domingo, setembro 11, 2016

dr. Lopes e mr. Marquês

Um palhaço rico vindo de nenhures costuma escrever crónicas no jornal regimental do poder que está, nos intervalos das aparições profissionais  em programas cómicos da tv.


Parece que já foi merceeiro, cauteleiro e gasolineiro, embora como patrão caucionado em herança familiar e terá mesmo em arquivo um diploma em direito, passado por uma qualquer secretaria distraída, tamanhas são as enormidades jurídicas que debita.
Tardiamente descobriu a profissão de palhaço que agora exercita com garbo e cara de amêijoa de água doce.

Pedro Marques Lopes é a declinação do bobo que hoje subscreve a tese ontem apresentada no mesmo jornal pelo visado principal do processo Marquês e escreve assim:



Qual é a punchline da rábula escrita? O juiz Alexandre ter dito que não tem dinheiro em nome de amigos. Ó ignomínia! Ó céus do hádem! Ó profundezas da crise!

O juiz Alexandre nunca deveria ter sugerido que não tendo dinheiro em nome de amigos, poderia haver quem o tivesse, tratando-se de pessoa sagrada do reino da inocência presumida.
O cómico detectou logo a insinuação torpe e saiu em defesa do inocente vilipendiado em escrito sério no intervalo das rábulas.
 E qual o castigo para o comportamento inquinado? Sair do processo, já.

Outra coisa não querem, desde sempre,  os amigos do cómico que estagiam no poder regimental. Este juiz é espinha atravessada nessas gargantas sequiosas de amizades salvíficas e contas recheadas, mesmo em nome de outros.
Um juiz que não se enquadra nesse pequeno universo é um perigo para o equilíbrio geral e até os palhaços devem contribuir para o extirpar porque a luta é de vida ou de morte.

Ainda por cima um juizeco isolado, um parolo qualquer, como se atreve a fazer perigar o que demorou décadas e erigir, com esforço denodado de uns tantos que agora se refastelam nos benefícios? O topete já chegou ao circo?

Para fazer jus ao motivo por que a secretaria lhe passou aquele diploma, o cómico alvitra no fim do escrito que aposta em grandes tormentas vindouras.

Tenho por certo que se referirá a qualquer coisa como isto, citado ontem quase em rodapé, no jornal regimental semanal, Expresso:





A parecerística jurídica está prestes a entrar em cena...

Por outro lado, outro cronista habitual do regimento, Paulo Baldaia, escreve doutro modo
mais circunspecto:

 

Este percebeu o problema principal...mas irão dizer-lhe subtilmente para estar quietinho, caladinho e direitinho. Há um profeta bíblico citado numa canção de Elton John que vela por todos e o seu reino já veio há muito. Haja fé.

Para terminar, há tablóides e pasquins. Os palhaços ricos não escrevem naqueles.

Questuber! Mais um escândalo!