Os problemas de então, onde aflorava a massificação do ensino superior como um dos maiores, tentavam resolver-se com estudos e ideias publicamente apresentadas, ao contrário de hoje.
As questões principais eram equacionadas do modo como se pode ler, ao contrário de hoje em que aparecem resolvidas por luminárias que ninguém sabe quem são e se escondem em biombos de eduquês aprendido nos isctes e quejandas escolas da nossa perdição colectiva.
62 comentários:
José. Quer ver um motivo pelo qual eu não consigo ser tão cool quanto o José.
Veja este link
http://outraspalavras.net/outrasmidias/uncategorized/acesso-livre-35-filmes-para-questionar-capitalismo/
Pois não é que um colega meu, fez propaganda a isto usando um desenho do Sebastiano del Piombo, com o martírio de Santa Ágata a arrancarem-lhe os seios com tenazes.
Não dá.
Pura e simplesmente só fazendo como os 3 macaquinhos chineses é que consigo sobreviver no meio disto.
Já para não falar de uma amiga porf que agora deu em fazer parte de piquetes contra os colegas que querem fazer a prova.
Não dá. Desta sou amiga e nem falo destas coisas.
Do outro sou colega e nem oiço falar destas coisas porque tudo devia ter limites de uma cderta decência.
O anti-capitalista é um bacano que me contou que até colocou o filho mais pequeno numa escola estatal porque ele e a mulher já atingiram patamar demasiado alto do escalão do IRS.
Se tivesse de colocar o filho no privado, era chato porque ia pagar como um rico capitalista e ele é de esquerda, logo nunca pode ser essa vergonha.
Mas é verdade o que já diziam na altura- os males começam na primária.
E agravaram-se, nos últimos tempos, de forma galopante.
Porém, ao contrário do que agora sucede,o ensino superior era entendido como patamar superior e por isso subtraído à massificação.
E quem assim pensava e escrevia era o prof. Braga da Cruz que teve um percurso curioso depois do 25 de Abril. Enguioso...
Pois era.
Mas o mais cretino é que é mal que já nem é nosso.
Quem é que inventou Bolonha e mestrados a granel?
Por outro lado previa-se a explosão no secundário, tal como veio a suceder, o que prova que o 25 de Abril não veio inventar nada neste domínio. E o que inventou foi abrir o ensino à balda, provocando o caos na organização que obrigou ao fecho do ensino superior em 1974-75 e à contratação de professores para o secundário a eito e sem qualquer formação específica.
Nos anos seguintes, as antigas escolas de Magistério transformaram-se em escolas de ensino superior -ESE-formando licenciados.
Foi esse o fim do nosso ensino de alguma qualidade.
Consta que agora os do magistrado ainda são mais ignorantes e podem leccionar no secundário disciplinas que nunca na vida estudaram.
Nem sei se não é por isso que aparece agora esta coisa da tal prova para filtragem.
Não há coragem para voltar atrás e vão-se inventando remendos que não servem para nada.
Magistério
ehehehe
Os erros foram cometidos e agora querem remendar e colar com cuspo.
A prova é uma estupidez mas é o que sabem fazer: provas.
As ESE são uma fraude. E nisso ninguém fala. E são fraude porque os professores das ESE são licenciados que tiraram doutoramentos e mestrados ao preço da uva mijona.
Os Politécnicos idem.
É tudo fake nesta merda de ensino que temos depois do eduquês tomar conta do asilo.
O melhor exemplo desta fraude é a senhora dona Maria de Lurdes que nem sequer para encarregada de cantina devia ir e chegou a ministra.
Tem razão. A prova há-de ser uma estupidez mas eles gostam de estatísticas e de inventar provas milagrosas para não precisarem de alterar nada.
Que as ESE são uma fraude qualquer pessoa sem ser monga sabe.
Estranho é o Crato estar a meter essa gente à frente das escolas.
Eu penso que ele é um deslumbrado da Amazon. Um arrependido tardiamente que agora se inventa ao espelho.
Quer parecer neotonto e isso basta.
Mas não toca onde devia tocar. Deixa intacto o eduquês pedagógico, dá poder à mongalhada das ESE e apenas faz uns cortes à Sócrates.
O resto é por arrasto- Se a Suécia anda com a cena do cheque-ensino, então temos de imitar e venha ele.
Não sei. Esta gente é toda anti-facista, donde nunca se poderiam lembrar de retomar alguma coisa de bom que existiu nessas trevas facistas.
ehehehe Nem para empregada de cantina, pode crer.
O ME é um monólito escardalho. Eu vejo ali o espelho da utopia de esquerda.
E
O Crato é como o Pacheco. Quem provou uma vez, não muda...
Exactamente. Lembrei-me ainda agora dessa comparação.
Escrevi mesmo agora que era um pachoco.
E é.
E o PSD é um híbrido que tem por exemplo um Machete que é um socialista disfaçado de qualquer coisa que lhe permita dizer que não é.
O Cavaco idem.
O Balsemão é o que é: nada e tudo o que der para ter dinheiro nos media.
Os relvinhas, marquesmendezinhos, rios e outros o que são?
Nada. E serão tudo no país que temos.
É este o nosso drama, acrescido por termos um bando de aluados no PS.
É por isso que não me preocupa muito este Passos Coelho. Para o caso, serve e tanto faz. Aliás já fez mais do que esperava dele.
Pelo menos não rouba. Agora a coisa coloca-se a este pequeno nível.
Se não é ladrão, até pode ser um PM memorável.
eheheh
O Passos?Um grande africanizador...só em 2 aninhos 180000 novos pobres daqueles que nem as rendas sociais conseguem pagar e com que o Costa nos enriqueceu...
" prof. Braga da Cruz que teve um percurso curioso depois do 25 de Abril. Enguioso"
Bem queria parecer...é uma "enguia" enlantada ... tipo "enguia" de Aveiro.
Preto da Casa Africana
A firma das "Advogadas Associadas" que falava noutro postal está com um inquérito à perna... ou melhor, às pernas...
http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=95128
Muito apropriado...um "inquérito às pernas". Ahahaha!
Sobre pernas (obviamente no feminino. Isto, por causa das invejosas!)
"Eu vejo as pernas de louça da moça que passa e eu não posso pegar...
Tô me guardando p'ra quando o carnaval chegar."
Chico Buarque
Nuno Crato, assim como todos os governantes, devia ter feito uma prova de aptidão incluindo uma "sopradela" de balão,já que pelo aspecto e pelas decisões que toma, duvido que esteja sóbrio!!!
“A prova é uma estupidez mas é o que sabem fazer: provas.” [José]
“A prova há-de ser uma estupidez mas eles gostam de estatísticas e de inventar provas milagrosas para não precisarem de alterar nada.” [Zazie]
Não estou assim tão convicto da estupidez da prova.
A prova é excessivamente fácil? A avaliarmos pela primeira metade hoje tentada (a parte comum a todos os docentes, desde educadores de infância a professores do Secundário) é! Citando a “timorense”: esta prova é para “fraquinhos no discernimento”. Mas falta vermos a segunda metade, diferente para cada nível de ensino e disciplina a que cada um se candidata (a parte específica).
Devemos mexer profundamente no sistema, encerrando cursos, alterando o currículo de outros, fechando certas “tascas”? Sim. Mas, quanto tempo isso demora? É que depois de investigar e alterar ainda temos de esperar mais 5 anos pela “primeira fornada”. E coragem para enfrentar o lóbi do Superior? E os licenciados por “tascas” fora de portas?
E nos próximos concursos anuais de professores, com 45 mil candidatos para 10 ou 12 mil vagas? Vamos continuar a contratar os oriundos das “tascas”, que são os que exibem as melhores notas de curso?
O principal problema de Crato é a excessiva paciência para tolerar os delírios “neo-PREC” dos ex-camaradas.
"Devemos mexer profundamente no sistema, encerrando cursos, alterando o currículo de outros, fechando certas “tascas”? Sim. Mas, quanto tempo isso demora? É que depois de investigar e alterar ainda temos de esperar mais 5 anos pela “primeira fornada”. E coragem para enfrentar o lóbi do Superior? E os licenciados por “tascas” fora de portas?"
Mas era isso que dantes se fazia e agora não faz porque não há consenso e quem está instalado não deixa mexer no seu quinhão.
Por isso mesmo, em democracia, deveria existir maior cuidado com as medidas legislativas que se tomam.
Se assim não acontece, o problema está aí e tem que ser resolvido porque se o não for, o problema toma conta de qualquer solução.
Eu li a parova e nem queria acreditar.
A maior anedota alguma vez feita.
Aquilo serve para quê?
Começa logo por dizer que conta como erro tudo o que não for escrito segundo o acordo.
Eu rasgava-a imeditamente.
Depois tem unas perguntas de caca nuns textos de caca- o facismo, a fuga da emigração por causa do capitalismo mundial e tal e coisa e outras tretas de gráficos e horários que não servem rigorosamente para nada de nada no qeu diga respeito a problemas de formação para o ensino.
Até reparei noutra coisa: como ele é cientoino facilitou tudo o que era de letras e complicou mais o que poderia ser complicado até para qualquer catedráticco universitário de letras.
Já para não falar no resultado que sairia se mandasse responder ao teste metade da assembleia a totalidade das peruas pedagogas e burocratas do ministério.
Mas, se o Apache é prof qeu me explique qual a finalidade disto numa estratégia do Governo para alterar rigorosamente o quê?
O quê?
Ele diz que há escolas de magistério que já andam a fabricar doutores sem saberem nada e a habilitá-los para o ensino de matérias que nem imaginam de que se trata.
Portanto, fica a pergunta:
Se ele diagnosticou esse mal, pretende resolvê-lo com provas mongas deste calibre, mantendo essas ESE abnertas a formarem os mesmos mongos com habilitação para leccionarem o mesmo que nunca estudaram?
Olhem. Eu li aquilo 2 vezes.
Consegui até deixar de lado a embirração que também já tenho com o choradinho e vigílias e manifs profs e toda a trampa que o PCP faz com eles e que eles adoram.
Consegui mesmo imaginar que nem t~em aquelas vozes cretinas de umbuistas nos jornais e até consegui deixar de lado o aproveitamento comuna para deitar abaixo o governo com todas estas "lutas".
E cheguei à conclusão que os da FENPROF podiam ir de férias, o Seguro ficar de boca fechada que o Crato, sozinho, com esta imbecilidade que tenciona repetir em Janeiro, vai levar levar o PS mais depressa ao poleiro e com maioria absoluta.
Escrevam aí.
Porque, tal como com a imbecilidade da Lurdinhas e da "avaliação" do modelo não sei quantos da América latina ou lá de onde era, o PS tramou-se.
Agora com esta cientóinice de horários e gráficos para meterem ao bolso umas cacas a profs do secundário, vão-se tramar ainda mais.
Eu só queria saber quem foram os retardados mentais que fizeram aquilo e de onde copiaram ideia mais aberrante.
A sério.
Há algum país no mundo, incluindo na Patagónia, que cuide da qualidade de ensino mandando profs do secundário fazerem redacções da primária ou perguntando a todos- sejam de que especialidade forem- como se fazem horários ou quem paga quanto num restaurante ou como se lê um gráfico cretino dos cretinos que agora resolvem tudo com estatísticas?
Eu escrevi isto no Blasfémias e vou repeti-lo.
Esta prova é a súmula de 40 anos de destruição do ensino português.
E vai ficar na História como a maior anedota que aconteceu num país que pouco tempo depois faliu de vez.
E só tenho pena que o Dragão se tenha retirado porque era a única pessoa que conseguia fazer isto em cacos de forma brilhante e para se chorar a rir.
Vou esperar por ler o VPV
Mais nada.
Esta prova é também a prova que nem temos intelectualidade.
Um país de pobres de espírito a querem imitar as estatísticas das agências de ratas a tudo.
Até a quem vai ser prof de inglês, ou de História, ou português. Não interessa- tudo igual com pergunta apalermada que podia ser feita a qualquer departamento do Estado a todos os de topo que o resultado seria idêntico.
Não serve para filtrar nada porque a única coisa que demonstra é que para um estúpido encartado todo o mundo é seu.
A lógica do Apache é a lógica desta gente há 40 anos.
Bola de neve.
Vai-se deixando fazer imbecilidade.
A imbecilidade reproduz-se.
A imbecilidade atinge graus de tal ordem que era preciso fechar tudo o que se deixou abrir.
Portanto, como a bola de neve chegou a este patamar, deixemos aberto tudo o que devia ser fechado- paguemos, paguem todos a essa mongalhada que vive encostada ao Estado a vender cursos de caca e filtremos os desgraçados que os fizeram.
É isto.
Filtremos, ao calha, uns tantos desgraçados que querem ser profs sem terem culpa do que está em cima a mamar e a vender porcaria.
Porque a porcaria alta está entre quem manda.
É esto e o problema- foi criada e alimentada e acarinhada por cima.
E este Crato tem sido dos que mais apaparica toda a mongalhada das ESE colocanda-a como directores de escola.
Essa treta dos pseudo-psicotécnicos que incluem contas ou estatísticas não significam nada para seleccionar profs de qualquer coisa.
Porque, pura e simplesmente, eu já estive frente a frente com inspectora de ensino que nem uma conta de somar conseguia fazer.
Fui chamada lá, a um departamento do ministério, por causa de uma inspecção escolar a um colégio que tinha umas tretas à perna.
No meu caso, queriam saber quantos subsídios de alimentação eu tinha recibo e mais ordenados de férias, pois quem pagabva era o ministério e quem metia ao bolso era a direcção.
A dona inspectora, toda bligng bling, mais cheia de pulseiras e colares de ouro que uma noiva do minho, tinha a porcaria de um lápis roído e um palelito.
Não conseguia somar mais de 2 meses.
Juro! nem contando pelos dedos.
Teve de pedir á garina ajudante que lá estava para redigir a acta para fazer as contas.
Aquilo demorava tanto que eu ia dando as respostas mentalmente equanto uma andava com a calculadora e a outra apontava com a ranhosice do lápis.
E foi assim. E era capaz de a identificar e há-de ser mais uma entre milhares que até poderia ser excelente prof lá do tema em que se formou mas que não sabe fazer contas.
Com a advlogad do sindicato ainda foi caricatura maior.
Também é toda bling bling.
Essa nem código actualizado tinha e depos, para as contas nem se atreveu a tentar lápis e papel.
Disse-me que ficava para outro dia porque não tinha ali calculadora.
Como a bimba estava frente a um computador, eu perguntei-lhe se o computa não estava ligado à net que há calculadoras online.
Pois nem na porcaria de uma calculadora online ela conseguia fazer as contas.
E não fez. Deixou para a "técnica" porque não me deixou ir lá fazer aquela treta por ela.
Isto prova o quê? Serve para identificar o quê em seriação para dar aulas, quando estas já nem precisam de ensinar nada porque aprenderam tudo, incluindo o lugar dos tachos onde se ganha bem sem ser preciso nada.
O problema principal do nosso ensino tem um nome: professores.
Na generalidade não são bons. Aliás, na generalidade são medíocres ou mesmo maus.
Mas a culpa não é deles. É de quem os certificou para ensinar e agora quer arranjar uma desculpa para os retirar os mesmo maus ou os que ficam aleatoreamente no fim da tabela.
Pois não são bons. São como os jornalistas e o restante que foi tudo colega.
Mas não é assim que se melhora porque a fábrica continua aberta.
E a as fábricas dos maus replicam-se.
O Crato diz que já reparou que as ESE formam porcaria. Mas não toca nas ESE.
Por outro lado, em relação exigência não sei.
Li por aí, em blog de profs que ele até tinha retirado a Filosofia como disciplina final de exame para selecção de entrada na faculdade.
Não sei se é verdade. Sei que até pela prova se topa que dá uma mãozinha aos de ciências com redacções para a primária.
Mas que os profs são maus já eu achava e dizia aquando dos debates por causa da avaliação da Lurdinhas.
Na altura o José ainda dizia que eles até eram razoáveis ou bons e eu tinha informação do contrário.
Penso é que têm vindo a ser cada vez piores e as ESE têm grande responsabilidade nisso.
Contam-me que há autênticas labregas bimbas que nem sabem falar, quanto mais escrever a dar aulas na primária.
A um grau de labreguice indescritível.
E já me enviaram uma carta de um director de um politécnico , dirigida aos profs formandos, que merecia ser pública. Tal era anormalidade escrita.
Se alguma vez escrevi que os professores eram bons, penitencio-me porque agora não penso assim.
Refiro-me aos do Secundário e eventualmente básico.
No Superior são como sempre foram.
O problema começou em 1973 mas tenho a certeza que seria resolvido de melhor forma do que o foi, em democracia pluri-partidária com prevalência da esquerda.
E é um problema provavelmente mais grave que muitos outros que temos por aí.
Se dantes tinha uma ideia vaga sobre isso, hoje tenho a certeza porque fui lendo o que se passou nestas últimas décadas que só confirmou as suspeitas que já tinha.
Eu penso que têm vindo todos a piorar.
E é grave, pois. Mas não entendo como não tocam naquela anormalidade das ESE.
Conheço quem me garanta que em menos de 5 anos o ensino público estatal piorou de forma galopante.
Sei mesmo de famílias numerosas que fazem um esforço tremendo para pagarem colégios aos filhos, garantindo-me que o descalabro na primária e no secundário é galopante.
Tive conversas até em relação a escola específica que foi mudando para pior.
Agora esta prova é idiota.
Na tal específica que parece que vai haver pode apenas ter interesse saber os resultados.
Se servirem para ir mais longe e cortar o mal pela raiz, nada contra.
Mas isto não. Encanitou-me a treta do acordo ortográfico ser obrigatório e quem não o aplicar ser penalizado como erro de português.
Eu dou erros, por distracção mas até sei como se escreve.
Agora escrever à acordo é que nem sei, nem quero saber e recusar-me-ia sempre a aprender.
E acho escandaloso que se inicie a prova com uma exigência de analfabetismo obrigatório da língua-mãe.
O Apache é prof e contou aqui que se recusa a escrever assim.
Acho muito bem. Ele até contou que informa os alunos disso e que eles se habituam.
Portanto, pela lógica, devia ser penalizado, pois nem se trata de um documento interno mas de uma transmissão linguística que é considerada errada.
“Mas era isso que dantes se fazia e agora não faz porque não há consenso e quem está instalado não deixa mexer no seu quinhão.” [José]
Certo.
Mas estão a ser preparadas alterações à legislação relativa à formação de professores, não as desejadas (para não ferir o politicamente correcto) mas introduzem algumas melhorias. No entanto, só produzirão efeito a médio prazo.
“Começa logo por dizer que conta como erro tudo o que não for escrito segundo o acordo.
Eu rasgava-a imediatamente.” [Zazie]
Também sou, como sabe, contra o Acordo. Mas havia tempo, mais que suficiente, para escrever 300 palavras “não Acordadas”, o que constituiria uma leve bofetada de luva branca.
“Até reparei noutra coisa: como ele é cientoino facilitou tudo o que era de letras e complicou mais o que poderia ser complicado até para qualquer catedrático universitário de letras.]”
Não creio que tivesse sido ele o autor da prova.
“Mas, se o Apache é prof que me explique qual a finalidade disto numa estratégia do Governo para alterar rigorosamente o quê?” [Zazie]
Esta prova (parte comum + parte específica) não melhora a qualidade dos professores mas pretende impedir os piores de concorrerem.
“Se ele diagnosticou esse mal, pretende resolvê-lo com provas mongas deste calibre, mantendo essas ESE abertas a formarem os mesmos mongos com habilitação para leccionarem o mesmo que nunca estudaram?” [Zazie]
Não. Estão a ser preparadas alterações à formação de professores, mas não passam pelo fecho das “tascas”, não há tomates.
“Eu só queria saber quem foram os retardados mentais que fizeram aquilo e de onde copiaram ideia mais aberrante.” [Zazie]
Há empresas com testes “psicotécnicos” deste género. No final dos anos 80 havia testes destes nos cursos para milicianos do SMO, lembro-me de ter feito alguns.
“Esta prova é também a prova que nem temos intelectualidade.” [Zazie]
Concordo.
“Filtremos, ao calha, uns tantos desgraçados que querem ser profs sem terem culpa do que está em cima a mamar e a vender porcaria.” [Zazie]
Existindo uma prova, não me parece que se possa considerar uma filtragem “ao calha”. Além do mais, quem faz um curso numa ESSE, na Lusófona, (na extinta Independente) no Piaget… sabe bem ao que vai. E vai porque sem saber ler nem escrever sai com uma nota final melhor que os outros.
“E este Crato tem sido dos que mais apaparica toda a mongalhada das ESE colocando-a como directores de escola.” [Zazie]
Os directores de escola não são nomeados pelo ministério, são eleitos pelo Conselho Geral (um órgão constituído por professores, assistentes operacionais, encarregados de educação, representantes da autarquia e representantes da comunidade local).
“Essa treta dos pseudo-psicotécnicos que incluem contas ou estatísticas não significam nada para seleccionar profs de qualquer coisa.
Porque, pura e simplesmente, eu já estive frente a frente com inspectora de ensino que nem uma conta de somar conseguia fazer.” [Zazie]
Sai um "cientoino" a comentar…
Estabelece aqui uma relação de causa-efeito (“não significam nada para seleccionar … porque”) que não existe. A inspectora que refere não fez a prova, portanto, não pode concluir que a prova não selecciona porque a inspectora existe.
“O problema principal do nosso ensino tem um nome: professores.” [José]
Antes fosse assim. Talvez a prova pudesse dar uma ajuda maior.
O principal problema do ensino foi bem diagnosticado pelo Crato, mas faltam-lhe tomates para acabar com ele. Vem do interior do Ministério, das Direcções-Gerais, da Inspecção, das delegações regionais, do GAVE (agora IAVE)… Chama-se eduquês! Crato descreve-o bem no seu livro “O eduquês em discurso directo”. Mas este texto (curiosamente, de um professor de uma ESSE) descreve-o resumidamente.
“O ‘eduquês’ é uma ideologia pedagógica parida no ventre da esquerda pós-moderna com adeptos à esquerda e à direita. Expressa-se numa retórica que faz da mudança permanente a missão da escola.
Alimenta-se da suspeição a tudo o que possa ser conotado com a escola tradicional, vista pelos ideólogos do ‘eduquês’ como repressiva, castradora e elitista. Afirma-se em oposição a ela. Deixa-se contaminar pelas ‘ecotretas’ e pela "religião do clima". Manifesta uma crença quase religiosa no poder que as tecnologias têm de transformar o ensino. Agarra-se a tudo o que é novidade pedagógica e quanto mais exótica e improvável a novidade maior a militância com que é acriticamente defendida.
O ‘eduquês’ é uma forma de acriticismo pedagógico. Esgota-se na forma, anula o conteúdo. Desvia o professor das funções lectivas, esmaga-o com tarefas que estão a montante e a jusante do processo de instrução: reuniões para preparar planos, reuniões para fazer planos, reuniões para avaliar os resultados dos planos e relatórios para dar conta da avaliação dos planos.
O ‘eduquês’ é uma forma de burocracia pedagógica que alimenta e se alimenta da complexidade. Gosta de siglas, usa uma linguagem hermética, incorpora estrangeirismos e exprime-se num discurso redondo.
Em vez de valorizar o processo de transmissão do conhecimento científico, centra-se na manipulação política dele. Alimenta-se de uma cultura de ressentimento contra os padrões culturais e as tradições do Ocidente. Valoriza o exótico, o que nos é distante e o que não é nosso. Faz da escola um instrumento de engenharia social em nome de uma igualdade fabricada que esmaga o mérito e desconfia da excelência. Padece de 10 ‘pecados mortais’:
1. Concepção instrumental da educação: "aprender a aprender", "aptidão para o pensamento crítico", "aptidões metacognitivas", "aprendizagem permanente".
2. Desenvolvimentismo romântico: "escola centrada na criança", "diferenças individuais dos alunos", "ensinar as competências e não os conteúdos".
3. Pedagogia naturalista: "construtivismo", "aprendizagem por descoberta", "aprendizagem holística", "método de projecto", "currículo em espiral", "aprendizagem temática".
4. Antipatia pelo ensino de conteúdos: "os factos não contam tanto como a compreensão", "os factos ficam desactualizados", "menos é mais", "aprendizagem para a compreensão".
5. A desvalorização dos padrões culturais tidos como relativos e subjectivos, portanto irrelevantes.
6. Crítica do uso da memória e recusa das actividades de repetição, tidas como não significativas, portanto inúteis.
7. Defesa da ideia falsa de que as crianças só compreendem o que lhes está próximo e o que é concreto e manipulável.
8. Primazia à componente lúdica e recreativa por oposição à valorização do esforço na aprendizagem.
9. Redução da aprendizagem a um processo construtivista que diminui a função de transmissão dos conteúdos.
10. Visão anti-intelectualista da cultura e da educação.” [Ramiro Marques, Professor na ESE de Santarém]
“O Crato diz que já reparou que as ESE formam porcaria. Mas não toca nas ESE.” [Zazie]
Como disse, o lóbi é poderoso, tem muitas ramificações. Além disso não são só as ESSE, há muito mais “tascas”, incluindo escolas no estrangeiro. Um exame a sério (não é bem o caso desta prova), para acesso à profissão, é uma boa solução a curto prazo.
“Li por aí, em blog de profs que ele até tinha retirado a Filosofia como disciplina final de exame para selecção de entrada na faculdade.” [Zazie]
Para entrada nas faculdades, o exame de Português é obrigatório para todos. Os outros exames dependem dos cursos a que os alunos se candidatam.
“Contam-me que há autênticas labregas bimbas que nem sabem falar, quanto mais escrever a dar aulas na primária.
A um grau de labreguice indescritível.” [Zazie]
Podia-se usar este argumento para defender a prova.
Por falar em labreguice, três exemplos noutros tantos ofícios:
“O PIT incide sobre a(s) disciplina(s) em que o aluno no momento em que ultrapassa esse limite pela 1.ª vez nessa(s) disciplina(s) nos restantes ciclos do ensino básico e do ensino secundário.” [da Educadora de Infância, Maria Alexandra Marques, Directora-Geral da Direcção-Geral da Inovação e Desenvolvimento Curricular, no Governo de Sócrates];
"O pagamento dos Magalhães, nos casos em que a isso os pais sejam obrigados, estão a receber informação por sms devendo, em todas, constar a entidade 11023";
E: “Os perigos de intempérie, inusitados em alguns concelhos, estão circunscritos, no momento, à segurança na estrada dos nossos alunos (gelo).” [Ambos da Educadora de Infância, Margarida Moreira, Directora Regional da Direcção Regional de Educação do Norte, no governo de Sócrates]
“Conheço quem me garanta que em menos de 5 anos o ensino público estatal piorou de forma galopante.” [Zazie]
Concordaria com a frase se substituísse “5” por 40 (o José tem razão, o problema remonta à reforma de Veiga Simão) e retirasse “público estatal” porque quem forma os professores do público forma os do privado (alguns até são os mesmos).
Apache.
1- Concorda comigo que a exigência de se escrever segundo o acordo é uma gigantesca cretinice.
Reparei que, nos critérios de correcção, não vem lá escrito esse detalhe.
2- o facto do Crato não ser o autor da prova não invalida que não tenha responsabilidades no modo como foie elaborada.
Reptiro: aquelas redacções da 4ª classe servem para safar todo e qualquer analfabeoto em português. As perguntas de interpretação, idem.
As outras supostamente lógicas, eu fi-las mas não encontro ali a menor utilidade e disse que apostava que qualquer catedrático universitário da área de letras teria gigantescas dificuldades em responder a qualquer uma.
3- Quanto ao resto diz que tudo isto é por falta de coragem dele em tocar na formação de profs. Acredito, foi isso mesmo que também disse.
4- Diseram-me que a Filosofia foi retirada como disciplina de prova de acesso à faculdade. O Apache não respondeu.
5- Explicou-me que o Crato até tem combatido as ESE e que quem coloca essa gente nas direcções escolares são as "forças vivas da terra".
É uma boa explicação. Se é verdade, só confirma outra questão que eu também sempre disse em relação aos profs-
Não são de fiar, nem são isentos, porque são a grande base de apoio do PS.
Quem me conta é prof é, para variar, é de esquerda.
Quanto a esse Ramires, por favor, é outro Nóvoa analfabruto que agora deu em PSD, travestido de neotonto mas é uma aberração de um ignorante oportunista que sempre viveu a mamar do Estado.
É mais outro director de ESE.
Esse cretino chegou a escrever que os judeus foram massacrados em Portugal por ordem do rei D. Manuel I e pela Inquisição.
Conseuge ser mais burro que o Viegas.
Mas a lógica disto está errada.
Esta prova faria sentido se ele, ao mesmo tempo, tivesse acabado com aquelas formações para subida de tarimba.
Porque aí, sim, existe um conluio entre quem vende esses serviços e quem as faz, tudo em segredo, uma autêntica anedota em que até eu já tive de colaborar por pedido de uma amiga.
Ela passou para um nível superior fazendo um blogue que fui eu quem lho fiz. E a dita formadora encartada nem embutir um vídeo do youtube sabia como fazer. Disse que isso já era informática muito avançada.
Este é um mero exemplo, há quem tenha compilado as caricaturas de cursos de formação que se ministram que vão desde bordados, a notas de rodapé em word, pseudo-cursos de fotografia com câmara automática e até culinária.
Isto, ao calhas, para profs de matemática actualizarem os conhecimentos com umas técnica de visitas de estudo, ou de Filosofia com a criação de um blog no blogger.
Enquanto não se tocar nisto, esta prova é uma anedota porque em entrando e os que lá estão, são assim "avalidados" para subirem de escalão.
Quanto a haver piores profs eu não falei em 40 anos, porque é óbvio.
Disse outra coisa que é mais notória- em 5 piorou de forma galopante.
E é esse o feedback que tenho de quem tem filhos a estudar.
Se não se ataca um mal que é recente e que tem responsabilidades nessas escolas "alternativas" de formação de professores, bem podem esperar sentados que algo mude.
E eu também tive filho que ainda estudou em escola estatal mas tenho sobrinhas que já tiveram de ir para o particular.
Tenho feedback em relação a praticamente todos esses antigos "liceus" e não são apenas os 40 anos iguais de decréscimo de qualidade.
São uns 6 de impossível comparação com 17 ou 20.
Quem é que criou as ESE?
Quem é que permitiu que gente sem estudos conseguisse saltar de formação de magistério primário para secundário?
Quem é que tem altera programas e torna o português uma anedota jornaleira e a aritmética com tabuada progressiva porque se aprende a multiplicar uns números num ano, depois saltam outros que podem ser mais difíceis e só lá perto do antigo ciclo é que têm de a saber completa?
Isto não é um alteração apenas inventada no PREC. É bem mais recente.
Por outro lado, não retiro uma linha na suspeita que tenho do Crato- é um cientóino (e isso não significa que seja um científico. Significa que é um deslumbrado com a os tiques estatísticos, e provas, e tudo o que parece ser coisa de laboratório que dá verdades e garantias inquestionáveis).
É um cientóino à Pachoco. Um ideólogo que ainda tem a ganga da formação ml no pêlo.
alterado e outras gralhas, estou de partida.
Mas obrigada pela resposta e, principalmente por me informar que não é da responsabilidade do Crato essa colocação de gente das ESE como directores de escolas.
Porque eles dizem que sim. E andam com isso a fazer de bandeira para também acrescentarem adeptos.
O problema é que os profs, mesmo quando têm razão, não sabem onde ela está.
Porque pensam à funcionário público.
Antes de serem profs são funcionários públicos, habituados à cenoura para o voto.
“1- Concorda comigo que a exigência de se escrever segundo o acordo é uma gigantesca cretinice.”
Concordo.
“Reparei que, nos critérios de correcção, não vem lá escrito esse detalhe.”
Viu mal. Está na página 2, no segundo parágrafo: Item de construção – “Na classificação deste item, só é considerada correta a grafia que segue o que se encontra previsto no Acordo Ortográfico de 1990, atualmente em vigor.”
“4- Disseram-me que a Filosofia foi retirada como disciplina de prova de acesso à faculdade. O Apache não respondeu.”
Respondi, talvez não da forma mais clara possível, porque uma explicação minuciosa é demasiado longa. Respondi-lhe isto: “Para entrada nas faculdades, o exame de Português é obrigatório para todos. Os outros exames dependem dos cursos a que os alunos se candidatam.”
Vou esclarecer um pouco mais.
Para completarem o Ensino Secundário todos os alunos têm de realizar, obrigatoriamente, no mínimo, 4 exames nacionais: à disciplina de Português (que é da componente geral e trienal); à disciplina específica (do curso do Ensino Secundário que frequentam) trienal; às duas disciplinas específicas bienais ou, em alternativa, a uma específica bienal e a Filosofia (que é da componente geral e bienal).
Para entrarem para a faculdade, concorrem com uma nota que depende da classificação final do Ensino Secundário e da classificação de exame de uma disciplina indicada pela Faculdade a que se candidata e que normalmente é uma das que indiquei anteriormente (que, portanto, tem peso reforçado na média de candidatura).
“Não são de fiar, nem são isentos, porque são a grande base de apoio do PS.”
São tão confiáveis como os outros profissionais, depende de cada um. Não são isentos, têm opções políticas, religiosas, ideológicas (se preferir) como os restantes cidadãos. São quase todos de esquerda, como a esmagadora maioria dos portugueses, mesmo o que votam PSD, mas a percentagem de professores que votam BE é muito superior à das outras profissões, a preferência pelos restantes partidos não será muito diferente dos resultados nacionais (talvez, ligeiramente mais simpatizantes do PS).
“Esta prova faria sentido se ele, ao mesmo tempo, tivesse acabado com aquelas formações para subida de tarimba.”
Essas subidas, estando previstas na lei, não ocorrem há muito tempo. Estamos congelados.
Defendo que as subidas de escalão (que com a crise económica devem ocorrer no próximo século) sejam precedidas de prova escrita de avaliação de conhecimentos específicos da área de leccionação do docente, mas isto seria abrir a caixa de pandora e expor todas as formações (iniciais e contínuas) marteladas, dos últimos 40 anos.
“Disse outra coisa que é mais notória- em 5 piorou de forma galopante.”
Desde 2005, com a pasta a ser assumida por Maria de Lurdes Rodrigues, que apostou forte na subida das estatísticas de sucesso, pressionando para passar os “miúdos” de qualquer maneira. Além disso, criou o Novas Oportunidades e pôs Bolonha a todo o vapor. Não foi só Portugal que baixou, claramente, o nível, foi toda a OCDE.
“Quem é que criou as ESE?”
Começaram a aparecer nos anos 80, na sequência do Decreto-Lei n.º 513-T/79, de 26 de Dezembro, era Ministro da Educação Luís Veiga da Cunha e Primeiro-Ministro Maria de Lurdes Pintassilgo.
“Quem é que tem altera programas e torna o português uma anedota jornaleira e a aritmética com tabuada progressiva porque se aprende a multiplicar uns números num ano, depois saltam outros que podem ser mais difíceis e só lá perto do antigo ciclo é que têm de a saber completa?”
Comecei a leccionar nos anos 90 e daí para cá o Crato foi o primeiro a pôr um travão (tímido) no facilitismo, mas pessoalmente esperava mais.
A coisa é simples, digo eu que ando nisto há trinta e tal anos. Esta merda não tem conserto, porque deu a volta há vinte anos: os professores formados nas últimas duas décadas, salvo raras e honradas excepções, são ignorantes chapados. Como são os advogados e os juízes e ainda mais os políticos e jornalistas. E quanto a escritores das últimos quatro lustros então é de fugir. Alguma mente sã consegue ler as bostas paridas por tordos, peixotas valter hiugos e outros fanhosos mentais?
Resumindo, tamb'em, e porque estou fora, assino por baixo o que o hajapachorra disse.
'E uma questao geracional.
Quanto a bases de apoio nao se faz sociologia por cabeca.
Existem grupos da FP que sao nitidamente de esquerda e em grande numero- os profs sao um deles. Talvez o maior.
De resto, agradeco ao Apache as informacoes, acredito que esteja a falar certo porque, quanto 'as ESE ate ja 'e publico o incomodo dos politecnicos.
Mas, para este tipo de debates s'o com os grupos de profalhada escardalha/ o Aventar esta cheio deles e dai vem muita mentira.
A questao da Filosofia retirada das provas de acesso, reciba-sa em fwd vinda de um grupo chamado Duvida Metodica.
'e um detalhe. Estou fora disto tudo, felizmente.
Aqui
http://duvida-metodica.blogspot.pt/2013/11/o-desprezo-pelas-humanidades-e-pela.html
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