O primeiro-ministro quer saber se esteve a ser escutado durante meses e se essas escutas são legais. «Está a passar das marcas», diz Sócrates e exige explicações ao Procurador Geral da República. É desta forma que José Sócrates comenta as notícias publicadas nos últimos dias onde são feitas referências a eventuais conversas por telefone com Armando Vara.
O primeiro-ministro afirma que o seu conhecimento das alegadas escutas é o que tem sido publicado na comunicação social e que não comenta conversas de domínio privado.
O primeiro-ministro afirma que o seu conhecimento das alegadas escutas é o que tem sido publicado na comunicação social e que não comenta conversas de domínio privado.
A questão é muito simples: ou o SOl teve acesso às escutas ou não. Se teve, como tudo indica, ouviu o que José S. disse a Vara.
E os factos que relata nas páginas do jornal de hoje, são isso mesmo: factos, fundamentados em conversas ouvidas e que segundo o visado serão privadas. Mas sobre as coisas públicas, de todos nós e que o visado tem o especial dever de zelar.
A estratégia visível, agora, é a vitimização. José S. quer saber se foi escutado. Foi, de facto, como se sabe suficientemente.
A única coisa que lhe interesserará agora saber é o que disse a Vara. Mas isso é o mais fácil: ninguém saberá melhor que o visado o que disse. E que todos vão ficar a saber, pelos vistos.
Na Inglaterra, a democracia também funciona assim e ninguém se queixa.