O "intelectual " , para Wolfe, não carece de formação específica em nada de especial, formação académica ou científica de espécie alguma, para além da cultura geral adquirida nas leituras avulsas de publicações periódicas. Carece, sim, de uma outra coisa sem a qual não se poderá classificar como tal: o exercício da indignação militante. Parafraseando um dito de um político já falecido ( Mário Soares, um desses tipos de intelectuais) tem necessariamente que exercer o seu dever de indignação para o ser. Indignação contra o poder e quem o apoia, ou seja, a burguesia ambiente.
O melhor é ler as páginas em que Wolfe descreve este espécime de indígena que também pulula por cá, em número cada vez maior e sem risco de desaparecimento súbito.
Em primeiro lugar um artigo do Expresso de 29 de Março de 2002 que recenseia a tradução do livrinho, num estilo que já nem se usa por cá: