DN:
É um aviso directo ao Governo e a José Sócrates. Manuel Alegre tem seguido pela imprensa os desenvolvimentos da operação "Face Oculta" e, questionado pelo DN sobre o caso, considerou que "a questão da Justiça e da corrupção é estruturante e afecta todo o país".
Acrescentou que tem "confiança na nova equipa do ministério da Justiça", liderada pelo seu amigo, e líder parlamentar do PS na legislatura passada, Alberto Martins. Seguiu-se então o aviso: "Espero que tenha condições para mudar o que é preciso mudar."
Para bom entendedor meia palavra basta. O ex-vice-presidente da Assembleia - agora em fase de ponderação para uma eventual futura recandidatura presidencial - vai dar particular atenção, na sua análise da acção governativa, à actuação do ministério da Justiça. E verificar se o primeiro-ministro lhe dá, ou não, meios para actuar, em particular no dossier da corrupção.
No Público de hoje, noticia-se que "há socialistas preocupados com funcionamento da Justiça", a propósito do caso Face Oculta. Já percebemos, por estas e outras, em que lugar está agora o Público: do lado dos preocupados, principalmente com as candidaturas presidenciais que aí virão...
Manuel Alegre é um dos tais preocupados, depois das eleições em que voluntariamente se eclipsou. Mas agora ainda se acrescenta "incomodado" e pelo que se lê, não é possível entender muito bem porquê. Parece que é por causa da corrupção "estrutural que afecta todo o sistema, o país e a confiança dos portugueses." Nada a ver com lutas internas de poder no partido socialista, como se lê.
Portanto, esta preocupação e incómodo surgem agora a propósito do estenderete, na praça pública, de telefonemas e factos comprometedores para amigos directos e chegados ao primeiro-ministro que Manuel Alegre conhece bem. Não sabia nada destas coisas? Não soube o que se passou na Fundação para a Prevenção e Segurança que faziam esperar o pior, logo a seguir? Não se apercebeu do feitio videirinho de quem é suficientemente afoito para arranjar licenciaturas de modo a poder ostentar títulos académicos formais e sem grande conteúdo? Não acompanhou o caso da Independente e do fenómento de corrupção que a minava e onde se formaram os indivíduos que agora o preocupam e incomodam? Parece que não.
Outro preocupado é Vítor Ramalho, um socialista de gema. Nas situações críticas, lá o vemos e a última, em grande destaque no caso Casa Pia. Com grandes preocupações também em pôr a mexer sumariamente e com rapidez, o antigo PGR, Souto Moura que , esse sim! o incomodava sobremaneira e preocupava acima de tudo. Então, nessa altura, Vítor Ramalho teve mesmo uma grande preocupação. Não percebo muito bem porquê, também neste caso singularíssimo. Desta vez, a razão da preocupação é com o famigerado segredo de justiça que obviamente apanhou mais uma facada pelas costas, dada por desconhecidos, como habitualmente. Vítor Ramalho acha que pode tapar o sol com uma peneira, pelos vistos.
A notícia do Sol de ontem é preocupante, de facto, mas não por causa do segredo de justiça. Antes por causa do Estado de segredo que parece não preocupar Vítor Ramalho, mas deve preocupar toda a gente mais.
Finalmente, os dois outros preocupados escrevem no blog da causa deles cujo link não pretendo aqui colocar. Vital Moreira e Ana Gomes são iguais a si mesmos: fazem oposição pela esquerda a este PS onde viceja a corrupção, julgando-se imunes ao fenómeno do amiguismo e nepotismo. Como se não fossem eles mesmos o exemplo flagrante do carreirismo político, precisamente por serem apaniguados de quem está no poder e o defenderem à outrance e em pose guerrilheira permanente.
É um aviso directo ao Governo e a José Sócrates. Manuel Alegre tem seguido pela imprensa os desenvolvimentos da operação "Face Oculta" e, questionado pelo DN sobre o caso, considerou que "a questão da Justiça e da corrupção é estruturante e afecta todo o país".
Acrescentou que tem "confiança na nova equipa do ministério da Justiça", liderada pelo seu amigo, e líder parlamentar do PS na legislatura passada, Alberto Martins. Seguiu-se então o aviso: "Espero que tenha condições para mudar o que é preciso mudar."
Para bom entendedor meia palavra basta. O ex-vice-presidente da Assembleia - agora em fase de ponderação para uma eventual futura recandidatura presidencial - vai dar particular atenção, na sua análise da acção governativa, à actuação do ministério da Justiça. E verificar se o primeiro-ministro lhe dá, ou não, meios para actuar, em particular no dossier da corrupção.
No Público de hoje, noticia-se que "há socialistas preocupados com funcionamento da Justiça", a propósito do caso Face Oculta. Já percebemos, por estas e outras, em que lugar está agora o Público: do lado dos preocupados, principalmente com as candidaturas presidenciais que aí virão...
Manuel Alegre é um dos tais preocupados, depois das eleições em que voluntariamente se eclipsou. Mas agora ainda se acrescenta "incomodado" e pelo que se lê, não é possível entender muito bem porquê. Parece que é por causa da corrupção "estrutural que afecta todo o sistema, o país e a confiança dos portugueses." Nada a ver com lutas internas de poder no partido socialista, como se lê.
Portanto, esta preocupação e incómodo surgem agora a propósito do estenderete, na praça pública, de telefonemas e factos comprometedores para amigos directos e chegados ao primeiro-ministro que Manuel Alegre conhece bem. Não sabia nada destas coisas? Não soube o que se passou na Fundação para a Prevenção e Segurança que faziam esperar o pior, logo a seguir? Não se apercebeu do feitio videirinho de quem é suficientemente afoito para arranjar licenciaturas de modo a poder ostentar títulos académicos formais e sem grande conteúdo? Não acompanhou o caso da Independente e do fenómento de corrupção que a minava e onde se formaram os indivíduos que agora o preocupam e incomodam? Parece que não.
Outro preocupado é Vítor Ramalho, um socialista de gema. Nas situações críticas, lá o vemos e a última, em grande destaque no caso Casa Pia. Com grandes preocupações também em pôr a mexer sumariamente e com rapidez, o antigo PGR, Souto Moura que , esse sim! o incomodava sobremaneira e preocupava acima de tudo. Então, nessa altura, Vítor Ramalho teve mesmo uma grande preocupação. Não percebo muito bem porquê, também neste caso singularíssimo. Desta vez, a razão da preocupação é com o famigerado segredo de justiça que obviamente apanhou mais uma facada pelas costas, dada por desconhecidos, como habitualmente. Vítor Ramalho acha que pode tapar o sol com uma peneira, pelos vistos.
A notícia do Sol de ontem é preocupante, de facto, mas não por causa do segredo de justiça. Antes por causa do Estado de segredo que parece não preocupar Vítor Ramalho, mas deve preocupar toda a gente mais.
Finalmente, os dois outros preocupados escrevem no blog da causa deles cujo link não pretendo aqui colocar. Vital Moreira e Ana Gomes são iguais a si mesmos: fazem oposição pela esquerda a este PS onde viceja a corrupção, julgando-se imunes ao fenómeno do amiguismo e nepotismo. Como se não fossem eles mesmos o exemplo flagrante do carreirismo político, precisamente por serem apaniguados de quem está no poder e o defenderem à outrance e em pose guerrilheira permanente.
1 comentário:
«Então, nessa altura, Vítor Ramalho teve mesmo uma grande preocupação»
ehehehe
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