sábado, novembro 14, 2009

O comendador varado

Os três arguidos que são quadros da REFER, apanhados no caso das sucatas, foram suspensos por ordem judicial e a empresa pública, suspendeu-lhes os rendimentos do trabalho.
Armando Vara foi suspenso das funções pelo BCP, mas este conservou-lhe os rendimentos substanciais.

Justificação apresentada agora pelo incrível comendador Berardo: o homem precisa de viver...
Sério. Foi o único argumento que o comendador da Bacalhôa apresentou na tv ( SIC). Resta perguntar o que este comendador deve a Armando Vara.

7 comentários:

Karocha disse...

Boa pergunta José, que será?

Diogo disse...

O comendador da Bacalhôa subiu uma catrefada de pontos na minha consideração. De facto, Vara precisa de viver...

Mani Pulite disse...

O Zézito podia também proceder à sua nomeação para a ANACONA...

Dr. Assur disse...

"Alguns accionistas do Banco Comercial Português (BCP) que apoiam a candidatura do ex-presidente da Caixa Geral de Depósitos Carlos Santos Ferreira têm vindo a reforçar o seu investimento em acções daquela instituição privada com crédito concedido pelo próprio banco do Estado.

O PÚBLICO apurou que Joe Berardo, a família Moniz da Maia (Sogema), Manuel Fino, Pedro Teixeira Duarte e José Goes Ferreira receberam crédito da CGD para comprarem acções do BCP, o que lhes tem permitido ter uma palavra a dizer nos destinos do maior banco português.

Em causa estão operações de financiamento que, só no primeiro semestre de 2007, totalizaram mais de 500 milhões de euros, e serviram para adquirir o equivalente a cerca de cinco por cento do capital do BCP por um total de 22 accionistas, mediante recurso a financiamento da CGD.

Desta fatia, cerca de quatro por cento do capital foram adquiridos pelo grupo de cinco accionistas principais referidos durante aquele período. Neste grupo encontram-se os primeiros proponentes de Carlos Santos Ferreira para a presidência do BCP - Berardo e Moniz da Maia.

A garantia destes financiamentos é feita em primeira linha pelos títulos adquiridos, sendo, nalguns casos, reforçada com outros activos de menor volatilidade, segundo informações apuradas pelo PÚBLICO.

Estas operações, que são legais, foram autorizadas pelo Conselho Alargado de Crédito da Caixa formado por cinco administradores: Carlos Santos Ferreira, o então CEO, o seu vice, Maldonado Gonelha, Armando Vara, Celeste Cardona e Francisco Bandeira. Com excepção de Bandeira, que vai integrar a equipa da CGD encabeçada por Faria de Oliveira, todos os restantes já saíram ou vão sair da gestão do banco público. Armando Vara tinha o pelouro do crédito bancário."

Dr. Assur disse...

Entretanto no Portugal real, vulgo Novo Texas, "Tiroteio no Jamaica faz dois feridos" ...

Olhar Ateu disse...

"o homem precisa de viver" !

Se isso é fundamentação válida estará doravante legitimada toda e qualquer acção de natureza criminal, incluindo assaltar bancos, porque o assaltante ... "precisa de viver" !

Perante os valores de "idoneidade" demonstrada por alguém que faz parte de um órgão superior de um banco, de que está à espera o Banco de Portugal para actuar ? Que esse banco se transforme num outro escândalo como o BPN ?

E perante tal justificação o Ministério Público não investiga a eventual existência de favores recíprocos, à margem da lei, entre as pessoas em causa ?

Se alguém não pagar a prestação do empréstimo da casa, o banco "fica" com a casa e não quer saber que o cliente "precisa de viver". Qual é afinal o critério do banco em causa ? Manter tal pessoa no lugar que ocupa é uma machadada na credibilidade desse banco.

Cordialmente

lica disse...

vou pedir a suspensão do cargo que ocupo na empresa onde trabalho. O patrão é obrigado a pagar-me todos os vencimentos? É que eu tenho de viver

O Público activista e relapso