O Expresso de hoje traz uma entrevista com Eric Hanushek, investigador na Universidade de Stanford (EUA), na área da "avaliação" de professores. Particularmente no "impacto da qualidade dos professores no sucesso dos alunos".
Na entrevista diz algumas coisas de senso tão comum que a senhora Rodrigues que foi ministra e agora preside a uma Fundação (!), especialista putativa em estatística do ISCTE, nunca compreenderia. E muito menos este primeiro-ministro que disse que tirou um curso superior na Independente.
Por exemplo:
"Ainda não conseguimos identificar as características que fazem um bom professor. Mas o que todos sabemos é que há uns melhor que outros. O meu conselho é este: vamos olhar para as pessoas que estão a fazer um bom trabalho e definir políticas que ajudem a manter estes profissionais nas escolas e a afastar os maus professores da sala de aula".
Como é que se faz por aqui, com os ensinamentos estatísticos daquela avis rara? "Avaliação" segundo um modelo chileno. Uma avaliação que pouco ou nada avalia de essencial porque não afasta qualquer mau professor da sala de aula. As virtualidades negativas do sistema permanecem inalteradas com o modelo, embora este seja apresentado como imprescindível e um grande avanço na Educação em Portugal.
Outro exemplo: à pergunta "como é que se mede a qualidade de um professor?", o académico investigador responde:
"A maneira mais simples é ver se os alunos estão a aprender e se os seus resultados melhoram ao longo dos anos. Há classes em que todos os alunos aprendem muito, outras em que aprendem pouco. Isto tem que ver com a qualidade dos professores."
Como parece evidente, menos para a tal avis rara e sua equipa de especialistas que tanto servem para secretariar o Estado na Educação como na Defesa ou transportes rodoviários, por serem pau para toda a obra de fachada.
Essa evidência, no entanto, não os levou a considerar que a verdadeira estatística que mede o sucesso dos alunos não pode nem deve ser a falsificação de resultados para inglês literalmente ver. Não deve nem pode ser a facilidade de testes e a fraude estatística de testes feitos à medida dos parâmetros de Pisa, com preparação específica para mostrar o sucesso em números.
E ainda mais diz este verdadeiro professor:
"Os estudos mostram que a quantidade de formação de um professor não tem nada a ver com o facto de serem bons ou maus na sala de aula. Nos EUA a maioria tem uma licenciatura. Mas se tiverem um mestrado isso não nos diz nada sobre qual vai ser o seu desempenho".
Outra evidência que a equipa da avis rara não logrou atingir na inteligência que pôs em prática legislativa. O mestrado e o doutoramento para esta gente que nos arruinou valem por si mesmos e por isso toca a formar doutores como quem entra em cadeias de produção em série de artefactos irrelevantes. Como a concorrência aperta, há que procurar paragens mais benevolentes como a Espanha ou a fraude nas dissertações. O que interessa é o diploma, o título. Um MBA falso, em documento que não fala, vale para o currículo o mesmo que um autêntico e por isso toca a forjar mba´s , a plagiar teses alheias e a mostrar que se é gente como a verdadeira.
E finalmente sobre a avaliação propriamente dita:
"Dentro da escola os professores sabem muito bem quem está a fazer um bom trabalho ou não. A questão é expressar isso de forma honesta."
Claro que é assim. Tal como os alunos sempre souberam quem são os verdadeiros bons professores. Os alunos muito novos, mesmo os da escola básica já sabem quem são os bons professores.
Mas ouvir os alunos com eficácia e avaliar com critério rigoroso e objectivo é coisa que não existe nesta avaliação daquela equipa da avis rara.
Por uma razão que também é muito evidente: não é honesta nem permite que o possa ser. Mas explicar isso a alguém cujo conceito de honestidade se esbateu no tempo e no modo, é tarefa impossível.
Na entrevista diz algumas coisas de senso tão comum que a senhora Rodrigues que foi ministra e agora preside a uma Fundação (!), especialista putativa em estatística do ISCTE, nunca compreenderia. E muito menos este primeiro-ministro que disse que tirou um curso superior na Independente.
Por exemplo:
"Ainda não conseguimos identificar as características que fazem um bom professor. Mas o que todos sabemos é que há uns melhor que outros. O meu conselho é este: vamos olhar para as pessoas que estão a fazer um bom trabalho e definir políticas que ajudem a manter estes profissionais nas escolas e a afastar os maus professores da sala de aula".
Como é que se faz por aqui, com os ensinamentos estatísticos daquela avis rara? "Avaliação" segundo um modelo chileno. Uma avaliação que pouco ou nada avalia de essencial porque não afasta qualquer mau professor da sala de aula. As virtualidades negativas do sistema permanecem inalteradas com o modelo, embora este seja apresentado como imprescindível e um grande avanço na Educação em Portugal.
Outro exemplo: à pergunta "como é que se mede a qualidade de um professor?", o académico investigador responde:
"A maneira mais simples é ver se os alunos estão a aprender e se os seus resultados melhoram ao longo dos anos. Há classes em que todos os alunos aprendem muito, outras em que aprendem pouco. Isto tem que ver com a qualidade dos professores."
Como parece evidente, menos para a tal avis rara e sua equipa de especialistas que tanto servem para secretariar o Estado na Educação como na Defesa ou transportes rodoviários, por serem pau para toda a obra de fachada.
Essa evidência, no entanto, não os levou a considerar que a verdadeira estatística que mede o sucesso dos alunos não pode nem deve ser a falsificação de resultados para inglês literalmente ver. Não deve nem pode ser a facilidade de testes e a fraude estatística de testes feitos à medida dos parâmetros de Pisa, com preparação específica para mostrar o sucesso em números.
E ainda mais diz este verdadeiro professor:
"Os estudos mostram que a quantidade de formação de um professor não tem nada a ver com o facto de serem bons ou maus na sala de aula. Nos EUA a maioria tem uma licenciatura. Mas se tiverem um mestrado isso não nos diz nada sobre qual vai ser o seu desempenho".
Outra evidência que a equipa da avis rara não logrou atingir na inteligência que pôs em prática legislativa. O mestrado e o doutoramento para esta gente que nos arruinou valem por si mesmos e por isso toca a formar doutores como quem entra em cadeias de produção em série de artefactos irrelevantes. Como a concorrência aperta, há que procurar paragens mais benevolentes como a Espanha ou a fraude nas dissertações. O que interessa é o diploma, o título. Um MBA falso, em documento que não fala, vale para o currículo o mesmo que um autêntico e por isso toca a forjar mba´s , a plagiar teses alheias e a mostrar que se é gente como a verdadeira.
E finalmente sobre a avaliação propriamente dita:
"Dentro da escola os professores sabem muito bem quem está a fazer um bom trabalho ou não. A questão é expressar isso de forma honesta."
Claro que é assim. Tal como os alunos sempre souberam quem são os verdadeiros bons professores. Os alunos muito novos, mesmo os da escola básica já sabem quem são os bons professores.
Mas ouvir os alunos com eficácia e avaliar com critério rigoroso e objectivo é coisa que não existe nesta avaliação daquela equipa da avis rara.
Por uma razão que também é muito evidente: não é honesta nem permite que o possa ser. Mas explicar isso a alguém cujo conceito de honestidade se esbateu no tempo e no modo, é tarefa impossível.
6 comentários:
Os professores formados pelas universidades saem treinados para ensinar e com pouca compreensão daquilo que ensinam. E quem não sabe profundamente a matéria que ensina não sabe ensinar.
Certeiro, José. Segunda feira já devo poder fazer um post sobre o assunto. Acerca dessa fraude de mestrados a granel e de quem lucra com ela.
Se não for na segunda até sexta vai ser.
Nunca trouxe para a blogo questões pessoais e não vou deixar nomes.
Mas desta vez vou contar como me roubaram um trabalho de investigação honesta que durou mais de 4 anos.
E foi roubado por cópia e encadernação em menos de um.
E vão levar tamanha cacetada como nunca imaginaram.
Para alguma coisa se paga o preço de se ser livre.
Notifique-me, p.f. do postal que até o ponho aqui como exemplo.
Isto nunca atingiu um ponto tão baixo na moral e na ética mais básica.
Eu só ainda não o fiz porque tenho de denunciar tudo à Universidade e estou a terminar as notas com as páginas plagiadas, roubadas, deturpadas de forma manhosa.
Mas nem queria acreditar. Há falta de vergonha que assusta.
Mas, na verdade, a minha denúncia vai ser entregue a quem a apadrinhou. O júri está formado por quem vende estes mestrados e por quem orienta "resumos" e plágios.
Mais acima, vai para o reitor porque o caso ultrapassa tudo. São todos profs em instituição antiquíssima que devia respeitar, no mínimo, o nome.
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