Daqui, InVerbis:
João Marcelino - Quando um tribunal político, como o Constitucional (TC), decide por unanimidade não fica qualquer margem para o jogo partidário.
O corte das pensões acima dos 600 euros dos antigos funcionários públicos é inconstitucional, ponto! - porque viola o princípio básico da confiança (dos cidadãos no Estado) e, até, da proporcionalidade.
Declarações como as de Braga de Macedo, sobre o carácter marxista na Constituição e de como ela obsta aos esforços patrióticos do Governo, são apenas delírios que ficam mal num professor e num homem com a sua experiência, mesmo que com o objetivo compreensível de defender um amigo (Passos Coelho) num momento sensível.
Esta extraordinária unanimidade do TC teve vários méritos, um dos quais, pouco realçado, é o de fazer perceber no estrangeiro, entre governos e credores, que não estamos perante uma sociedade bloqueada por "leis comunistas". Dá-se apenas a circunstância de termos no poder uma coligação pouco sensata, que escolhe com demasiada frequência caminhos impossíveis à luz dos direitos dos cidadãos. E que em prol de objetivos importantes, sim senhor, como a sustentabilidade do sistema de pensões, julga que pode subverter a qualidade de vida das pessoas e passar por cima da lei.
Os argumentos dos 13 juizes são uma enorme lição, que o Governo, acabado de sair de uma reprimenda do Tribunal de Contas sobre a ineficácia do Plano de Redução e Melhoria da Administração Central (PREMAC), devia saber ouvir com humildade democrática.
Este jornalista, João Marcelino, dirige agora o Diário de Notícias depois de ter saído do Correio da Manhã e de antes ter passado pelo Record, onde se afirmou a relatar jogos por escrito. Não sei onde aprendeu a ler e escrever e que formação tem, nem isso tem importância porque um jornalista em Portugal, maxime um director de jornal que vende cada vez menos, acha-se no pleno direito de esportular opiniões sobre tudo o um par de botas. Sei por isso que agora dá lições de constitucionalismo, criminologia, sociologia, educação, defesa, justiça etc. etc. e neste etcetera vem também o desporto e outras actividades avulsas porque não há limites para a sapiência de um director de jornal, nem sequer o do ridículo que nunca o atinge por causa da carapaça de dirigir um jornal falido e não sofrer qualquer consequência por isso. Marcelino não tira a ilação de um treinador de equipa de futebol que perde sempre porque não treina- está no banco a mandar bitaites.
Esta lição que aí fica, escrita no jornal que dirige é mais uma prova da sua ampla visão intelectual. A "extraordinária unanimidade" que consegue extrair da decisão constitucional de "um tribunal político" diz tudo da sua aptidão para o cargo que lhe assenta que nem luva de pelica em mão rugosa de trabalhador das obras. O argumento que percebeu como justificador da decisão do Constitucional - porque viola o princípio básico da confiança (dos cidadãos no Estado) e, até, da proporcionalidade. - chega para dizer que este jornalismo é do género típico para quem é, bacalhau basta.
O entendimento que Marcelino expende acerca do acórdão unânime do Constitucional, aliás, é o dos demais panurgos que seguem a manada que alegremente caminha em direcção a abismo. Assim que lá chegarem, farão como o coyote que pedala no vazio...
9 comentários:
Mas qual 'e a deles? o que 'e que querem que se faca?
No outro dia, lembre;me de como o Jose 'e cool e ainda consegue dialogar e tentei perceber o que querem.
Para o caso, com um colega meu que nao 'e analfabeto e com outra pessoa amiga que papagueiam o mesmo.
Consegui que eles chegassem l]a, ao ponto base de todas as crencas para estarem com todas as esperancas que sem cortes se paga.
Acabaram por confessar, com a maior displicencia, que h'a dinheiro, que nunca faltou dinheiro, que tudo isto 'e uma cabala inventada apenas para alimentar a banca.
Nao ha crise portuguesa, nem falta de dinheiro nos cofres do Estado. Apenas uns sacanas de uns neoliberais que andam 'as ordens dos banqueiros.
Este pessoal julga que o dinheiro nasce em bananeiras.
Ate agora o "escurinho" tem passado os cheques a metade da taxa de juro do mercado secundario. Parece que a 3 bancarrota pos-25 Abril foi uma fantasia de alguem. Tambem tenho ouvido haver muito dinheiro por ai e ser preciso apenas procura-lo nos Soares dos Santos e Belmiros.
É curioso, que nas duas ultimas bancas rotas, não ter havido qualquer inconstitucionalidade. Quer dizer, eu vou pagar mais, para os portugueses de primeira, fiquem a receber o mesmo. De facto, o estado, custa muito dinheiro ao contribuinte, é que o número de funcionários, triplicou em quarenta anos, também com a bênção do sr. silva. Os estados de direito, a caminho do socialismo, tem destas coisas. Os pravdas, cá do burgo, não compro, prefiro banda desenhada, além da tinta me irritar a pele, deve ser alguma alergia.
Marcelino, pan y vino...
É só mais um que fala do "princípio da confiança".
O que é?
Não se sabe.
O Joaquim, do TC, fez questão de aludir ao art. 2º da CRP.
Curiosamente, lá nada diz do "princípio", muito menos da "confiança".
Nem implicitamente.
Explicitamente só pela invenção do "amigo Joaquim". Outro. O anterior paga ao Marcelino para isto.
'horny soit qui mal y pense'
Os Soares dos Santos e Belmiros não tiveram dinheiro para comprarem as edps e.
O dinheiro que têm não chega para mandar cantar um cego chamado esquerda portuguesa.
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