sexta-feira, janeiro 07, 2011

Cavaco/BPN: caso encerrado



Esta notícia do Sol de hoje, a que se juntam factos divulgados ontem à noite por Marques Mendes na tv, matam o caso BPN/Cavaco Silva, no ovo da serpente que se suspeitava poder vir a ser um remake do caso das "dívidas de Sá Carneiro à banca", escândalo animado pelos mesmos que agora agitam este e com os mesmíssimos propósitos turvos e hipócritas.
Cavaco Silva vendeu as acções à SLN, a preço nem sequer de favor porque abaixo do praticado para outros "clientes".
Extrapolar deste caso singular para o assunto BPN, como o faz Vasco Pulido Valente na crónica de hoje no Público, é outra loiça. Mas não é essa que os demais candidatos à presidência querem partir.
VPV escreve que "não tardará, por exemplo, que o público e os políticos se apercebam de que personagens centrais do "cavaquismo" foram também personagens decisivas da tranquibérnia do BPN e que , mesmo dando de barato a sua inocência e virgindade, um homem que mandou no país como primeiro-ministro não os devia deixar à solta e, sobretudo, não devia comprar e vender acções da SLN ( dona da coisa) com o estapafúrdio lucro de 140 por cento, de que em princípio ele- com o seu doutoramento de York e a sua celebrada passagem pelo Terreiro do Paço-devia desconfiar."
Este problema com Cavaco, subtilmente diferente do assunto das acções, a maioria dos portugueses não o entende. E por isso continuará a votar nele...
Os portugueses em geral, preferem os ribombar dos escândalos pintados a cores carregadas ou num preto e branco simplista. Não querem descortinar entre os factos, a verdadeira natureza do problema e que se prende com a idiossincrasia do indivíduo que governou Portugal em época de vacas gordas da CEE e apostou em cavalos errados para sairmos da cauda da Europa.
Não obstante, é isso que me impede de acreditar em Cavaco como presidente, líder ou político de relevo em Portugal: é um medíocre. Um obstáculo ao nosso verdadeiro "pogresso" e talvez o factor mais negativo da nossa modernidade dos últimos vinte e cinco anos. Por isso mesmo estamos como estamos economicamente: na miséria. E muito por sua culpa.

6 comentários:

Mani Pulite disse...

O VASCO É UM AGENTE DO MÁRIO PARA SER USADO EM MOMENTOS CHAVE.BASTA COLECCIONAR OS ARTIGOS DISSONANTES E CONSTATAR AS DATAS E MOMENTOS POLÍTICOS EM QUE FORAM PUBLICADOS.É PRECISO PERCEBER ESTAS COISAS, QUE SÃO ELEMENTOS ESSENCIAIS DA REALIDADE OCULTA DA POLÍTICA PORTUGUESA,SE QUEREMOS FAZER UMA ANÁLISE QUE VÁ PARA ALÉM DAS SIMPLES APARÊNCIAS.POR DETRÁS DA CORTINA EXISTEM ALGUNS,POUCOS,GRANDES MANIPULADORES .SÃO ESSES QUE VERDADEIRAMENTE CONTAM.

josé disse...

Diria antes que o Vasco apostou no Mário e desvaloriza o assunto Carlucci.

Esse é o problema e que diminui o Vasco como comentador.

zazie disse...

Em grande, José. É isso mesmo.

E deixe os cães ladrar porque só eles usam trela.

joserui disse...

Mas dito isto, o retrato completo do "como estamos" é ter o Cavaco de um lado e o ser Alegre do outro. E mais uns quantos. Parece que é neste pitoresco grupo que temos de exercer o nosso direito de voto. Mal posso esperar! -- JRF

zazie disse...

Devia ser direito de tiro em vez de voto- todos enfiados numa guita e numa barraquinha de feira.

Ruvasa disse...

Viva, José!

Também não alinho com Cavaco, só que não pelos seus motivos.

Não vou à bola com o homem porque não sabe o que é solidariedade para retribuir solidariedade, não tem o mínimo pejo em apunhalar pelas costas quem o amparou ou ampara, quer lá saber dos interesses do país sempre que não coincidam com os seus próprios anseios.

Não obstante isso, se houvesse o perigo de o Paeta Alegre vencer as eleições, correria a votar no outro. Do mal... o menos.

Cumprimentos