sexta-feira, setembro 30, 2016

Branquear a LUAR: foram meninos de coro...

Segundo se anuncia, há branqueamento em curso da antiga organização terrorista, perdão, revolucionária, LUAR, de que faziam parte Palma Inácio e Camilo Mortágua, entre muitos e muitos outros.
O dinheiro roubado ao banco de Portugal afinal foi apenas uma singela "recuperação de fundos" por alguém que nada tinha lá posto...mas enfim, é essa a historieta que esta esquerda pretende agora retomar e voltar a contar, usando outra expressão ainda mais interessante e moderna: "autofinanciamento". Tal e qual. 

A LUAR foi uma organização política de cariz revolucionário e de extrema-esquerda. O primeiro congresso ocorreu em Março de 1975 e foi assim relatado pela Flama, dessa época:




 Lá estavam Palma Inácio e Camilo Mortágua, os piratas revolucionários do combate ao fassismo.


Veja-se também quem lá estava...a nata dos cantores revolucionários da época.



Em 23.11.1974, Palma Inácio tinha explicado como ocorreu o assalto ao banco de Portugal na Figueira da Foz e como tinha sido repartido o dinheiro, muito menos que os 30 mil contos roubados, porque a maior parte das notas estava por estrear e os inteligentes ficaram sem a maquia. Sobrou pouco mais de 6 mil contos de fundos recuperados, ou como agora se diz, autofinanciamento.

A versão actual que agora se pretende impor ao senso comum é contemporânea de outra declaração daquele pirata Mortágua acerca das intenções da LUAR, para o futuro e se tal se proporcionasse...



O referido Camilo Mortágua na altura não se coibia de afirmar perante milhares de testemunhas:

" Se as condições o exigirem, se o contexto actual se modificar, estamos dispostos a repetir de novo a recuperação de fundos para que sejam os capitalistas a financiar o esforço da revolução operária neste país", ou seja, os assaltos a bancos, como ocorreram dali a pouco tempo...com outro tipo de associação de benemerência revolucionária: as FP25.

A filha do pirata não defende outra coisa, com outros meios, mais democráticos e mais suaves na linguagem: apanhar aos ricos o que eles amealharam, para o mesmíssimo efeito: distribuir pelos necessitados que segundo o Costa, primeiro-ministro são aqueles a quem se deve dar o que se retira aos que têm alguma coisa. "A cada um segundo as suas necessidades; de cada um segundo as suas capacidades", Marx dixit, Costa repetix.

Na assistência, em Novembro de 1974, os  artistas de sempre: José Afonso, Sérgio Godinho, Carlos Alberto Moniz, Vitorino, Francisco Fanhais e outros que tais. Os mesmos que anos mais tarde juravam por tudo o que lhes era sagrado que aquela gente estava toda "inocente", das mortes das FP25.
A LUAR, nessa altura já era...

Em data posterior o aludido pirata Palma andou em bolandas pelos tribunais por causa da difamação a Emídio Guerreiro e lá reconheceu que afinal o velho revolucionário que chefiou o PPD era um herói da democracia.
O Público contou a história em 1999...

Questuber! Mais um escândalo!