sábado, janeiro 29, 2011

O stencil

Quem quiser perceber uma certa idiossincrasia da Esquerda que temos, clássica, trogloditamente estalinista, sectária, controleira do pensamento e da acção deve ler o artigo de José Pacheco Pereira no Público de hoje.
Para falar da nova tecnologia- redes sociais na internet, telemóveis, etc.- que hoje é usada nas "grandes manifestações e movimentos sociais", nirvana existencialista do revolucionário em potência, JPP apela nostalgicamente ao velho esquema clandestino do "stencil", da cópia manual de comunicados subversivos, e dos esquemas da "clandestinidade" que deixam marcas indeléveis, em prol da "democracia popular" e que JPP, como bom revolucionário da clandestinidade da OCMLP, usou e abusou, antes de 25 de Abril de 74. Em completa ilegalidade criminosa segundo os parágrafos do código penal da época.

Esta actividade subversiva, clandestina e criminosa, está na génese da Esquerda que temos. É por isso que desculpam, capam, delimitam, conceptualizam de novo e voltam a conceptualizar se preciso for, as ideias básicas que presidem à política criminal que temos. Os velhos fantasmas desta esquerda que nunca desapareceu, continuam a povoar o imaginário dos pachecos pereiras que vituperam o "justicialismo", a "república dos juízes" e tutti quanti.
Para entender esta mentalidade é preciso ler o artigo de José Pacheco Pereira, um velho esquerdista que esqueceu nada e nada aprendeu da democracia verdadeira.
JPP é um estalinista recalcado. E isso nota-se em cada artigo que escreve.
Não é com pachecos pereiras que Portugal se reconstruirá desta miséria em que os seus pares nos colocaram.
Um dos poucos que se reciclou e renegou o passado "clandestino", relegando-o para uma "pura patetice" foi o falecido José Luís Saldanha Sanches que acreditou nas mesmas quimeras e por isso bateu com os costados nas cadeias "fassistas" durante anos a fio. JPP se preso esteve, foi apenas para lhe assegurar o estatuto de "antifassista". Mas isso não chega para o alcandorar a democrata que nunca foi.

PS: um comentador, na caixa abaixo, informa que JPP nunca foi da OCMLP. Parece que não, de facto. O mito urbano, no entanto, espalhou-se há alguns anos e foi por isso que de memória fui no engodo. Na verdade, JPP, segundo os traços da Wikipedia, fundou o seu próprio partido: o PCP -ML. As minhas desculpas a leitores desprevenidos. Mas entre ocmlp e pcp-ml venha o Pacheco e escolha. Ahahahahah!

Questuber! Mais um escândalo!