Hoje, sobre o caso Fizz, uma análise típica deste burro que escreve no jornal:
Repare-se que todas as alusões se sustentam em factos que podem não ser reais mas aparentam o que o bestunto do dito compreende, para transmitir a ideia básica: a eventualidade do julgamento do regime angolano através de virtualidades permitidas por um caso singular. A evidência que qualquer um entende que esconde as contradições que não se entendem.
Para explicar o caso Fizz, "de forma muito grosseira", reconhece o articulista, escreve que se trata de "um procurador [que] terá vendido os seus serviços à elite angolana, facilitando o arquivamento de alguns processos pendentes em troca de um cargo bem remunerado num banco controlado por capitais de Luanda":
O articulista a esta hora já devia saber que o despacho de arquivamento do tal processo ( e não processos) que envolveu o então presidente da Sonangol, Manuel Vicente, seria inevitável, como aliás outros o foram na mesma época e sufragados pela hierarquia imediata do procurador em causa.
Corrupção, nisto? Só se for para a prática de actos lícitos a qual também é passível de criminalização, mas nesse caso carece da prova essencial: a que liga o acto ao efeito. A que expõe o emprego conseguido como consequência directa da facilidade concedida. Se a facilidade nem é concedida pelo agente uma vez que a hierarquia poderia avocar ou contrariar o despacho, que crime pode existir?
Mais ainda: se a causa do arquivamento residiu num acto corruptivo do responsável angolano que queria ser promovido com cadastro ou ficha criminal limpa, como é que se sustenta tal tese se isso afinal nem foi uma promoção mas um modo de a elite angolana o afastar do "pote", como acabou por dizer o "activista angolano" Rafael Marques, aliás o denunciador primário do caso?
Por outro lado, o emprego concedido foi-o em circunstâncias bem particulares e já expostas mediaticamente: nem foi caso raro de um magistrado sair para ganhar mais num emprego privado ( há antecedentes de muito relevo na matéria, como é o caso do procurador Daniel Sanches que nunca alguém se atreveu a qualificar como uma consequência corruptiva quando passou para o universo da plêiade de Dias Loureiro e Proença de Carvalho...), nem foi algo de extraordinário. As ligações e sistema de contactos entre o procurador em causa e certa elite angolana, facilitadas pela própria hierarquia do MºPº, permitiram tal aconchego, como aliás acontece com alguns outros exemplos de figuras do MºPº que transitam para áreas onde a política manda. Querem nomes? Há vários, por exemplo a da actual ministra da Justiça.
A hipocrisia do MºPº devia ter limites.
Por fim, o articulista estende a sua tese: o MºPº quer arranjar o pretexto para investigar o regime angolano.
O MºPº português quer isso mesmo? Santa ignorância e santa ingenuidade. O que o MºPº quer mesmo é sair desta embrulhada em que se meteu por culpa própria e de alguns próceres que nele mandam, actualmente e sem categoria para tal.
Esta fuga para a frente de um julgamento sem destino nenhum vai acabar mal.
Isso é o que este Costa ainda não entendeu...
2 comentários:
crê tino
Ficou a ver mal, desde que começou a brilhar e por isso não se enxerga.
Um zé ninguém.
Bom Ano Novo aos que por aqui passam.
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