terça-feira, dezembro 31, 2013

Até tu, J.M. T.?


Este texto de João Miguel Tavares no Público de hoje, de fim de ano, suscita-me o seguinte comentário por causa da nostalgia e da memória histórica que tento refazer por aqui, com um único propósito: compreender como chegamos onde chegamos.

O texto é típico daqueles  que exercitam o optimismo serôdio, o que surge e se sobrepõe ao realismo pesssimista da observação do tempo que passa. Coisa  que aliás também costumo fazer para me convencer que afinal "tudo vale a pena quando a alma não é pequena".
Infelizmente esse optimismo esbarra quase sempre na realidade analisada mais a frio.
Nós estamos melhor do que há 40 anos? Como não?! Era o que mais faltava! Eppure...

Há 40 anos- as fotos de Alfredo Cunha mostram-no- havia mais pobreza do que hoje, nas instituições e habitações? Talvez sim; talvez não. Havia bairros de lata em maior número, sem condições mínimas de habitabilidade? Talvez sim; talvez não. Depende do que se possam considerar "condições mínimas de habitabilidade" no contexto histórico das épocas.

E os hospitais são melhores? Sem dúvida. Mas...a esperança de vida e principalmente o limiar da vida média para cada um, aumentou significativamente em relação ao progresso das décadas e às descobertas da medicina?Há mais ou menos cancros, hoje em dia, do que há quarenta anos?

E a alimentação? É um facto que podemos ver e comprar em supermercados, melões em Novembro e uvas em Janeiro, tal como cerejas no Natal. E daí?
E é um facto que os produtos disponíveis para mercar são mais variados e alguns serão mesmo melhores. O peixe parece ser melhor do que antes e em quantidade maior do que havia para consumir. A carne idem. As bolachas e bebidas igualmente. Os vinhos mudaram exponencialmente de qualidade com uma diferença: os bons, mesmo bons, agora pagam-se mesmo bem e dantes bebiam-se em qualquer tasca de aldeia das respectivas regiões. E o azeite acompanhou o percurso qualitativo do vinho.
A agricultura em Portugal está melhor do que há 40 anos, parece nnem haver dúvidas. E a construção civil e arquitectura igual e exemplarmente.
Viajamos muito mais do que há quarenta anos, mas não é por obra da nossa inventividade e progresso.

Temos por aí uma frota automóvel que não se distingue da francesa, por exemplo. No tempo dos nossos emigrantes dos anos sessenta, eram eles quem vinha mostrar as máquinas que havia lá fora e que nas aldeias não apareciam a não ser nas festas de Natal. Agora nem se distinguem.Mas não foi por obra nossa. Um Renault Dauphine dos sessenta não se compara com um Mégane da actualidade e nada tivemos a ver com isso.

Eppure...o que falta, afinal, para esquecermos o passado e relegarmos a nostalgia para um sentimento mórbido de passadismo juvenil?
Falta uma coisa que João Miguel Tavares não viveu porque é novo demais para tal: alegria de viver como havia dantes, provavelmente haverá, na juventude de agora. Porém falta o sentimento de um continuum espaço-temporal. Explico:
Nos anos sessenta houve uma pequena revolução nos costumes em Portugal e na Europa, com o advento de modas e tendências que se espalharam como fogo em palha. A música passou a ser outra; as leituras mudaram ligeiramente; a televisão e cinema trouxeram  uma modernidade desconhecida e aos poucos a sociedade foi mudando, em todo o lado.

Há porém um aspecto de mudança que se operou em Portugal e não ocorreu na Europa. Pego num exemplo que poderia servir para extrapolar para outros níveis. Há quarenta anos quem lia a L´Expresss ou o Nouvel Observateur franceses, a Der Spiegel alemã ou mesmo a Time e Newsweek na edição europeia encontrava uma qualidade que em Portugal não havia. Desde então, esses símbolos culturais modificaram-se ligeiramente, aprimorando o aspecto gráfico mas o conteúdo não mudou essencial e qualitativamente. Essas revistas continuam excelentes e até melhoraram de algum modo, por causa das novas tecnologias.
Em Portugal, as técnicas gráficas e publicitárias e as tecnologias de informação foram absorvidas mas a essência do conteúdo piorou. Ou seja, a qualidade do que se escreve hoje em dia nos media é pior, a meu ver objectivamente ( o que é contraditório mas fica assim) do que há quarenta anos. E o que se diz publicamente nas tv´s reflecte uma involução cultural e não o contrário.

Por que razão tal fenómeno terá acontecido por cá, sem paralelo lá fora? Gostava de saber o que se passa nos novos países de Leste em relação a esse fenómeno.

Porque razão a evolução cultural em Portugal estagnou de um modo assutador para quem olha rectrospectivamente?

Tal fenómeno- repito, para mim objectivo- ocorreu porque houve uma corrente cultural que se tornou dominante em Portugal e assumiu foros de pensamento único em relação a aspectos essenciais da nossa vida colectiva: economia, organização do Estado, saúde, educação, etc etc.
A nossa actual Constituição não é mais que um reflexo notório desse fenómeno e o que os media em geral transmitem são o produto desse efeito.

Assim, a questão que João Miguel Tavares e quem se interessa por isto deve colocar e tentar perceber será esta:

Em quarenta anos tornámo-nos um país mais evoluído, com certeza que sim e seria impossível que tal não sucedesse por força de uma inércia de um devir social e universal. Mas será que evoluimos como poderíamos ter evoluído, se tivéssemos seguido outros caminhos que não os das "outras políticas" ?
Porque razão somos ainda o país mais atrasado da Europa e com sinais de nos podermos tornar ainda mais atrasados?

Para perceber isso tenho colocado por aqui as pistas que me parecem essenciais, mas não basta colocar pistas.É preciso pisteiros para as farejar intelectualmente.
Será que hoje em dia temos disso por cá, como dantes tínhamos?

É esse o problema e a razão deste blog.



28 comentários:

zazie disse...

O mais engracado 'e o paradoxo de sermo sum pais escardalho, com dogmas comunas e uma pseudo-cultura aparvalhada 'a "amricana".

Karocha disse...

Bom ano, José e a todos os comentadores do blog.

Vivendi disse...

É com cada idiota.

Só países como Angola e Moçambique regrediram porque se enfiaram na guerra em prol do marxismo cultural.

Todo o resto do mundo que não se meteu com a experiência socialista avançou naturalmente pela melhoria continua da inovação e tecnologia (termos capitalistas).

Portugal ao mesmo tempo que avançava empurrado pela União Europeia (já vinha da EFTA)também solavancava com o socialismo até chegarmos neste lindo resultado em que a diarreia socialista acabou por dominar o sistema.

Bom ano a todos.



josé disse...

A pseudo-cultura americana, aparvalhada, surge por defeito. A esquerda comunista não tem cultura que se veja.

E esse é outro dos sintomas da nossa parolice que a esquerda permitiu e adoptou porque a cultura "fassista" era pior.

josé disse...

A única evolução cultural que surgiu após o 25 de Abril ocorreu nos anos noventa depois do fenómeno do cavaquismo e dos fundos europeus que se estouraram noutras parolices.

O Independente é o símbolo disso mesmo.

Por causa destas coisas ocorreu-me uma ideia que ando a acalentar.

Vou ver se concretizo mas já tenho a base do raciocínio.

Floribundus disse...

para mim não é questão de colt ou cul tura

começou no crédito e acabou no mal parado

tudo muito bonito. o pior é a dívida para pagar nos próximos séculos

diálogo entre o dono dum mercedes e eu dono dum daewoo minúsculo com 800 cc do ano 2000
'- tira-me essa merda da frente!!!
-é pequeno, mas está pago!'

em 2014 há mais
tudo de bom para todos

zazie disse...

Ora venha ela porque os estrangeirismos que apareceram tambem sao muito tontinhos.

E ainda hoje se fazem passar ela unica alternativa ao esquerdismo.

jose disse...

Um bom ano para todos.
josé.j

JReis disse...

José, Bom Ano para si e para todos.
Que sob o ponto de vista material evoluímos bastante isso vai-me desculpar é inegável. Em Portugal evolução material e evolução cultural avançaram a duas velocidades sendo que a material avançou a grande velocidade enquanto a cultural vai devagarinho quase estagnando. Claro que o texto de J.M.T. e a mensagem nele implicita roça bastante o optimismo balofo mas numa coisa concordo, as nossas condições materiais de vida, vai-me desculpar José, mas são hoje muito melhores do que há 40 anos atrás mesmo nas províncias do interior do país.
José, espero que em 2014 continue a alimentar este seu espaço com a mesma qualidade a que me habituou em 2013. Cumprimentos desde o Porto !!

foca disse...

José
Num aspecto o articulista tem razão, hoje há muito mais pessoas com ambições fundadas. A coisa das criadas de servir e dos criados de fora mudou bastante.
Agora se podiamos estar melhor do que estamos? Poder podíamos, mas isso serve-nos para quê?
O José pode explicar de muitas maneiras, mas um oito José que esteja agora a ser despedidomda empresa onde trabalhou 40 anos, dificilmente vai perceber que isso é bom para a economia e para o futuro, e vai tender a adoptar o discurso do homem do sindicato.
.
Esperemos que algo de positivo se tenha aprendido em mais esta fase de desconforto, como bem gostam de explicar os economistas (quando eles próprios estão confortáveis, diga-se de passagem)
.
Bom ano

josé disse...

Se tiverem a atenção de lerem o que escrevi, concordo com o que dizem.

O progresso material verificou-se, mas a um ritmo que não é o que poderíamos ter.

Dou um exemplo:

No outro dia estava na casa de um amigo meu a folhear uma revista recente, alemã, de carros- Auto und Sport, acho.

Uma boa parte da revista era sobre os Porsches. O preço de um Cayenne mais pequeno, novo modelo, na Alemanha anda pelos 50 mil euros.

O vencimento médio de um alemão é superior ao vencimento mais alto da função pública em Portugal.

O ambiente social e cultural, na Alemanha não teve rupturas drásticas em 40 anos, como nós tivemos e a linguagem de hoje é a de há 40 anos, com a diferença e décalage temporal, apenas.

O que mudou em Portugal e faz toda a diferença é, quanto a mim, o modo de perceber e entender a realidade vivida.

Tal facto tem influência determinante nas escolas políticas.

E é por isso que um desempregado, hoje, terá a tendência em acreditar mais naqueles, precisamente, que o colocaram no desemprego.

Este drama é cultural, mais que outra coisa.

josé disse...

escolhas políticas, queria dizer.

Rui disse...

basta ler um jornal espanhol para ver que a profundidade de análise das crónicas e artigos é muito superior à de qualquer jornal português.

Acredito que o baixo nível de instrução, aliada ao facto de sermos um país pequeno são as principais razoes para a falta de qualidade do nosso jornalismo

Por outro lado penso que a internet ao possibilitar o acesso gratuito à informação desfavorece o aparecimento de novos jornais e revistas de maior qualidade, que naturalmente exigiriam investimentos mais avultados e não poderiam ficar dependentes das receitas da publicidade de grandes grupos económicos e de entidades estatais.

José disse...

"O baixo nível de instrução"?

Então não estamos agora na época em que temos " a geração mais qualificada de sempre"?

Tenho para mim que o analfabetismo geral é mais grave do que em 1973.

E não digo de ânimo leve...

José disse...

Principalmente entre os jornalistas.

José disse...

São em maior número, têm qualificações profissionais do nível das ESE´s e arrogância qb.

Os que escapam a este panorama-e felizmente são alguns- não conseguem impor-se à aurea mediocritas.

José disse...

Uma Ana Lourenço ou uma Judite de Sousa julgam-se o supra-sumo.

Se fosse director de jornal dispensava-as imediatamente.

Rui disse...

josé
nos países das publicações que cita no seu post (França, Alemanha e Reino Unido), os níveis de instrução da população eram (e continuam a ser) mais elevados do que os portugueses.

Temos a geração Portuguesa melhor preparada de sempre relativamente às anteriores gerações portuguesas, mas não deixa de continuar a ter níveis de instrução inferiores aos dos países referidos. (salvo erro exceto no que toca aos doutorados em que temos níveis superiores aos da europa, mas temos taxas inferiores de conclusão do secundário).

De qualquer forma como lhe disse penso que essa nova geração melhor preparada, que não compra jornais pois informa-se na internet gratuitamente, pelo que não irá propiciar o aparecimento de novas publicaçoes tradicionais de referência.


JC disse...

Geração Portuguesa melhor preparada de sempre?

Só se for pelos "canudos" que são distribuidos à tripa forra.

Confundem-se graus académicos com efectiva instrução de uma geração.

Uma 4ª classe de antigamente correspondia a um actual 9º ano.

Muitos dos alunos que chegam às Universidades - e até há bem pouco tempo chegavam lá via "novas oportunidades", esse maior embuste de que há memória na educação - nem escrever sabem.

José disse...

Creio que a ideia dos "doutoramentos" seguirá o mesmo princípio mistificador.

Portanto, a conclusão impõe-se: não estamos melhor que antes, há 40 anos, no ensino.

Anónimo disse...

Para mim Portugal era um país muito mais cinzento na segunda metade dos anos 70 do que no inicio dessa década, além disso qualquer país num período de 40 anos evolui, também mal feito fora.

Anibal Duarte Corrécio disse...

Quanto a mim existe um domínio mediático dos socialistas de várias matizes que chafurdam nos jornais e TVs contínuamente há 40 anos pelos valores de esquerda.

Ora como todos sabemos os valores de esquerda são estratosféricos e acima da realidade.

Esses chafurdadores operam nos meios de comunicação social através da presdigitação principal do príncipio que o Capital é inferior oa Trabalho. Daqui decorrem todos os outros príncipios.

O caso talvez mais paradoxal é o do Balsemão. Lucra com a SIC-Notícias, canal infestado e empestado do pior que existe ao nível informativo do 25 de Abril, apesar do design e dos floreados modernistas.

Foram 40 anos em que os valores da esquerdalhada por um lado, e os saques dos corruptos do bloco central por outro, massacraram e entalaram o País.

Tivesse havido outro engenho na chamada 'Primavera Marcelista', outro atrevimento no domínio das liberdades e hoje possivelmente víveriamos bem melhor.

Bom ano a todos, em especial a José.

Anibal Duarte Corrécio disse...

Quanto a mim existe um domínio mediático dos socialistas de várias matizes que chafurdam nos jornais e TVs contínuamente há 40 anos pelos valores de esquerda.

Ora como todos sabemos os valores de esquerda são estratosféricos e acima da realidade.

Esses chafurdadores operam nos meios de comunicação social através da presdigitação principal do príncipio que o Capital é inferior oa Trabalho. Daqui decorrem todos os outros príncipios.

O caso talvez mais paradoxal é o do Balsemão. Lucra com a SIC-Notícias, canal infestado e empestado do pior que existe ao nível informativo do 25 de Abril, apesar do design e dos floreados modernistas.

Foram 40 anos em que os valores da esquerdalhada por um lado, e os saques dos corruptos do bloco central por outro, massacraram e entalaram o País.

Tivesse havido outro engenho na chamada 'Primavera Marcelista', outro atrevimento no domínio das liberdades e hoje possivelmente víveriamos bem melhor.

Bom ano a todos, em especial a José.

lusitânea disse...

O "sistema" só permite ligeiras variações à sociologia de "trabalhadores de todo o mundo uni-vos" e de "a pátria é onde nos sentimos bem e nos pagam" conforme ensinamentos da Academia das Ciências (recuada)da ex-URSS.
Essa sociologia adora correias de transmissão e muita intelectualidade na divisão a cada um segundo as suas necessidades, mas tendo desprezado a produção ou melhor o ensino da produção de artigos vendáveis no "mercado" está condenada a desaparecer.
A rapaziada progressista anda em estado de negação relativamente ao estado a que a coisa chegou com prejuízo nítido para os verdadeiros Portugueses objecto das experimentações dos internacionalistas caseiros ou importados...

josé disse...

Daquiuu a pouco vou publicar em imagem um jornal integral de 17 de Janeiro de 1974- Um jornal de esquerda, o Diário de Lisboa, para se perceber a linguagem e a subtileza da manipulação ideológica.

Tenho outro exemplo para mostrar, da mesma época- o Século, dirigido por Manuel Figueira, afecto ao regime de Caetano, de 1 de Janeiro de 1974. Vou comparar as linguagens.

Maria disse...

Ora ainda bem que o José chamou o Jornal O Século à colação. Na minha recente intervenção sobre os matutinos e vespertinos que se publicavam durante o E.N. e a imensidão de vendas de que beneficiavam, esqueci-me de mencionar O Século, jornal centenário prestigiado e de enorme difusão cujos categorizados jornalistas, colaboradores temporários, articulistas e cronistas, sem esquecer o seu digníssimo Director, como aliás o eram pràticamente todos os que desempenhavam as mesmas funções em todos os outros jornais portugueses, que nos honrava sobremaneira tanto na sua composição, como na elaboração dos assuntos inclusos, como - e aqui estava o segredo nada misterioso que lhes assegurava o sucesso no seu específico papel de imprensa especializada - numa informação correcta e mínimamente independente e simultâneamente de conteúdo didáctico/cultural a todos os níveis e para todos os públicos, mesmo os mais jovens.
Isto sim, era uma comunicação social com cabeça, tronco e membros, lida por um público apoiante do sistema mas igualmente por aqueles que se consideravam seus opositores. Para não ir mais longe, um só exemplo chega: o nosso próprio Pai, que sendo adverso o mais possível ao sistema, era leitor assíduo de três destes jornais e nunca por nunca ser lhe ouvimos dizer uma palavra menos agradável relativamente a qualquer deles - ah, já esquecia, curiosamente não era leitor do Diário de Lisboa, seria pelo conteúdo que não apreciava?, seria pela prosa demasiado esquerdista?, seria pelos artigos tendenciosos e/ou pouco ou nada objectivos?, que é o que se espera e requer de jornais que se prezem de o ser?. Nunca cheguei a saber porque era demasiado jovem para debater estes e outros temas políticos, mas a esta distância consigo compreender perfeitamente a sua atitude neutra em relação a este e a outros assuntos similares, baseada na educação e nos valores recebidos desde a infância, que o orientaram toda a vida.
O nosso Pai era um homem superiormente inteligente e de elevada formação moral o que o impedia de formular opiniões políticas apressadas e descontextualizadas sobre o que quer que fosse, incluíndo, no caso, a orientação política dos jornais que adquiria.

Por último, esta minha apreciação positiva dos vários jornais que se publicavam no E.N. e em particular O Século em que sou parte interessada, digamos assim, não interfere um milímetro na minha objectividade. Qualquer pessoa não facciosa que tenha vivido o tempo suficiente no anterior regime para fazer uma análise objectiva sobre aqueles, pode testemunhar isto mesmo que afirmei.

Anónimo disse...

Já agora pergunto ao José se tem algum exemplar do Século dirigido por Jaime Nogueira Pinto no final dos anos 80. Seria interessante comparar com o Século 'original'.

José Lima disse...

Eu também confirmo que a segunda metade dos anos 70 sempre me pareceu bem mais triste, cinzenta e feia do que a primeira metade dessa mesma década (e, sim, vivi-a toda).

O Público activista e relapso