sexta-feira, abril 13, 2018

1968: a invasão da Checoslováquia pela URSS foi relatada assim

Em Agosto de 1968, prestes a perfazer 50 anos, a então Checoslováquia, debaixo da alçada imperialo-comunista da União Soviética, por força de pactos e imposições tomados uma dúzia de anos antes,  foi invadida por forças militares do Pacto de Varsóvia, ou seja da URSS que pretendia manter a integralidade do seu domínio sobre os países atrás da cortina de ferro.

O modo como tais factos ocorreram e as razões para tal foram apresentados em todo o mundo ocidental, incluindo Portugal.

Passados quase 50 anos a cripto-comunista Raquel Varela que se diz historiadora, relatou assim, no Público do passado dia 4 de Abril, os acontecimentos à luz da vela esquerdizante.


O artigo, mesmo escrito à luz da vela da actualidade, divergindo um pouco da versão do comunismo historicamente ortodoxo, não é essencialmente muito diferente deste, publicado na Vida Mundial de 30 de Agosto de 1968, ainda em plena crise e com os acontecimentos ainda quentes. E ilustrado, ainda por cima.

No tempo de Salazar escrevia-se assim, sobre o assunto:




Em 21 de Agosto de 1970, por ocasião de efeméride a revista voltou ao assunto com um dossier de 40 páginas, incluindo uma reportagem de um português que lá esteve no altura dos factos, Luís D´Oliveira Nunes.

Como as lembranças desse acontecimento irão continuar ao longo do ano, reservo para mais tarde a publicação desse dossier muito interessante e que revela como se informava na altura, em Portugal, já sob a égide do marcelismo. Para todos os efeitos o PCP ou Álvaro Cunhal,  na altura exilado naquels paragens, subsidiado pelos partidos comunistas locais, não existiam nas páginas da revista e esse erro fatal, a meu ver,  foi uma das causas do PREC. O PCP defendia nessa altura ( e ainda agora) a legítima intervenção da URSS na Checoslováquia, para defender o socialismo. A lógica é a mesma que actualmente no caso Lula: os fins justificam todos os meios, mesmo os da opressão e mentira.

Fica aqui a capa desse número e uma contextualização do aparecimento da "cortina de ferro".


13 comentários:

Miguel Dias disse...

A mentalidade leninista desta "intelectual" nota-se em frases como esta: (...) a maioria das forças sociais no País estavam de facto a lutar pela democratização e não pela liberalização económica..."

Na mente invertida dela - e de outros como ela - liberalização não significa democratização, são antagónicos. Está completamente errada, e a História prova-o, mas sabemos que para pessoas do calibre mental desta Raquel Varela a realidade, quando não se coaduna com a ideologia que propaga, é para ignorar e deturpar.

No resto do texto a vetusta verborreia leninista que mascara os factos e a História. Um rol de imprecisões, e idealismos, a embelezar uma realidade que não corresponde aos seus desejos.

joserui disse...

A única coisa que observo é que o Grupo de História Global do Trabalho de uma tal Universidade Nova, está bem entregue a esta historiadora.

joserui disse...

Aquilo que se sabe é que a URSS se arvorava o direito de intervir em qualquer país do seu bloco que tivesse a mínima veleidade de viragem ao capitalismo. Era com centenas de milhar de tropas e milhares de tanques, era um direito que levavam diplomaticamente a sério.
O que se depreende ao ler esta triste personagem é a versão de uma espécie de comunismo degenerado e repressor, soviético, face a um comunismo bom, progressista, industrialmente potente (quem sabe até, democrático!), tal como praticado na Checoslováquia. Porque o comunismo perfeito existe e sempre existiu nestas cabeças. Nem que seja na checoslováquia.

joserui disse...

Numa nota diferente, já ouviu falar num tal vinil hd José? (What Hifi)

Floribundus disse...

para os sociais-fascistas

ein Stein im Schuh

josé disse...

Sobre o HD Vinyl: não conhecia ainda, mas aguardo que a bíblia ( Stereophile) publique o verbete informativo. Ou alguma divulgadora como a Hi FI News. Quem sabe, o "nosso" José Victor Henriques.

Por enquanto ando a reouvir lEd Zeppelin no vinil rematrizado em 2014 e que é muito bom. Mas já comprei o II com o rótulo red and plumb, o supra-sumo. Espero ouvir em breve a bateria de Bonham a troar nos ouvidos como deve ser.

Floribundus disse...


antónio das mortes e o seu social.fascismo
invadiram o rectângulo sem necessidade de tanques
nem de ganhar eleições

o entertainer foi contemplar as pirâmides

Floribundus disse...


os gringos sofriam de nixomatose

joserui disse...

A troar como deve ser? Ahahah. Ontem comprei seis discos… vou colocar aqui mesmo sabendo que depois de 1973 não se fez nada de jeito :)
Bill Callahan (Dream River), Songs: Ohia (Ghost Tropic), Angel Olsen (My Woman), Mazzy Star (Among My Swan), Charlotte Gainsbourg (Stage Whisper) e The Charlatans (How High).
Por acaso fiquei curioso com o vinil hd, mas também algo céptico. Ser compatível com os gira-discos actuais retira a ansiedade, ainda bem.

josé disse...

Não conheço nenhum. E não me parece que vá conhecer...

Nestas como noutras coisas, gostos não se discutem. Podem partilhar-se mas é tudo.

joserui disse...

Eu já sabia, mas vai-se partilhando! E esta máquina de limpar discos? Tem alguma máquina de limpar discos?

josé disse...

Essa não conhecia mas tenho uma simples: Spin Clean, Record Washer mkII. Barata e simples. Precisa apenas da solução: 400 ml de água destilada que é barata e fácil de adquirir; 40ml ( 10%) de álcool isopropílico, idem aspas;4ml ( um por cento) de um detergente puro sem aditivos, idem aspas aspas. Disolver tudo na maquineta plástica, passar os discos pela lavagem meia dúzia de rotações completas. A Spin Clean já traz uma embalagem com a solução que dá para muito tempo. Tenho para cima de 2000 discos e já passei pela solução seguramente mais de metade e ainda sobra.

josé disse...

Vale a pena ouvir os discos de vinil outra vez se forem ouvidos em condições. Estou fascinado com o som do Led Zeppelin II ouvido na minha aparelhagem. Não tem comparação com o que se pode ouvir no You Tube mesmo com a melhor das resoluções e com um dac a converter para analógico.

É fenomenal.

A obscenidade do jornalismo televisivo