Morreu Fernando Guedes, o editor da Verbo, em 1959 e que muito contribuiu para a formação cultural de várias gerações. Tanto bastaria para que os obituários fossem de rigor e reconhecessem na pessoa desaparecida uma das maiores figuras da cultura nacional.
Tal não sucedeu porque Fernando Guedes não era editor da Cotovia ou da &etc ou outra qualquer "fenda" parecida. Fernando Guedes era do tempo do fassismo e dava-se bem com o regime.
O Diabo publicou esta página na edição de hoje:
A editora Verbo notabilizou-se pela publicação de obras enciclopédicas nos anos sessenta e livros juvenis ( colecção Anita ou a Biblioteca da Juventude). Notabilizou-se ainda pelo maior sucesso editorial de sempre: a publicação dos livros RTP, agora retomada emedição apócrifa.
No final dos anos sessenta era este o catálogo:
Nessa altura ( 1969-1970) a Verbo destacava-se pela publicação da "enciclopédia luso-brasileira de cultura "que durou vários anos ( ia então no 9º volume dos vinte publicados) e que fazia concorrência à "grande enciclopédia portuguesa e brasileira", mais extensa ( 40 volumes mais dez) e já inteiramente publicada em 1960.
Fascinava-me olhar e poder folhear tais obras, nessa época e esta fotografia mostra tais enciclopédias que me fascinavam e que originalmente estavam noutra sala. Mas eram estes mesmos volumes.