segunda-feira, junho 17, 2013

O Expresso e as correias de transmissão do PCP

Em 18 de Agosto de 1975, o então primeiro-ministro do V Governo provisório, Vasco Gonçalves fez um discurso célebre em Almada, difundido em directo pela RTP, pela Emissora Nacional, Rádio Clube Português, etc.
Nesse discurso, um dos mais inflamados que proferiu e com ar ligeiramente alucinado, atacou alguns jornais, nomeando-os, ao O Tempo, ao Jornal Novo e ao Expresso a quem apodou de "pasquins" e "libertinos da informação".
O Expresso, no Sábado seguinte, 23 de Agosto de 1975 publicou uma espécie de resposta em várias páginas, com chamada na primeira. É um número que congrega uma série de elementos muito interessantes para quem quiser saber o que foi o PREC.
Contava então o Expresso que a par dos ataques do primeiro-ministro apareceu também o ataque personalizado do então director-adjunto do Diário de Notícias, o agora Nobél da literatura, Saramago, aliás denunciado na última página do jornal como sendo editorialista-instigador do ataque ao jornal para o colocar sob a alçada do PCP, o que foi conseguido..
E para defesa do jornal apareceu...Otelo Saraiva de Carvalho que afiançava que o Expresso não era pasquim, mas sempre esteve "inserido no processo revolucionário". É preciso ler para acreditar...

Como este é um dos episódios mais importantes do Verão Quente do PREC, apesar de não ter passado de uma diatribe a que o jornal respondeu com outra maior, fica aqui a lembrança para quem já esqueceu e a novidade para quem não sabe.







A par deste episódio em modo de fait-divers aparecia no mesmo número do jornal uma greve que a Intersindical tinha decretado "em protesto contra o fascismo" e que o jornalista Vicente Jorge Silva ( mais tarde director do Público e agora comentador ocasional da SIC) contava em modo a esclarecer a actuação típica da então Inter: correia de transmissão do PCP. Como hoje, aliás.



10 comentários:

josé disse...

Amanhã: "pides na grelha" versus Camilo de Oliveira, para dar mais música ao Rosas & Pereira.

Floribundus disse...

os marechais Spinola e xico rolha são responsáveis pela subida ao poder desta canalha

o primeiro por inexperiência política o 2º por comportar-se conformes as suas conveniências.

o expresso e toda a comunicação social foi invadido pelos agentes comunistas indicados pelo indigesto saramago, um dos bérias do regime.

tanto quanto sei os oteleiros eram 'aiatolas' de outra facção revolucionária e, portanto, concorrentes.

o pcp sempre se serviu de idiotas tipo vasco taradinho e outros, como os fipus

Anónimo disse...

Realmente em pouco menos de 1 ano, o PCP conseguiu regredir o esforço economico que Portugal tinha feito desde os anos 60 a cinzas. Falhou a instalação de uma ditadura comunista, objectivo ambicionado e planeado já antes do 25 de abril. Basta ler estes jornais da época para perceber a loucura de Vasco Gonçalves e do PCP, aliás, basta ver o aspecto de verdadeiro alucinado que a dada altura passou a exibir.

Floribundus disse...

constou que o taradinho quando foi à reunião da OTAN
fez pipi nas calças à frente de todos os presentes

faltava-lhe o apoio dos comunas, que depois o jogaram na estrumeira

Anónimo disse...

E o Fernando Dacosta disse numa entrevista recente à SICN que a condição para que os americanos ajudassem no estabelecimento da ponte aérea de Angola para Portugal, era a de demitir o Vasco Gonçalves de PM. Costa Gomes respondeu: «Só isso? É para já...».

lusitânea disse...

Parece que o Vasco nacionalizou tudo menos a casa de câmbios do pai...

lusitânea disse...

Vê-se que a rapaziada avançada tinha uma ideia em mente:levar Portugal para o 3º mundo.Digam lá se não conseguiram...e com o 1º sobado da Europa em construção!

lusitânea disse...

Infelizmente nenhum sociólogo estudou e nos informou da transformação social e do nível de bem estar desses lutadores pela sociedade justa e sem explorações.A malta chegava à conclusão que agora os reaças é que andam na miséria...

Zé Luís disse...

Acho que foram os tempos mais deslumbrantes de Portugal em termos de circo, comédia, drama e fanfarra. De resto, fruto das circunstâncias daquele tempo, cá e no contexto internacional.

Hoje o deslumbramento é patego e cobarde.

Em comum, há uma maioria silenciosa que se caga para os Mários e Catarinas, pois de catalianadas estão todos fartos e avisados.

É só isto assentar, o lixo ser acantonado e Portugal erguer-se-á. Não será fácil, mas é possível.

Até os estudantes, hoje, vêem a coisa de outra forma do Durão Barroso daquele tempo de MRPP.

Por falar no José Manuel ex-revolucionário: e aquela da Esquerda Reaccionária aos ex-compagnons de route em França, hein?! (metendo-se com os cineastas, atiça um pogrom...)

Unknown disse...

Velhos tempos em que o governo era chefiado por um homem que se punha do lado de quem trabalha, e não do lado de quem recebe juros como acontece agora.
Hoje é a correia de transmissão do FMI para o governo português que funciona bem.

A obscenidade do jornalismo televisivo