A suspeita mais grave de todas está instalada:
As mais altas instâncias judiciais de Portugal, a PGR e o STJ, decidiram agir politicamente num caso em que apenas teriam que verificar o condicionalismo jurídico de factos criminais em que o primeiro-ministro era suspeito, por decisão de dois outros magistrados, precisamente os titulares do processo?
Ao presidente da República cabe decidir esta questão. E ao povo que vê, ouve e lê. E por isso não pode ignorar.
Se as suspeitas se confirmarem- e agora só se afastarão depois de ter sido conhecido o teor integral das escutas nas certidões remetidas pelo tribunal de Aveiro- temos a mais grave crise de regime de que há memória em Portugal, porque nem na altura das FP25 uma coisa destas aconteceu.
3 comentários:
Não sei, não , José.
Como refere um comentador Do Portugal Profundo "Portugal passou do "Estado de Direito" para o "Estado Imundo".
É engraçada a manobra que vai passando na televisão, tentando transformar a invalidade jurídica das escutas num mecanismo de limpeza do crime, como se (por analogia) a prescrição fosse um perdão ou absolvição. O que está expressamente contado no Sol não é um, são vários crimes, mais ou menos enquadráveis naqueles que levaram o tribunal de Aveiro a emitir as certidões. Mas o mais preocupante é aquilo que pode vir a concluir-se sobre o significado da palavra "acalmar" emitida pelo PGR ao manifestar vontade de disponibilizar as transcrições, caso se verifique que "as escutas" são afinal "parte das escutas" e não as escutas. Perante a porção em que é descrita a aparente manobra de financiamento e utilização do banco como ajuda, a única coisa que podemos perguntar é como está a andar o processo que a PGR já deverá ter aberto tendo em conta as conversas de Vara com terceiros em que se refere ao PM como estando a par, segundo o jornal.
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