Na revista O Militante de Setembro/Outubro de 2015 aparece um artigo do grande Domingos Abrantes, o sibilante inventor da palavra "fassismo" que se escapa entre as divisórias dos incisivos proeminentes.
O artigo versa uma efeméride de um acontecimento magno na história do comunismo: o último congresso da Internacional Comunista, no Verão quente de 1935, em Moscovo.
O artigo é a prova que Domingos Abrantes é um dos sacerdotes mais lustrosos do culto oculto a Estaline. Três páginas demonstrativas:
Na mesma altura em que na Moscovo de Estaline decorria o acontecimento que propagandeava o slogan "proletários de todos os países, uni-vos!", eventualmente testemunhado por um Francisco Miguel que também lá estava, começava também, na sombra das masmorras da polícia política, outro grande acontecimento dessa época: a perseguição e depois o assassinato de dezenas e dezenas de milhar de pessoas, adversários directos do ditador sanguinário que só tem paralelo no séc. XX com o famigerado do bigodinho que já andava pela Alemanha a recolher apoios.
A história dos "processos de Moscovo" nunca foi devidamente contada pelo sibilante Domingos Abrantes para a qual dificilmente arranjaria palavras diversas das que exprimem o horror e o terror.
Suspeita-se assim que Abrantes aplaudiu tais feitos e ainda hoje rejubila entre dentes quando cospe a palavra fassismo.
Infelizmente a História é o que foi e por isso há registos que os domingos abrantes não apagarão da memória dos que os querem conhecer: de Agosto de 1937 a Novembro de 1938 750 mil russos foram executados, condenados em processos piores que os da Inquisição. .
Francisco Miguel regressou a Portugal e só se lembrava do fassismo e do Tarrafal, tal como Domingos Abrantes. Sobre as matanças de Moscovo, nem uma palavra...
Para isso foi preciso que um intelectual russo, Soljenitsine, escrevesse a História que os domingos abrantes jerónimos escondem de todos. Em França, há quarenta anos, o assunto era do conhecimento geral. Por cá. o PCP incumbia-se de censurar e os demais jornaleiros que os acompanhavam no caminho e que hoje estão colocados nas direcções de jornais e televisões, fizeram o resto: censura que continua.
Ainda hoje, o PCP que publica aquelas façanhas na revista O Militante esconde estes factos dos seus militantes e cidadãos em geral que, diga-se em abono da verdade, também não estão muito interessados em conhecer. Já foi há 80 anos...ou seja, o mesmo tempo que a ascensão do "fassismo", em Portugal. Mas isso, essa História sabem-na de cor e contam-na sempre. Porque isso, para eles, é que foi o verdadeiro terror.
O mundo ao contrário sempre foi o modo de ver comunista.