
No da esquerda, um professor de Ciência Política em Yale, português, apresenta o panorama do nosso ensino superior tal como se evidencia menos para quem não quer ver. Resume tudo numa frase: " esta filosofia do ´o que é bom é ter um cursinho`é uma fraude social generalizada.O Estado aprova e financia cursos fracos ou desnecessários, que são leccionados por professores em muitos casos impreparados e desmotivados, e por onde passam alunos sem qualquer objectivo de crescimento intelectual."
O segundo artigo, à direita, é de um arquitecto e versa uma medida legislativa que foi entregue ao nacional-parecerismo que tomou conta do país desde o tempo de Guterres: o Código da Contratação Publica. Escreve assim sobre essa opus magnum da firma Sérvulo & Associados: " para o que ficou fora das excepções, o CPP revelou-se ineficaz, cheiro de truques, esquemas e burocracias descabidas. A sua aplicação transformou-se no pior dos pesadelos para as entidades públicas que procuram cumprir a lei. Se é certo que o CPP tem sido a galinha dos ovos de ouro de algumas empresas portuguesas- só a sociedade de advogados que o elaborou acumula 138 adjudicações desde Novembro de 2008- a troika não demorou muito a detectar a malandrice que impedias as empresas estrangeiras ( e a maioria das nacionais) a concorrer em Portugal."
Se estes dois problemas nacionais- o novo-riquismo educativo, bacoco e despesista e a corrupção de Estado- fossem debelados, teríamos um país decente.
Infelizmente, pelo que se tem visto nestas primeiras semanas de Governo, a vontade de acabar com isto não é grande.
É que alguns dos beneficiários directos destas coisas estão lá- no Governo. E não vão deixar que se perca a fonte de rendimento. Basta ver as declarações de rendimentos ao Tribunal Constitucional que os novos membros do Governo têm andado a apresentar...