete e outros foi sempre xuxial-democrata, alcunha de centrão

tem razão ao dizer que o cds nunca foi democrata nem assumidamente de direita. basta ver o percurso político de Freitas do Amaral e outros

o ps-ml, agora ps-bes vai em zig-zag (mais zig do que zag) pelo mesmo caminho

os contribuintes são o tapete onde todos limpam os pés

zazie disse...

Ahhh! que coisa.

Só o José para contar isto.

O Público activista e relapso